sábado, 30 de março de 2013

ESTRATÉGIA - STRATEGIA - STRATEGY

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«A génese dos descobrimentos» de Carlos Alberto Santos (1987)

ESTRATÉGIA

A estratégia dos Descobrimentos
Responde aos actuais tormentos
Para dobrar o seu cabo
É preciso negar o diabo

E sentir e afirmar o Amor
Que vence toda a dor
Com uma imensa paixão
Pela nossa bonita Nação

Ao sabor dos ventos do Norte
O (des)governo depende da sorte
Sem estratégia que o oriente
Não lançou qualquer boa semente

Sempre sujeito a uma política demente
Prevê-se o seu fim iminente
O seu objectivo era apenas o poder
Tão mesquinho é o seu ser

Que o Governo futuro afirme
Um objectivo bem firme
Do pequeno Portugal
Realizar o seu grande potencial

Com a arte da estratégia
De meios e fins harmonizar
A ligar energia e ecologia
Ética, saber, arte, ar, terra e mar

A nossa luso-latina cultura
Se liga à natureza com doçura
A nossa infinita bondade e flexibilidade
Rima com verdade e saudade

Conta a Língua mui fecunda
A nossa querida História profunda
Semear para o fruto colher
E de novo semear é esse o saber

«Plantaram-se naus» para descobrir
Mas depois deixou-se o País cair
Por uma estrangeira cultura negativa
Muito, mas muito destrutiva

Jogos de parasitagem
Dominam com voragem
E os inúmeros traidores
Lançam pesadas dores

Mas as Mulheres e os Homens da Nação
Têm um grande valor e coração
E quando a sua imensa criatividade
Se ligar à responsabilidade e liberdade

Com o apoio de «catalisadores de almas»
Os seus sonhos se podem realizar
E o Mundo pode de novo nos bater palmas
Por todos os fecundos contributos que tínhamos para dar

Dar a esperança
Dar a confiança
Para o entusiasmo se despertar
E mais nada nos poder parar
Com a nossa forte paixão
Nem a antiga inquisição
Nem a salazarenta estagnação
Nem jogos de negação
Nem qualquer (des)união

Tantas vocações perdidas
Por mais de V séculos atrofiadas
As potências estrangeiras ficam espantadas
Como é que são tão louvadas
Com o enorme e profundo contraste
Entre a subserviente elite parasita que nos leva ao desastre
E as Pessoas bondosas e valorosas, que vítimas do abutre
Conseguem realizar maravilhas sob o seu peso triste



 "Oiçamos" as sábias palavras de Carlos Zorrinho, que nos aponta um caminho - Líder parlamentar do Partido Socialista, no seu texto «PREC II» (http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/prec-ii):

«Portugal está a viver um novo PREC (Período Revolucionário em Curso) (...) está em causa uma transição dentro da própria democracia. (...) o ‘R' de Revolução também pode ser de Reconfiguração ou de Reposicionamento estratégico.
(...) Como se viu no recente episódio do Chipre, um país económica e politicamente descartável é presa fácil para a mesquinhez rasteira que inspira as lideranças europeias que temos. Pior que isso só somar a irrelevância estratégica à irrelevância política de um governo sem rumo e de um Primeiro-Ministro sem credibilidade nem autoridade.
Precisamos por isso de Estratégia. Escolher o local (...). Somos um País rede e um nó de amarração transatlântico que irradia para o Mediterrâneo e que através da língua e da cultura se distende pelo globo. Logística, Turismo, Energia Renovável e Integração Tecnológica. Âncoras de um Laboratório Global. Ou seremos isto ou seremos o que os outros quiserem.»
Relembremos as brilhantes palavras ouvidas recentemente ao ex-Primeiro José Sócrates na RTP (27-03-2013), que vieram abanar ainda mais esta subserviente e péssima governação sob a égide do presidente: «(...) um político que desiste da confiança de puxar pelas energias do seu País, no futuro é um governante que não está à altura das suas responsabilidades (...) afinal do que é que gosta? E não há um país que possa ser governado sem uma esperança, sem uma vontade, sem  ambição. O dever da política, o dever dos governantes é traçarem um rumo. Sabe o que faz lembrar o discurso do Governo ao longo destes dois anos (...) a frase da "Divina Comédia" do Dante quando (...) o personagem entra no inferno: "Vós que entrais abandonai toda a esperança" (...) este governo foi o que fez (...) empobrecimento (...) convidar a emigrar (...) um discurso de expiação, de punição (...)»

sexta-feira, 29 de março de 2013

JESUS E MARIA MADALENA - IESUS ET MARIA MAGDALENA - JESUS AND MARY MAGDALENE

File:Gheorghe Tattarescu - Magdalena.jpg
«Magdalena» Gheorghe Tattarescu (1820-1894) Muzeul Municipiului Bucureşti (Romania)

JESUS

Nos dás tanto Amor
Tua pomba nos liberta de tanta dor
Tua luz de vida e felicidade
Nos convida docemente até à eternidade

TAM AMOR
COLUMBA SOLVO DOLOR
LUX VESTRA DE VITAM ET BEAUTITUDINEM
NOS INVITAT AD AETERNITATEM


You give to us so much Love
You liberate us from so much pain by your dove
Your light of life and happiness from infinity
Invite us with sweetness until eternity

Nos das tanto Amor
Tu paloma nos libera de tanto dolor
Tu luz de vida y felicidad
Nos invita dulcemente hasta la eternidad


Atât de multă dragoste
Tu ne elibereze de durere
Lumina voastră de viață și de fericire
Ne invită să eternitate

Tu dai a noi così tanto Amore
Tu ci libera dal dolore
La tua luce della vita e della felicità
Invita noi dolcemente fino all'eternità

Vous nous donnez tant d'amour
Vous nous libérer de la douleur
Votre lumière de la vie et du bonheur
Invitez-nous pour l'éternité avec douceur





«(...) "Mulher porque choras, quem buscas?" (...)
"Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste e eu o levarei" (...)
"Maria!" (...)
"Raboni!"
"Deixa de me tocar, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus." (...)
E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor!-e que ele lhe dissera estas coisas.»

«Evangelho segundo João» (20:15-18)

« (...) Dicit ih̅s mulier quid ploras aut quem quaeres · illa aestimans hortulanum eum esse Ait illi dn̅e si tu eu̅ tulisti dic mihi ubi posuistis eum · ut ego eum tollam
Dicit ei ih̅s maria ad illa conuersa dicit ei hebreice rabboni quod interpetratur magister et dn̅e
Dicit iterum illi ih̅s noli me tangere nondu̅ Enim asce̅di ad patrem uade autem ad fratres et dic illis ascendo ad patrem meu̅ et patrem uestrum·   dm̅ meum et dm̅ uestrum · 
uenit maria magdaline nuntians discipulis quia uidit dn̅m et quae dixit ei manifestauit (...)»


«VETUS LATINA IOHANNES» (XX XV.XVIII)

«(...) "Woman, why are you weeping?" (...)
"They have taken away my Lord, and I do not know where they have laid him." (...)
"Woman, why are you weeping? Whom are you seeking?" (...)
"Sir, if you have carried him away, tell me where you have laid him, and I will take him away." (...)
"Mary!" (...)
"Rabboni!" (...)
"Do not cling to me, for I have not yet ascended to the Father; but go to my brothers and say to them, ´I am ascending to my Father and your Father, to my God and your God.´" (...)
Mary Magdalene went to the disciples with the news: "I have seen the Lord!" And she told them that he had said these things to her.
Mary Magdalene went to the disciples with the news: "I have seen the Lord!" And she told them that he had said these things to her.»

«Gospel of John» (20:15-18)

«(...) "Mujer, ¿por qué lloras? ¿á quién buscas?" (...)
"Señor, si tú lo has llevado, dime dónde lo has puesto, y yo lo llevaré." (...)
"¡María!" (...)
"¡Rabboni!" (...)
"No me toques: porque aun no he subido á mi Padre: mas ve á mis hermanos, y diles: Subo á mi Padre y á vuestro Padre, á mi Dios y á vuestro Dios."
Fué María Magdalena dando las nuevas á los discípulos de que había visto al Señor, y que él le había dicho estas cosas.»


«Evangelio de Juan» (20:15-18)

«(...) "Femeie de ce plîngi? Pe cine cauţi?"(...)

