domingo, 2 de fevereiro de 2014

NOVO RUMO PARA PORTUGAL - PRO NOVUS RHOMBU LUSITANAE - NEW RHUMB FOR PORTUGAL

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Excelente discurso do líder do Partido Socialista, António José Seguro no final da Conferência «Administração Pública Eficiente e com Qualidade» no âmbito do movimento «Um Novo Rumo para Portugal»! http://novorumoparaportugal.pt/conferencias/uma-administracao-publica-eficiente-e-com-qualidade

O líder foi muito claro e entusiasmante:
- realçou parte da letra do Hino do Partido Socialista, «A Internacional», em que se refere « Não mais direitos sem deveres / Não mais deveres sem direitos»;
- defendeu que a Educação, a Saúde, a Cultura, a Investigação favorecem o desenvolvimento de Portugal, a competitividade das empresas, em suma criam Valor, mas que têm que ser sustentáveis;
- propôs que houvesse um limite para a despesa pública primária;
- que existisse uma verdadeira reforma do Estado fundamentada e não cortes cegos como o Governo pretende fazer e que o mesmo estivesse ao serviço das Pessoas e das Empresas, com qualidade;
- defendeu a simplificação e desburocratização da acção do Estado, realçando o espírito do «Simplex»;
- propôs a transparência e divulgação das decisões sobre externalizações de serviços;
- salientou que é necessário ser inovador na acção do Estado, nomeadamente com a colaboração do poder local não permitir que os cidadãos sejam forçados a grandes deslocações para poder beneficiar de serviços públicos essenciais.

Eis uma parte do discurso divulgada no site do Partido Socialista:
«O Estado forte é o Estado que não se deixa capturar, é o Estado que resiste e é imune aos interesses ilegítimos e aos interesses particulares. Eu hoje não estou seguro que o Estado português esteja totalmente imune a esses interesses, bem pelo contrário, temos muitas vezes a percepção de que há partes do Estado que estão capturadas ou em vias de o ser (...)
O Estado tem de ser transparente quando faz contratos fora do Estado. O Estado recorre frequentemente a pedidos de pareceres e de estudos. A primeira pergunta que nós fazemos é: com tantos juristas no Estado e com tantos trabalhadores públicos qualificados porque é que não recorre ao próprio Estado?
Mas o Estado pode ter razões, de um momento para o outro, que justifiquem o recurso a um escritório de advogados ou uma empresa que faça projectos. A nossa proposta é muito simples: quando isso tiver que acontecer, deve ser publicitado.
Nessa publicitação devem constar as razões pelas quais se recorre a esse ‘outsourcing' e quanto custa e, depois de concluído o parecer ou o estudo, aqueles documentos devem também ser divulgados e do conhecimento de todos os portugueses.
É fundamental esta transparência, é fundamental este rigor. Eu sei que há muita gente que não ficará contente com esta proposta, mas nós não estamos aqui para contentar essas pessoas, estamos aqui para resolver os problemas do nosso país.
Se há um governo regional, por exemplo, na Madeira, que faz concessões a uma empresa de fotovoltaicas, porque é que isso não é do conhecimento público? O contrato deve ser público, para que todos os operadores, e também todos os contribuintes, possam conhecer com realismo e com clareza quais são as condições desse contrato. Estamos a falar de recursos públicos e estamos a falar de dinheiros públicos.

Não podemos deixar nenhum português sem acesso a serviços. Temos de ter um Estado inovador e criativo, que saiba usar as ferramentas ao seu dispor para facilitar e melhorar a vida aos cidadãos. Temos de garantir à população que mais precisa, aos mais idosos, formas de acesso às ferramentas tecnológicas e alguém que os ajude.»
http://www.ps.pt/noticias/noticias/antonio-jose-seguro-afirma-que-estado-forte-tem-de-ser-sustentavel-e-transparente.html

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Eis «A Internacional» na versão portuguesa do Partido Socialista:

«A pé, ó vítimas da fome
Não mais, não mais a servidão
Que já não há força que dome
A força da nossa razão
Pedra a pedra, rua o passado
A pé, trabalhadores irmãos!
Que o mundo vai ser transformado
Por nossas mãos, por nossas mãos

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Não mais, não mais o tempo imundo
Em que se é o que se tem
Não mais o rico todo o mundo
E o pobre menos que ninguém
Nunca mais o ser feito de haveres
Enquanto os seres são desfeitos
Não mais direitos sem deveres
Não mais deveres sem direitos

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

Já fomos Grécia e fomos Roma
Tudo fizemos, nada temos
Só a pobreza que é a soma
Dessa riqueza que fizemos
Nunca mais no campo de batalha
Irmãos se voltem contra irmãos
Não mais suor de quem trabalha
Floresça em fruto noutras mãos

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional»

E o original: «L´internationale» Eugène Edine Pottier (1871)

«Debout, les damnés de la terre
Debout, les forçats de la faim
La raison tonne en son cratère
C'est l'éruption de la fin
Du passé faisons table rase
Foule esclave, debout, debout
Le monde va changer de base
Nous ne sommes rien, soyons tout
  C'est la lutte finale
  Groupons-nous, et demain
  L'Internationale
  Sera le genre humain


Il n'est pas de sauveurs suprêmes
Ni Dieu, ni César, ni tribun
Producteurs, sauvons-nous nous-mêmes
Décrétons le salut commun
Pour que le voleur rende gorge
Pour tirer l'esprit du cachot
Soufflons nous-mêmes notre forge
Battons le fer quand il est chaud
  C'est la lutte finale
  Groupons-nous, et demain
  L'Internationale
  Sera le genre humain 

L'État comprime et la loi triche
L'impôt saigne le malheureux
Nul devoir ne s'impose au riche
Le droit du pauvre est un mot creux
C'est assez, languir en tutelle
L'égalité veut d'autres lois
Pas de droits sans devoirs dit-elle
Égaux, pas de devoirs sans droits
  C'est la lutte finale
  Groupons-nous, et demain
  L'Internationale
  Sera le genre humain

Hideux dans leur apothéose
Les rois de la mine et du rail
Ont-ils jamais fait autre chose
Que dévaliser le travail ?
Dans les coffres-forts de la bande
Ce qu'il a créé s'est fondu
En décrétant qu'on le lui rende
Le peuple ne veut que son dû.
  C'est la lutte finale
  Groupons-nous, et demain
  L'Internationale
  Sera le genre humain


Les rois nous saoulaient de fumées
Paix entre nous, guerre aux tyrans
Appliquons la grève aux armées
Crosse en l'air, et rompons les rangs
S'ils s'obstinent, ces cannibales
À faire de nous des héros
Ils sauront bientôt que nos balles
Sont pour nos propres généraux
  C'est la lutte finale
  Groupons-nous, et demain
  L'Internationale
  Sera le genre humain»

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