"Domnule, dacă L-ai luat, spune-mi unde L-ai pus, şi mă voi duce să -L iau." (...)
"Marie!" (...)
"Rabuni!" (...)
"Nu mă ţinea căci încă nu M'am suit la Tatăl Meu. Ci, du-te la fraţii Mei, şi spune-le că Mă sui la Tatăl Meu şi Tatăl vostru, la Dumnezeul Meu şi Dumnezeul vostru." 
Maria Magdalina s'a dus, şi a vestit ucenicilor că a văzut pe Domnul, şi că i -a spus aceste lucruri.» 


«Evanghelia după Ioan» (20:15-18)


«(...) "Donna, perché piangi? Chi cerchi?" (...)
"Signore, se tu l’hai portato via, dimmi dove l’hai posto, e io lo prenderò." (...)
"Maria!" (...)
"Rabbunì!" (...)
"Non mi toccare, perché non sono ancora salito al Padre; ma va’ dai miei fratelli, e dì loro: Io salgo al Padre mio e Padre vostro, all’Iddio mio e Iddio vostro."
Maria Maddalena andò ad annunziare ai discepoli che avea veduto il Signore, e ch’egli le avea dette queste cose.»


«Vangelo secondo Giovanni» (20:15-18)

«(...) "Femme, pourquoi pleures-tu? Qui cherches-tu?" (...)
"Seigneur, si tu l'as emporté, dis-moi où tu l'as mis, et je le prendrai." (...)
"Marie!" (...)
"Rabbouni!" (...)
"Ne me touche pas; car je ne suis pas encore monté vers mon Père. Mais va trouver mes frères, et dis-leur que je monte vers mon Père et votre Père, vers mon Dieu et votre Dieu."
Marie de Magdala alla annoncer aux disciples qu'elle avait vu le Seigneur, et qu'il lui avait dit ces choses.»


«Évangile selon Jean» (20:15-18)

CASSANDRA: PRESSÁGIO DE FOGO - FACEM IGNIS - FIREBRAND

«Presságio de Fogo» («The Firebrand») - Marion Zimmer Bradley (1987) - Edição DIFEL 1988 - capa de Clementina Cabral


Moldova 2002
Romania 2009
Ελλάδα 2010
Éire 2010
Portugal 2011
España 2012
Κύπρος 2013
Italia ?
France ?
Germany?

CASSANDRA AVISOU ...
NINGUÉM ACREDITOU ...
O FOGO ATEOU,
A DOR NÃO MAIS PAROU!

CASSANDER WARNED ...
NOBODY BELIEVED ...
THE FIRE INGNITED,
NO MORE PAIN STOPPED!

Da mensagem SUL DA EUROPA - EUROPA MERIDIONALIS - SOUTHERN EUROPE 19-12-2012

«Cyprus was a very special case, everyone knew that . And we found the right solution.» 

Wolfgang Schäuble -Finance Minister of German Government 25-03-2013 - SWR radio

The «right solution»? The right approach? From the begining of financial crysis manifestation (2007) your «power of fire» was much more powerness than the fire itself. But your support to banks without discrimination between the better and the worst implicated big problems to States and Societies with over indebtedness for a lot of imports from Germany (in Portugal the incredible BPN and the German submarines are very clear examples).

What is your permant messages to the «markets» (to the represents of the owners of money, financial institutions, banks, that support them decisions)? INSECURITY! VICIOUS CIRCLES! With your decisions CAPITAL TREND TO ESCAPE FOR OTHER DESTINIES (GOLD AND OTHER MATER IN OTHER REGIONS OF THE WORLD)
You put always the fire more and more bigger from the begining. Seems like «Light thhem Fire» that is your Fire too. Do you have internal forces that want that? Much more worst better? Do you have a problem with deutsch mark history and support always the direct ways for a strong currency?
All we know in Latin, Celtic and Greek Europe that your ways is not the good ways for Europe, for your interest  itself and the problem come from «Maastricht culture». 
Is not a problem about Germans is a problem about the actual leaders of Germany that don´t have a good strategic vision for European Union:

«Sempre foi assim. É como numa classe, quando temos os melhores  resultados, os que têm um pouco mais de dificuldades são um pouco invejosos (...)
Os outros países sabem muito bem que assumimos as  nossas responsabilidades (...) é no nosso próprio interesse. Nós beneficiamos com  a Europa, com as suas possibilidades de mercados, com o seu  grande mercado (...) cada um tem de respeitar os seus compromissos (...). Cada um tem de pôr os seus orçamentos em ordem. Cada um tem  de ser economicamente competitivo. E o que assume os riscos maiores tem  também de suportar os custos.
(...) estão numa situação difícil (...) vão viver um período difícil (...) inevitável».

Wolfgang Schäuble -Ministro das Finanças do Governo da Alemanha 25-03-2013 - ZDF tv


quinta-feira, 28 de março de 2013

TRIGA DE EMBUSTES - HOCUS POCUS TRIGA - TRIGA OF HOAXES


«Hocus pocus» - Kenny Ortega (1993)

«Hocus pocus, tontus talontus, vade celeriter jubeo»


Desapareceu a evitar a sufocante ajuda
Reapareceu numa noite de Lua cheia
Após o seu silêncio de Buda
Entusiasmou uma imensa plateia

Tem o nome do filósofo de Atenas
E veio a terreiro denunciar as injustas penas
Que ele próprio tentou evitar
Apesar de sem querer as originar

Tal como Salazar deu força aos comunistas
Sócrates deu força a estes oportunistas
Que agora se intitulam de estadistas
E que só podem ser postos em causa pelos socialistas

Os verdadeiros social democratas
Que lutaram contra todos os autocratas
Para com a Liberdade realizar o potencial
Do nosso querido Portugal

Mas falta aprofundar a Democracia
Desenvolver a cultura participativa
E acabar com os jogos de parasita mordomia
Que asfixiam há séculos a valorosa Nação proactiva


Entrevista do ex-Primeiro Ministro José Sócrates na RTP em 27-03-2013, que confirmou a suspeita que o Governo e seus apoiantes, incluindo o Presidente da República e a sua hipocrisia, bem manifesta nas suas prévias declarações antes desta entrevista, iriam sair fragilizados face às falsidades e verdades entre 2005 e 2011, mas também do período anterior a 2005 (http://www.rtp.pt/play/p1164/e112169/socrates-o-fim-do-silencio):
«Bom, o que me garante que o PEC 4 tinha sucesso é apenas o apoio do Banco Central Europeu, o apoio do Conselho Europeu e o apoio da Comissão. (...) a aprovação em Bruxelas estava disponível para alterações (...) num diálogo interno em Portugal (...) uma solução aliás muito semelhante à que foi encontrada para Espanha e para a Itália neste momento. (...) o chumbo do PEC 4 conduziu Portugal ao pedido de ajuda externa (...)
(...) O senhor Presidente da República sempre usou dois pesos e duas medidas ao tratar com este Governo e ao tratar com o anterior Governo (...) achava que havia limites para os sacrifícios (...) agora (...) aquele discurso do senhor Presidente da República quando tomou posse foi um discurso de oposição ao Governo (...) deu um sinal político evidente à oposição que podia sem a intervenção do Presidente da República provocar essa crise política (...) teve na origem desta solução política (...).
Eu sempre me opus ao pedido de ajuda internacional, eu lutei com todas as minhas forças (...) foi (...) talvez a única vez que um partido daqueles partidos do arco constitucional (...) fiéis ao ideal europeu, deitou fora uma solução que a Europa tinha aprovado para provocar uma crise política e nos conduzir à ajuda externa, este é o ponto essencial (...) olhemos para aqueles que causaram a crise política (...) havia instituições em Portugal e muita gente que clamava pela ajuda externa, porque a oposição não fez apenas chumbar o PEC (...) tinham pressa de chegar ao poder (...) o que é que o País ganhou com essa crise política? (...) nessa altura o PSD fazia o seguinte discurso: basta mudar o Primeiro Ministro, basta mudar o Governo (...).
As consequências da crise política de 2011 estão à vista. (...) O primeiro embuste (...) é que os problemas que o País enfrentava eram apenas problemas da governação, problemas nacionais, não havia crise internacional (...); o segundo é que o anterior Governo nos conduziu à ajuda externa (...) e o terceiro embuste é (...) que estão apenas a aplicar aquilo que é o Memorando assinado ainda pelo anterior Governo.      
Aquilo que o Governo fez nos dois últimos anos foi aplicar o dobro da austeridade que estava no Memorando inicial, o Governo fez já sete alterações (...) então um Governo que aplica um Memorando ao longo de dois anos e ao longo de dois anos nada diz e vem agora dois anos depois, para desculpar o seu fracasso dizer que o Memorando estava mal desenhado desde início (...) o principal argumento não é "então agora é que descobrem?", não é isso (...) como é que podem dizer que estava mal desenhado se nunca o aplicaram? (...) quando se fazem alterações vai-se transformando o Memorando (...) o essencial do Memorando irlandês continua a ser desenvolvido, A verdade é que o Governo por sua iniciativa, alterou imediatamente esse Memorando. O memorando não tinha o corte do 13.º mês (...), nem o corte do subsídio de férias, (...) nem o aumento do IVA para a restauração para a taxa máxima, nem o aumento do IVA para a taxa máxima na electricidade, nem o aumento brutal de impostos. (...) Quando se altera de forma tão significativa e quantitativa o Memorando (...) o Memorando que resulta nada tem a ver com o anterior. Há uma alteração qualitativa. (...)
A decisão de alterar o Memorando, de ir além da Troika, de somar mais austeridade ao Memorando foi uma decisão do Governo, que tomou logo de início. Era aliás uma doutrina, que eu já tinha ouvido antes, (...) a doutrina te um nome, chama-se "front loading", isto é melhor fazer austeridade toda de início, toda à bruta por forma a que recuperemos confiança nos mercados, por forma a termos uma recessão como alguns economistas na altura apoiaram estas medidas, em V isto é, uma abrupta recessão, mas depois uma recuperação económica (...).
Eu digo algumas coisas do que se deve fazer: em primeiro lugar eu acho que o País tem a urgente necessidade de parar a austeridade. O que eu vejo aqui em Portugal, tal como na Europa, é um erro económico e político seríssimo, que é continuar nesta senda de austeridade e sem nenhuma preocupação com o crescimento económico (...) a imagem que me ocorre é que o Governo se meteu num buraco e o que há para sair do buraco é continuar a escavar (...) parem de escavar, parem com mais austeridade (...) paremos com esta loucura (...) essa solução não resulta (...) se continuarmos a escavar não cumprimos nem na dívida, nem no défice. (...)
Em 2009 nós tínhamos uma doutrina na Europa, precisamos de fazer face à crise, aguentar a economia, apoiar as famílias, aumentar o poder de compra (...) para que possa responder à diminuição da procura que se estava a verificar em todo o Mundo (...).
Nós chegámos ao Governo em 2005, com um défice de 6,83% (...) uma governação da  direita que tinha deixado o único país na Europa em défice excessivo. Nós em dois anos baixámos o défice (...) para 2,8%, foi o mais baixo défice da democracia portuguesa, ao mesmo tempo que tivemos crescimento económico, ao mesmo tempo que (...) passámos a exportar mais tecnologia do que aquela que importámos, ao mesmo tempo que fizémos a reforma da segurança social (...) das energias renováveis (...)
Nas PPP vai aí uma história muito mal contada (...) rodoviárias (...) existem 22, quantas é que eu lancei? 8 (...) encargos líquidos para o futuro (...) que eu recebi em 2005 (...) 23 mil milhões de euros (...) em 2012, 19 mil milhões (...)
A austeridade provocou a descida das receitas fiscais (...)
(...) eu enfrentei uma crise dificílíma entre 2009 e 2011 com um Governo permanentemente acossado por uma Assembleia da República, que essa sim só queria mais despesa (...) os partidos que estão no Governo na Assembleia da República (...) sempre vi a quererem aumentar a despesa (...) governo minoritário (...) parlamento hostil (...) presidente da república que foi nada nada imparcial (...).
(...) este Governo tem um problema de comando político (...) tem um desgaste (...) não vejo condições para que este Governo desenvolva aquilo que é preciso fazer relativamente ao futuro na condução da Economia. (...) o que fazer, como fazer? Primeiro (...) não continuar com a austeridade, acho um erro político a ideia de fazer cortes. Em segundo lugar alterar o discurso (...) um político que desiste da confiança de puxar pelas energias do seu País, no futuro é um governante que não está à altura das suas responsabilidades (...) afinal do que é que gosta? E não há um país que possa ser governado sem uma esperança, sem uma vontade, sem  ambição. O dever da política, o dever dos governantes é traçarem um rumo. Sabe o que faz lembrar o discurso do Governo ao longo destes dois anos (...) a frase da "Divina Comédia" do Dante quando (...) o personagem entra no inferno: "Vós que entrais abandonai toda a esperança" (...) este governo foi o que fez (...) empobrecimento (...) convidar a emigrar (...) um discurso de expiação, de punição (...)»

Em relação ao Governo e seus apoiantes estamos totalmente de acordo, foi brilhante a sua ofuscação! Mas não existe uma única palavra sobre a necessidade de colocar em causa o «status quo» desta Sociedade Política que se manifesta no Estado e em décadas de despesas sem valor, não prevista no Memorando, que implicariam há muito tempo uma profunda reforma do Estado e da Sociedade Política cheia de vícios e inércias, que pesam muito sobre as Empresas e as Famílias, sobre a criação de valor que sustenta Portugal!



      

segunda-feira, 25 de março de 2013

COLIGAÇÃO DO (DES)GOVERNO E TRIGA (TROIKA) II


Ceyla Pazarbasioglu IMF Assistant Director in the Monetary and Capital Markets Department, in charge of the work on financial sector regulation and supervision and crisis management

«No End in Sight: Early Lessons on Crisis Management» (http://blog-imfdirect.imf.org/2011/03/09/early-lessons-on-crisis-management/)

By Stijn Claesens and Ceyla Pazarbasioglu

«Crises are like stories; they have a beginning, middle, and an end, and on occasion, we learn something along the way.
In times of crisis, choices must be made. In the most recent global economic crisis policymakers moved quickly to stabilize the system, providing massive financial support, which is the right response in the beginning of any crisis. But that only treated the symptoms of the global financial meltdown, and now a rare opportunity is being thrown away to tackle the underlying causes.
Without restructuring financial institutions’ balance sheets and their operations, as well as their assets ‒ loans to over-indebted households and enterprises ‒ the economic recovery will suffer, and the seeds will be sown for the next crisis. 
In our new paper we analyze the policy choices made during the crisis and compare them to a number of past ones. It turns out the phases of this crisis followed the same pattern as previous ones, but policymakers made different choices this time around. This has a lot to do with the distinct nature of this crisis; unlike those in the last 20 years, it was truly global and more complex to handle because financial institutions and markets are larger and more interconnected than ever before.
Lesson # 1All choices have a cost, some with long term effects
The complexity and severity of the recent crisis justified a rapid response to contain risks and restore confidence. While less deep restructuring early on lowered the costs in the short term, there may be higher costs in the years ahead. In particular, the policy mix chosen precluded thorough due diligence, and may reduce incentives to restructure assets. The risk is that, instead of a policy of triage, diagnosis-based resolution, and early asset restructuring, a muddling-through approach prevails. This approach, including accounting and regulatory forbearance, guarantees, and implicit public support stalls addressing nonviable banks and nonperforming assets.
Many of the structural characteristics that contributed to the build-up of systemic risks are still in place today, and moral hazard has increased. In most countries, the structure of the financial system has changed little. In fact, concentration often has increased—on average for the 12 crisis countries we examined, the assets of the five largest banks have gone from 307 to 335 percent of GDP—as large banks acquired failing institutions. This complicates resolution efforts. The large-scale public support provided to institutions and markets—a contingent liability equivalent to one-fourth of GDP at the peak of the crisis—has exacerbated perceptions of too-important-to-fail.
Lesson #2 – Find out what you don’t know and fix what you can
Diagnose the problem to learn about the viability of financial institutions and support only those that are viable, and close or restructure the nonviable ones. Stress tests were conducted and the results published in the U.S. and in Europe in May 2009, and July 2010 respectively, but only after initial government recapitalization.
While these stress tests restored short term investor confidence, their long term impact has been uneven, especially in Europe, in part due to different financial market perceptions about the credibility of assumptions used and remedial actions announced in conjunction, and subsequent events. As a result, European authorities have been compelled to engage in a new round of stress tests.
Lesson #3 – Create a global playbook
Restructuring the global financial system requires tools and policies that, just like banks, reach across country borders. It will also require policymakers to cooperate globally, just as they did at the peak of the crisis.
Since the crisis, several countries have adopted more effective resolution schemes for large financial institutions, which should allow future losses to be borne by uninsured creditors. But many countries still lag in this respect, including in how to allocate losses. The new resolution schemes remain untested to deal with failures of large cross-border institutions, and much more needs to be done to enhance the supervision of cross-border exposures and related risks.
The end of this story hasn’t been written yet, and we shouldn’t throw away the opportunity to change the way the global financial system operates for years to come.»

Esta é uma perspectiva da crise financeira que se começou a manifestar em 2007, por parte de técnicos do FMI em Março de 2011, pouco antes da irresponsável rejeição do «Programa de Estabilidade e de Crescimento 2011-2014» no dia 23, com as seguintes resultantes do seu cenário macroeconómico de base (http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstado/Documents/pec/21032011-PEC2011_2014.pdf):

Em Junho de 2011 manifesta-se um novo cenário decorrente do «Portugal - Programa de Assistência Financeira UE/FMI 2011/2014)» (http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/ProgramaApoioEconomicoFinanceiro/Documents/Brochura_pt.pdf)
























Em Outubro de 2012 a Proposta de Orçamento de Estado tem um intolerável cenário macroeconómico, completamente irrealista (http://www.gpeari.min-financas.pt/analise-economica/publicacoes/ficheiros-do-bmep/2012/outubro/destaques/Proposta-do-Orcamento-do-Estado-para-2013.pdf)

Em 26 de Março de 2013 o Banco de Portugal através do seu «Boletim Económico – primavera 2013: Projeções para a economia portuguesa 2013-2014» (http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/ComunicadoseNotasdeInformacao/Paginas/combp20130326.aspx) é oobrigado a rever de novo o seu cenário irrealista:












Colossal falhanço de todos os actores desta péssima peça de teatro! Os custos de oportunidades referidos por Stijn Claesens e Ceyla Pazarbasioglu do FMI em relação ao sistema financeiro mundial, foram e vão ser terríveis em Portugal: os caminhos escolhidos são desastrosos e não vemos sinais de inflexão, mas sim a resilência de um grande autismo no Governo, no FMI, na CE e no BCE!

A propósito do Governo, da Troika, das pseudo «reformas estruturais», das oligarquias e oligopólios, observemos as hipócritas e incompetentes palavras de Abebe Selassie, chefe da missão do FMI em Portugal (declarações prestadas à Lusa em 24-03-2013):
«Penso que o principal objectivo para os preços da electricidade, das telecomunicações e de outros sectores não transaccionáveis é se estão em linha ou começam a cair à medida que a concorrência aumenta ou a procura diminui. Até agora não o estamos a ver e isso é muito desapontante. Se não responderem às condições económicas penso que definitivamente teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas.»
APÓS 2 ANOS AINDA ESTÃO AÍ, AINDA VÃO ESPERAR?!
OLIGOPÓLIOS E CARTÉIS DA ENERGIA, BANCA E TELECOMUNICAÇÕES
TÊM RENDAS EXCESSIVAS DE MILHARES DE MILHÕES
«Um primeiro conjunto de reformas foi acordado e realizado ao abrigo do programa no ano passado. Não foram até onde gostaríamos que tivessem ido, mas o Governo tentou fazer o máximo que podia face a todas as considerações que tinha de tomar.»
«COITADINHO» DO GOVERNO, FRACO COM OS FORTES, FORTE COM OS FRACOS. O QUE É QUE O ANTÓNIO BORGES CONSULTOR (ABC) ANDA A FAZER HÁ 2 ANOS?
«Esta é uma área que queremos ser capazes de monitorizar e olhar de muito perto com os nossos colegas da Comissão Europeia em particular. Foram alcançados alguns progressos, mas temos de ver o efeito das reformas e tentar perceber se estão a dar resultados como previsto. Não posso deixar de sublinhar que para Portugal ter sucesso daqui em diante tem de ser uma economia dinâmica, competitiva, com muita concorrência nos mercados de produto e ter as empresas destes sectores a contribuir com a sua parte vai ser muito, muito importante»
«É muito importante que o debate sobre as rendas excessivas em algumas áreas da economia seja revisitado. Este é um aspecto muito importante para garantir uma justa repartição do esforço do ajustamento»
QUE GRANDE HIPÓCRITA E INCOMPETENTE: NÃO SE TRATA SÓ DE JUSTIÇA, TRATA-SE DA VIABILIZAÇÃO DA ECONOMIA, DO VALOR QUE ESTÃO A DESTRUIR CONTINUAMENTE ...
«O resultado do desemprego é muito infeliz, é mesmo muito pior que o esperado. É exactamente devido a isto que as metas do défice estão a ser revistas, devido à preocupação de tentar evitar mais pressões sobre o emprego.»
E OS MULTIPLICA AS DORES EM 2012 E AQUELE IGNÓBIL ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2013? INDECENTE!
«Penso que a única forma duradoura de criar os empregos, que Portugal tão desesperadamente precisa, é realmente tentar completar o processo de ajustamento tão rápido quanto possível, e estabelecer as bases para o crescimento sustentável. Não podemos perder de vista que o principio base do programa é fazer regressar Portugal a uma situação fundamentalmente melhor do que a que estava quando a crise começou.»
A SUSTENTABILIDADE BASEIA-SE NA CRIAÇÃO DE VALOR E NÃO NA SUA ABSORÇÃO E DESTRUIÇÃO COMO O GOVERNO TEM REALIZADO!
«As pequenas e médias empresas continuam a ter dificuldades em aceder ao crédito».
O QUE FOI FEITO NESSE SENTIDO?
«O sector financeiro no geral parece muito bem. Com esta descapitalização finalizada penso que existe uma base muito melhor para que volte o crescimento do crédito e já vemos alguns sinais encorajadores de que as condições estão a melhorar».
QUE BENEVOLÊNCIA ...
«As metas do défice estão a ser revistas para garantir que não é criada uma pressão indevida sobre o produto interno bruto ao continuar a perseguir as metas originais».
«O objectivo das revisões do programa é tentar calibrar o programa e continuar a conseguir o equilíbrio certo».
EQUILÍBRIO CERTO?!!!! QUE GRANDE DESCOMPENSAÇÃO CULTURAL TEM O FMI.
«(...)não existe muito mais a ser feito ou que não esteja a ser pensado para tentar estimular o crescimento»
«O que nós discutimos foi a forma  como a revisão da despesa seja implementada nos próximos meses e anos. O que o governo tornou claro foi que iriam consultar os parceiros sociais e políticos para chegar a uma versão final das reformas na despesa que têm em mente. Esse processo vai ter lugar nas próximas semanas (...)»
«Sempre dissemos que a composição das medidas para alcançar as metas do défice é da responsabilidade do Governo».
SÃO INCENTIVADORES, CÚMPLICES E PERMISSIVOS DE UMA POLÍTICA DO GOVERNO (MAIS TROIKISTA QUE A TROIKA) INCENTIVADORA DAS INSOLVÊNCIAS, DO DESEMPREGO E DA EMIGRAÇÃO E AGORA SÃO ESTAS AS PALAVRAS USADAS?!
DEVIA SER IMEDIATAMENTE DEMITIDO ESTE CHEFE DA MISSÃO DO FMI EM PORTUGAL, QUE PACTUOU COM ESTE MISERÁVEL GOVERNO O CAMINHO DA TRIBUTAÇÃO EM VEZ DA REFORMA PROFUNDA DO ESTADO QUE CONTINUA A GASTAR SEM CRIAR VALOR EM MUITAS DAS SUAS DIMENSÕES, NOMEADAMENTE AS RELATIVAS À SOCIEDADE POLÍTICA!
ESTE SENHOR QUE REPRESENTA O FMI É HIPÓCRITA, IGNORANTE E INCOMPETENTE COMO ESTE PÉSSIMO GOVERNO QUE TANTO QUERIA O FMI, O BCE E A CE EM PORTUGAL! TRAIDORES DA PÁTRIA!

domingo, 24 de março de 2013

GOVERNO II - RECTIO CIVITATIS II - GOVERNMENT II


Os piratas enfrentam os heróis
Com todos os seus anzóis
E o esquilo obcecado
Pela conflitual brecha é mergulhado
«Ice Age Continental Drift» Twentieth Century Fox Animation - Blu Sky Studios (Steve Martino - Michael Thurmeier / Michael Berg - Jason Fuchs - Lori Forte) 2012


GOVERNO II

Os piratas governamentais
Prejudicaram interesses nacionais
Com aculturadas leviandades tais
Que não poderão acontecer jamais

Os primeiros a abandonar o porão
São os ratos que deixam o capitão
Com o seu núcleo de apoio e autista ilusão
Que o precioso e mesquinho poder
Irão por ventura e por despesas públicas manter

Mas a nau de gelo da governação
Bem se pode ver que se está a quebrar
E não vai aguentar, não pode aguentar
Mais um toque da realística pressão
Venha ela do Mundo, do político tribunal ou da Nação!


























Os ratos abandonam o porão
A sua única consolação
Como forma de salvação
Nem que seja de empurrão
Não se aguentam não
«Ice Age Continental Drift» Twentieth Century Fox Animation


Não gostamos de personalizar fenómenos sociais objectivos e abrangentes reduzidos a um actor, que com a sua subjectividade condicionada se manifesta, como nós obviamente. Mas Daniel Bessa passou as fronteiras do nosso silêncio:
Apoiante deste Governo desde as suas tristes origens, nunca salientou as questões mais importantes, como a necessidade de apoiar a criação de valor e não de o destruir, de apoiar as Empresas não Financeiras e as Famílias, nem que não fosse pelo não serem carregadas com vil tributação em vez de se proceder desde o início (Outubro de 2010, com o anterior Governo apertado) a uma profunda Reforma do Estado e da Sociedade Política que libertasse a Nação das Despesas Públicas que não criam valor!
E o que este frágil comenta a dor, em termos técnicos e éticos, veio afirmar nos últimos tempos:
«Estamos todos no país a tentar evitar o momento final do anúncio ao mundo da bancarrota e do incumprimento. Não estou a dizer que estamos em cima desse momento, mas, infelizmente, estamos hoje mais perto do que estávamos há dois meses, estamos mais perto do que estávamos há dois anos. E, portanto, é isso que estamos a tentar evitar (...) A meio do ano já será muito difícil lidar com uma execução orçamental muito negativa. O que assistimos é que, mais cedo do que eu próprio admitia, há aqui a confissão de uma dificuldade (...) Portanto, não acho que este Governo vá cair na rua. Vai cair pelo reconhecimento interno, a que não poderá deixar de chegar, da necessidade de ajuda e de que essa ajuda exige outra solução governativa. (...) não é nenhum passe de mágica, não vai resolver nenhum problema só por si. Mas acho que melhora um pouco as condições do exercício da actividade governativa.» (entrevista à Rádio Renascença em 17-3-2013)
Não vamos relembrar aqui as milhares de palavras que comprometem historicamente este actor, nem a sua pobre prestação como Ministro da Economia em 1995, rapidamente substituído pelo Secretário de Estado da Indústria em 1996, o professor Augusto Mateus, muito melhor em termos técnicos e éticos e que com essa experiência governativa muito aprendeu com o mundo micro e meso económico, o que deve ter ferido o seu ego eternamente e não perdoar ao PS essa afronta.
Vamos apenas salientar que a «Prioridade à Dívida» (Expresso 23-03-2013) que escreveu é o que a Troika e este fraco Governo pelo actor fragilmente apoiado se concentraram excessivamente na Dívida e no Défice Públicos e não nas bases de Criação de Valor que os podem diminuir: é esse o erro crasso, tiveram a desvalorizar e não tinham qualquer estratégia para a Competitividade e o Emprego e para a profunda Reforma do Estado e da Sociedade Política que permitiria absorver menos valor e pelo contrário através da sua melhoria, apoiá-lo!
Destacamos aqui Daniel Bessa como exemplo, mas existem muitas, mas muitas mais pessoas que estão a abandonar o porão (os ratos são obviamente uma imagem que costumamos utilizar, mas que não tem qualquer intenção de desrespeito pelas pessoas, o que está em causa a descodificação das suas opiniões e interesses que infelizmente, na maior parte dos casos estão muito longe da defesa da Nação).
Esperemos que os «ratos» que estão a preparar-se para uma nova nau de poder, cada vez mais diminuído, não tenham influência num caminho de novo negativo para a Nação, como este que foi e está a ser percorrido.
Nada mudou na Sociedade Política em termos de Direito Democrático e de Cultura Política, arriscamos-nos fortemente a ter no futuro os mesmos viciados problemas.
O que é confrangedor é que os actores são geralmente os mesmos que têm uma visão de Portugal egoísta e não de alteridade de quem faz Obra Democrática, com paixão pela Nação e não pelo seu ego mesquinho!
Acreditamos em António José Seguro, mas podemos estar iludidos. Em nossa opinião era óptimo que o melhor do PS se ligasse ao melhor do CDS para um futuro Governo, na medida em que consideramos que o PSD representa o maior «Cancer» que existe no sistema partidário, para além da inutilidade do PCP e do BE. Não vemos a formação de um Movimento ou de um Partido alternativo até agora, que pudesse pôr em causa toda esta vulnerável situação.
Esperemos que Jorge Coelho (do betão e alcatrão, do «período de nojo» de intervalo entre a governação e a construção, que sempre abraçara) e que José Sócrates, com fortes responsabilidades na Dívida Pública actual, não venham prejudicar ainda mais uma alternativa a este Governo (o PSD agradece até ao momento, o seu aparecimento, mas pode vir a ter uma surpresa com a capacidade oratória e com algumas razões que lhe deram na parte final do seu Governo, o PEC IV é uma delas), que é urgente concretizar, mas bem, não com velhos actores que nos causam tantas dores.
O que o antigo Primeiro Ministro fez de bom não compensa o que fez de mau, a resultante é profundamente negativa: Portugal é apenas um prolongamento do seu enorme ego. E mais, após o Governo cair, minou o Grupo Parlamentar do PS com apoiantes que minaram a liderança alternativa.
Portugal necessita de novos actores que nos libertem de tantas dores!

BANCA V - ARGENTARIA V - BANK V



http://www.global-rates.com/images/charts/gr-libor-chart-10-21.jpg

LIBOR (the London inter-bank offered rate) - 3 months (http://pt.global-rates.com/taxa-de-juros/libor/dolar-americano/2012.aspx)


WIN MONEY FROM NOTHING WAS A OLD PROBLEM OF FINANCIAL WORLD THAT DEEPLY PREJUDICE ECONOMIC AND SOCIAL WORLD!
WORLD NEEDS A DEEP REFORM IN ALL DIMENSIONS OF FINANCIAL SYSTEM, BUT THE MORE IMPORTANT IS THE DEEP REVOLUTION OF THE CULTURE OF THE PLAYERS ... SOCIETIES MUST STOP THE POWER OF THE BANKS AND IT GAMES OF NEGATIVE SUM! ONE DETERMINANT STEP IS STOP THE LINKS BETWEEN POLITICAL SOCIETY AND BANKS AND BETWEEN CENTRAL BANKS (REGULATORS) AND BANKS THAT MUST DEFEND SOCIETY FOR THE PERMANENT MANIPULATION OF THE FINANCIAL GAME. IN THE NAME OF THE IMPACT OF THE BANKS FAILURES AND STATES DEFAULTS ALL IS SUPPORTED BY NON FINANCIAL COMPANIES AND FAMILIES THE REALLY OWNERS OF THE MONEY THAT BANKS MANIPULATE WITH APPLICATIONS TOO DISTANT OF THE INTERESTS OF THE NATIONS!

ALL THE «MARKET PRICES» REFERENCES DETERMINED WITHOUT REAL SUPPORT WITH POTENCIAL SPACE TO MANIPULATION MUST BE REGULATED. ALL MERCHANDISES LIKE MONEY, GOLD, SILVER AND OTHER METALS, OIL, FOOD AND OTHER COMMODITIES MUST BE UNDER CONTROL BY REAL INDEPENDENT REGULATORS FOR PREVENT WIN MONEY FROM NOTHING, FROM SPECULATION MARGINS.
THE SOVEREIGN DEBT RISK IS ANOTHER EXAMPLE!

LET WE SEE A LITTLE BIT OF THE INCREDIBLE WORLD THAT EMERGE IN THE EIGHTIES OF XX CENTURY THAT WE MUST STOP: 

http://www.economist.com/node/21558281: «The LIBOR scandal»





«The rotten heart of finance»

«A scandal over key interest rates is about to go global»


http://media.economist.com/sites/default/files/imagecache/full-width/images/print-edition/20120707_FBC552.png

«What may still seem to many to be a parochial affair involving Barclays, a 300-year-old British bank, rigging an obscure number, is beginning to assume global significance. The number that the traders were toying with determines the prices that people and corporations around the world pay for loans or receive for their savings. It is used as a benchmark to set payments on about $800 trillion-worth of financial instruments, ranging from complex interest-rate derivatives to simple mortgages. The number determines the global flow of billions of dollars each year. Yet it turns out to have been flawed.

Over the past week damning evidence has emerged, in documents detailing a settlement between Barclays and regulators in America and Britain, that employees at the bank and at several other unnamed banks tried to rig the number time and again over a period of at least five years. And worse is likely to emerge. Investigations by regulators in several countries, including Canada, America, Japan, the EU, Switzerland and Britain, are looking into allegations that LIBOR and similar rates were rigged by large numbers of banks. Corporations and lawyers, too, are examining whether they can sue Barclays or other banks for harm they have suffered. That could cost the banking industry tens of billions of dollars. “This is the banking industry's tobacco moment,” says the chief executive of a multinational bank, referring to the lawsuits and settlements that cost America's tobacco industry more than $200 billion in 1998. “It's that big,” he says.
As many as 20 big banks have been named in various investigations or lawsuits alleging that LIBOR was rigged. The scandal also corrodes further what little remains of public trust in banks and those who run them.
Like many of the City's ways, LIBOR is something of an anachronism, a throwback to a time when many bankers within the Square Mile knew one another and when trust was more important than contract. For LIBOR, a borrowing rate is set daily by a panel of banks for ten currencies and for 15 maturities. The most important of these, three-month dollar LIBOR, is supposed to indicate what a bank would pay to borrow dollars for three months from other banks at 11am on the day it is set. The dollar rate is fixed each day by taking estimates from a panel, currently comprising 18 banks, of what they think they would have to pay to borrow if they needed money. The top four and bottom four estimates are then discarded, and LIBOR is the average of those left. The submissions of all the participants are published, along with each day's LIBOR fix.
In theory, LIBOR is supposed to be a pretty honest number because it is assumed, for a start, that banks play by the rules and give truthful estimates. The market is also sufficiently small that most banks are presumed to know what the others are doing. In reality, the system is rotten. First, it is based on banks' estimates, rather than the actual prices at which banks have lent to or borrowed from one another. “There is no reporting of transactions, no one really knows what's going on in the market,” says a former senior trader closely involved in setting LIBOR at a large bank. “You have this vast overhang of financial instruments that hang their own fixes off a rate that doesn't actually exist.”
A second problem is that those involved in setting the rates have often had every incentive to lie, since their banks stood to profit or lose money depending on the level at which LIBOR was set each day. Worse still, transparency in the mechanism of setting rates may well have exacerbated the tendency to lie, rather than suppressed it. Banks that were weak would not have wanted to signal that fact widely in markets by submitting honest estimates of the high price they would have to pay to borrow, if they could borrow at all.
In the case of Barclays, two very different sorts of rate fiddling have emerged. The first sort, and the one that has raised the most ire, involved groups of derivatives traders at Barclays and several other unnamed banks trying to influence the final LIBOR fixing to increase profits (or reduce losses) on their derivative exposures. The sums involved might have been huge. Barclays was a leading trader of these sorts of derivatives, and even relatively small moves in the final value of LIBOR could have resulted in daily profits or losses worth millions of dollars. In 2007, for instance, the loss (or gain) that Barclays stood to make from normal moves in interest rates over any given day was £20m ($40m at the time). In settlements with the Financial Services Authority (FSA) in Britain and America's Department of Justice, Barclays accepted that its traders had manipulated rates on hundreds of occasions. (...).
Barclays has tried its best to present these incidents as the actions of a few rogue traders. Yet the brazenness with which employees on various Barclays trading floors colluded, both with one another and with traders from other banks, suggests that this sort of behaviour was, if not widespread, at least widely tolerated. Traders happily put in writing requests that were either illegal or, at the very least, morally questionable. In one instance a trader would regularly shout out to colleagues that he was trying to manipulate the rate to a particular level, to check whether they had any conflicting requests.
The FSA has identified price-rigging dating back to 2005, yet some current and former traders say that problems go back much further than that. “Fifteen years ago the word was that LIBOR was being rigged,” says one industry veteran closely involved in the LIBOR process. “It was one of those well kept secrets, but the regulator was asleep, the Bank of England didn't care and…[the banks participating were] happy with the reference prices.” Says another: “Going back to the late 1980s, when I was a trader, you saw some pretty odd fixings…With traders, if you don't actually nail it down, they'll steal it.”
Galling as the revelations are of traders trying to manipulate rates for personal gain, the actual harm done would probably have paled in comparison with the subsequent misconduct of the banks. Traders acting at one bank, or even with the clubby co-operation of counterparts at rival banks, would have been able to move the final LIBOR rate by only one or two hundredths of a percentage point (or one to two basis points). For the decade or so before the financial crisis in 2007, LIBOR traded in a relatively tight band with alternative market measures of funding costs. Moreover, this was a period in which banks and the global economy were awash with money, and borrowing costs for banks and companies were low.
“Clean in principle”
Yet a second sort of LIBOR-rigging has also emerged in the Barclays settlement. Barclays and, apparently, many other banks submitted dishonestly low estimates of bank borrowing costs over at least two years, including during the depths of the financial crisis. In terms of the scale of manipulation, this appears to have been far more egregious—at least in terms of the numbers. Almost all the banks in the LIBOR panels were submitting rates that may have been 30-40 basis points too low on average. That could create the biggest liabilities for the banks involved (although there is also a twist in this part of the story involving the regulators).
As the financial crisis began in the middle of 2007, credit markets for banks started to freeze up. Banks began to suffer losses on their holdings of toxic securities relating to American subprime mortgages. With unexploded bombs littering the banking system, banks were reluctant to lend to one another, leading to shortages of funding system-wide. This only intensified in late 2007 when Northern Rock, a British mortgage lender, experienced a bank run that started in the money markets. It soon had to be taken over by the state. In these febrile market conditions, with almost no interbank lending taking place, there were little real data to use as a basis when submitting LIBOR. Barclays maintains that it tried to post honest assessments in its LIBOR submissions, but found that it was constantly above the submissions of rival banks, including some that were unmistakably weaker.
At the time, questions were asked about the financial health of Barclays because its LIBOR submissions were higher. Back then, Barclays insiders said they were posting numbers that were honest while others were fiddling theirs, citing examples of banks that were trying to get funding in money markets at rates that were 30 basis points higher than those they were submitting for LIBOR.

This version of events has turned out to be only partly true. In its settlement with regulators, Barclays owned up to massaging down its own LIBOR submissions so that they were more or less in line with those of their rivals. It instructed its money-markets team to submit numbers that were high enough to be in the top four, and thus discarded from the calculation, but not so high as to draw attention to the bank (...). “I would sort of express us maybe as not clean, but clean in principle,” one Barclays manager apparently said in a call to the FSA at the time.
Confounding the issue is the question of whether Barclays had, or thought it had, the tacit support of both its regulator and the Bank of England (BoE). In notes taken by Mr Diamond, then the head of the investment-banking division of Barclays, of a call with Paul Tucker, then a senior official at the BoE, Mr Diamond recorded what was interpreted by some in the bank as a nudge and a wink from the central bank to fudge the numbers (...). The next day the Barclays submissions to LIBOR were lower. This could be a crucial part of the bank's defence.
The allegation by Barclays that some banks seemed to be fiddling their data would appear to be supported by the data themselves. Over the period of the financial crisis, the estimates of its borrowing costs submitted by Barclays were generally among the top four in the LIBOR panel (...). Those consistently among the lowest four were some of the soundest banks in the world, with rock solid balance-sheets, such as JPMorgan Chase and HSBC. However, among banks regularly submitting much lower borrowing costs than Barclays were banks that subsequently lost the confidence of markets and had to be bailed out. In Britain these included Royal Bank of Scotland (RBS) and HBOS.
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Regulators around the world have woken up, however belatedly, to the possibility that these vital markets may have been rigged by a large number of banks. The list of institutions that have said they are either co-operating with investigations or being questioned includes many of the world's biggest banks. Among those that have disclosed their involvement are Citigroup, Deutsche Bank, HSBC, JPMorgan Chase, RBS and UBS.
Court documents filed by Canada's Competition Bureau have also aired allegations by traders at one unnamed bank, which has applied for immunity, that it had tried to influence some LIBOR rates in co-operation with some employees of Citigroup, Deutsche Bank, HSBC, ICAP, JPMorgan Chase and RBS. It is not clear whether employees of these banks actually co-operated or, if they did, whether they succeeded in manipulating rates.
Continental Europe is focusing on cartel effects rather than digging into the internal culture of banks. Separate investigations, by the European Commission and the Swiss authorities, focus on the possible effects of inter-bank rate manipulation on end users. Last October European Commission officials raided the offices of banks and other companies involved in trading derivatives based on EURIBOR (the euro inter-bank offered rate). The Swiss competition commission launched an investigation in February, prompted by an “application for leniency” by UBS, into possible adverse effects on Swiss clients and companies of alleged manipulation of LIBOR and TIBOR (the Tokyo inter-bank offered rate) by the two Swiss and ten other international banks and “other financial intermediaries”.
The regulatory machinery will grind slowly. Investigators are unlikely to produce new evidence against other banks for a few months yet. Slower still will be the progress of civil claims. Actions representing a huge variety of plaintiffs have been launched. Among the claimants are investors in savings rates or bonds linked to LIBOR, those buying derivatives priced off it, and those who dealt directly with banks involved in setting LIBOR.
Deciding a figure for the potential liability facing banks is tough, partly because the cases will be testing new areas of the law such as whether, for instance, an Australian firm that took out an interest-rate swap with a local bank should be able to sue a British or American bank involved in setting LIBOR, even if the firm had no direct dealings with the bank. The extent of the banks' liability may well depend on whether regulators press them to pay compensation or, conversely, offer banks some protection because of worries that the sums involved may be so large as to need yet more bail-outs, according to one senior London lawyer.
A particular worry for banks is that they face an asymmetric risk because they stand in the middle of many transactions. For each of their clients who may have lost out if LIBOR was manipulated, another will probably have gained. Yet banks will be sued only by those who have lost, and will be unable to claim back the unjust gains made by some of their other customers. Lawyers acting for corporations or other banks say their clients are also considering whether they can walk away from contracts with banks such as long-term derivatives priced off LIBOR.
The revelations also raise difficult questions for regulators. Mr Tucker's involvement in the Barclays affair may harm his prospects of being appointed governor of the Bank of England, although he may well have a benign explanation for his comments (he is due to appear before parliament soon).
Another issue is the conflict central banks face, in times of systemic banking crises, between maintaining financial stability and allowing markets to operate transparently. Whether the BoE instructed Barclays to lower its submissions or not, regulators had a pretty clear motive for wanting lower LIBOR: British banks, in effect, were being shut out of the markets. The two hardest-hit banks, RBS and HBOS, were both far too big to fail, and higher LIBOR rates would have made the regulators' job of supporting them more difficult.
This highlights a deeper question: what is the right level of involvement in influencing or regulating market interest rates, in a crisis, by those responsible for financial stability? Central banks get a slew of sensitive information from banks which they rightly do not want to make public. Data on deposit outflows at banks could trigger unnecessary runs, for example. Yet LIBOR is a measure of market rates, not those picked by policymakers.
«Reform club
Two big changes are needed. The first is to base the rate on actual lending data where possible. Some markets are thinly traded, though, and so some hypothetical or expected rates may need to be used to create a complete set of benchmarks. So a second big change is needed. Because banks have an incentive to influence LIBOR, a new system needs to explicitly promote truth-telling and reduce the possibilities for co-ordination of quotes.
Ideas for how to do this are starting to appear. Rosa Abrantes-Metz of NYU's Stern School of Business was one of a group of academics who, in 2009, raised the alarm that something fishy was going on with LIBOR. One simple change, she proposes, would be significantly to raise the number of banks in the panel. The theoretical changes needed to repair LIBOR are not difficult, but there are practical challenges to reform. The thousands of contracts that use it as a point of reference may need to be changed. Moreover, the real obstacle to change is not a lack of good ideas, but a lack of will by the banks involved to overturn a system that has served most of them rather well. With lawsuits and prosecutions gathering pace, those involved in setting the key rate in finance need to get moving. Adding a calendar note to “Fix LIBOR” just won't do.»

«How to Use Statistics to Seek Out Criminals» (http://www.bloomberg.com/news/2013-02-26/how-to-use-statistics-to-seek-out-criminals.html)

«The discovery of banks’ efforts to manipulate the London interbank offered rate owes a lot to statistical techniques that provided the first indications of wrongdoing. If regulators want to uncover more misdeeds in the markets, they’ll have to use such tools much more actively than they currently do.
Academics and journalists have become adept at employing statistical screens to shed light on a wide range of questionable or illegal activities in the financial markets. Notable examples include collusion among Nasdaq stock dealers, the backdating of stock options and possible insider trading among corporate executives.
Libor is a case in point. In early 2008, the Wall Street Journal published a study showing that the borrowing-cost estimates banks submitted for the calculation of the benchmark interest rate were bunched much too close together and bore little relation to the banks’ riskiness as reflected in the market for default insurance. Together with co-authors Albert Metz, Michael Kraten and Gim Seow, I extended the analysis to show that nonrandom patterns in the banks’ reported borrowing costs started years earlier than the period examined by the Journal and also likely involved coordinated behavior among banks. The studies pointed to the widespread misbehavior that, four years later, is proving to be one of the biggest and most costly financial scandals in history.

Classic Screens

The Libor studies were classic screens, in that they tested for divergence from normal statistical behavior or from markets thought to be functioning properly. To understand how screens work, consider one popular statistical tool: Benford’s law. The law states that the digits in certain types of data from naturally occurring events follow a consistent pattern. The number 1 is by far the most frequent first digit, followed by 2, 3 and so on all the way to 9. The second significant digit is more evenly distributed, and so is the third digit. Such patterns have been observed in financial data such as stock prices, corporate revenue and interest rates. Libor submissions followed Benford’s law closely for about 20 years, but began to diverge sharply in the mid-2000s.
Statistical analysis, by itself, will not usually prove manipulation or other cheating. Rather, it can signal unusual patterns that may require closer investigation. Beyond flagging strange patterns, screens can potentially indicate which actors were involved and when the cheating began.
U.S. regulatory agencies such as the Securities and Exchange Commission, the Commodity Futures Trading Commission, the Department of Transportation and the Internal Revenue Service routinely use screens to help find a variety of illegal behavior, such as insider trading, tax evasion and accounting shenanigans.
The use of screens has been limited, though, in other areas, particularly in antitrust matters. More frequently than not, regulators rely on passive detection policies, in which they wait for complainants or whistle-blowers to come forward. This approach has a track record of success, and it is undoubtedly less resource-intensive than actively engaging in detection. Unfortunately, it probably misses a lot of fraud. Attempts at Libor-rigging, for example, might never have been uncovered without screens.
If regulators were more proactive in their use of screens, they could be more effective in both the detection and deterrence of fraudulent market behavior. The most successful frauds have the biggest effects on prices or quantities, and hence are the most visible to screens. These are precisely the cases in which whistle-blower programs tend to fail -- after all, a conspirator is less likely to come forward if the conspiracy is working effectively from his perspective. The knowledge that authorities were constantly screening for questionable activity would also have a powerful chilling effect on potential perpetrators.
Regulatory agencies can start by enhancing data collection and analysis, and training their staff to monitor those markets they see as most susceptible to illegal behavior.
There have always been those who are naturally skeptical that simple empirical analyses can be brought to bear in complex markets. Hopefully, the Libor scandal will settle the question of whether screens should be more vigorously applied and move the discussion to how that needs to happen.»

(Rosa M. Abrantes-Metz is an adjunct associate professor at New York University’s Stern School of Business and a principal in the antitrust, securities and financial regulation practices of Global Economics Group, a consulting firm based in New York. The opinions expressed are her own.)»

Jorge Nascimento Rodrigues no Expresso de 23-03-2013 faz-nos uma síntese desta triste realidade e apresenta-nos declarações da académica e consultora Portuguesa Rosa Abrantes Metz, que com o seu marido Albert Metz, director da Moody´s e outros colegas, Michael Kraten and Gim Seow, investigou as «anomalias» que se reflectiram no trabalho «LIBOR Manipulation?» (August 4, 2008 http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1201389): «"Os fundos de pensões vão ser provavelmente os que mais vão perder, em termos líquidos (...) Mas ainda se sabe pouco sobre o escândalo LIBOR (...) Quando a LIBOR é a referência para centenas de biliões de dólares, ninguém quer fazer uma mudança, que poderia ser feita atempadamente, e com uma transição pacífica. É espantoso como a LIBOR continua a ser muito usada, apesar de, na realidade, representar um mercado interbancário que praticamente já não existe! (...) O meu interesse foi, logo, o de aplicar os métodos estatísticos para averiguar o que se passava, pois a metodologia de formação da taxa LIBOR tinha um contexto com quatro ou cinco características muito susceptíveis de favorecer manipulação. . Quando olhámos para os dados , julgámos que tínhamos os dados errados. A LIBOR não se mexia! Ficámos espantados. Não podia ser! A análise demonstrou que a série de dados apresentava o mesmo valor em todos os dias durante tanto tempo! Esse é um sinal claro (...) um triunfo dos filtros (...). Estes métodos empíricos, obviamente, não podem indicar uma ilegalidade. Sinalizam padrões estranhos, funcionam como uma bandeira vermelha."»
Aqui podemos observar as manifestações da «LIBOR Manipulation?» (http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1201389), através de alguns gráficos apresentados no citado trabalho em que se verifica a suspensão da LIBOR a um nível constante entre Janeiro e Agosto de 2007 (em Setembro de 2008 o Lehman Brothers colapsa):










Outros interessantes trabalhos foram desenvolvidos por Rosa Abrantes-Metz no sentido de detectar as batotas destes jogos pseudo-liberais, que se desenvolvem intensamente desde os anos 80 do século XX e que prejudicam fortemente as Empresas não financeiras e as Famílias em todo o planeta Terra (http://papers.ssrn.com/sol3/cf_dev/AbsByAuth.cfm?per_id=339863), como por exemplo:

«Is the Market Being Fooled? An Error-Based Screen for Manipulation» 

Rosa M. Abrantes-Metz


Global Economics Group, LLC; New York University - Leonard N. Stern School of Business - Department of Economics

Sumanth Addanki


NERA Economic Consulting

August 2007


Abstract:     
In this paper, we develop a new screen to detect manipulation in commodities markets. If manipulation is occurring, not all of the relevant information is being filtered through the market, which means that the market is being "fooled" and its ability to forecast future prices is impaired. If futures prices are the market's estimates of future spot prices, manipulation can be expected, therefore, to result in larger first and second moments of the forecast error in those prices, controlling for other factors (not related to manipulation) that could affect risk premium. We apply our technique to the Hunt Brothers' silver manipulation episode of 1979-80. After controlling for market and macroeconomic fundamentals not affected by manipulation (but which could explain variations in risk premium), we find that the variance of the bias is significantly larger under manipulation, and the mean reverses sign consistent with backwardation. 


«A Short Note on Manipulation, Speculation and Crude Oil Prices»


Rosa M. Abrantes-Metz


Global Economics Group, LLC; New York University - Leonard N. Stern School of Business - Department of Economics

May 2, 2012


Abstract:     
«Measures have recently been proposed to restrict trading in crude oil and gasoline. This proposal is based on the presumption that market speculators are artificially raising the prices of these products; in other words, that the market is being manipulated. In this short note I will review the difficulty in defining, identifying and proving manipulation, how speculation differs from manipulation, and briefly discuss recent empirical evidence on the role of speculators and market restrictions into commodities prices.»


«The Lessons from Libor for Detection and Deterrence of Cartel Wrongdoing»


Rosa M. Abrantes-Metz


Global Economics Group, LLC; New York University - Leonard N. Stern School of Business - Department of Economics

D. Daniel Sokol


University of Florida - Levin College of Law; University of Minnesota School of Law

August 6, 2012

Harvard Business Law Review Online, Volume 3:10-16 (2012)
Minnesota Legal Studies Research Paper No. 13-01

Abstract:     
«In late June 2012, Barclays entered into a $453 million settlement with UK and U.S. regulators due to its manipulation of Libor between 2005 and 2009. Among the agencies that investigated Barclays is the Department of Justice Antitrust Division (as well as other antitrust authorities and regulatory agencies from around the world). Participation in a price fixing conduct, by its very nature, requires the involvement of more than one firm.

We are cautious to draw overly broad conclusions until more facts come out in the public domain. What we note at this time, based on public information, is that the Libor conspiracy and manipulation seems not to be the work of a rogue trader. Rather it seems to have been organized across firms and required the active knowledge of a number of individuals at relatively high levels of seniority among certain Libor setting banks. Collusion across firms is at the core of illegal antitrust behavior. The Supreme Court has deemed the pernicious effects of cartels so central to antitrust’s mission that it has stated that cartels are “the supreme evil of antitrust.”

The involvement of more than one bank in such a cartel is a significant corporate governance failure due to the coordination that such a cartel would have required among the various cartel members. That the Libor cartel seems to have occurred in such a highly regulated industry after a wave of corporate governance reforms post-Enron and a push to greater internal compliance in the early 2000s is perhaps even more surprising. Yet, the very nature of what may have occurred regarding Libor manipulation, in hindsight, seems rather obvious. The rate did not move for over a year until the day before the financial crisis of 2009 hit. Also, quotes by the member banks that were submitted under seal moved simultaneously to the same number from one day to the next during that time period. Had any member bank that set Libor or indeed any antitrust authority undertaken an econometric screen, they would have detected these anomalies, undertaken a more in-depth investigation and discovered the wrongdoing.

This essay explores the use of econometric screens as a tool to improve detection of potential price fixing cartel behavior as a method to police the firm from illegal behavior either by enforcement authorities or via firms themselves.»







sexta-feira, 22 de março de 2013

MOÇÃO DE CENSURA - CENSURA MOTUS - MOTION OF CENSURE
















«Vamos demorar 15 a 20 anos a regressar a padrões aceitáveis na nossa dívida pública (...)» Primeiro Ministro em visita à fábrica de chocolates da «Imperial» (Grupo RAR) - \14 de Setembro de 2012
«Portugal tem de diminuir os seus níveis de dívida durante mais de uma geração» Ministro das Finanças - 6 de Fevereiro de 2013
«O desemprego vai chegar aos 19% no final de 2013 e nos primeiros meses do próximo ano (...) Temos um crescimento previsto de -2,3%» Ministro das Finanças - 19-3-2013 (http://expresso.sapo.pt/gaspar-explica-se-no-parlamento=f794679).

Se a citação do Expresso estiver correcta, o quadrático Ministro das Finanças «cresce» a decrescer -2,3% de variação real do Produto Interno Bruto em 2013 (a anterior previsão era de uma forma inadmissível -1%). Se for verdade como é que é possível que um Ministro das Finanças utilize o termo crescimento em vez de variação negativa, o seu oposto?!!!! A sua política financeira é coerente com essa incoerência ...

«Temos de parar. O Governo falhou. O país está num labirinto sem esperança. O Governo falhou todos os objectivos. O país assim não vai lá. Vivemos numa situação de pré rotura social (...) o ministro das Finanças, na passada terça-feira, selou o falhanço do governo. Piorou as mais negativas perspectivas, oferecendo a uma geração inteira um futuro negro. Vivemos uma tragédia social. (...)

Esta moção de censura é um ponto de chegada e um ponto de partida. Ponto de chegada que marca o fim deste governo e um ponto de partida porque marca o arranque da alternativa para o país sair da crise.
Os resultados desastrosos que conhecemos são da exclusiva responsabilidade do governo. (...) É também um ponto de partida porque marca o arranque da alternativa para sair da crise e para sair do labirinto em que este país nos colocou: É necessário Redireccionar o memorando (...).

O resultado da moção de censura não depende de nós (...) está sim nas nossas mãos apresentar aos portugueses e às portuguesas uma saída para este impasse e para este bloqueio que o Governo nos condenou». António José Seguro 21-03-2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

PRIMAVERA - VER - SPRING

FLORA DEA
Escultura de autor não conhecido (1957)
Largo da Graça LISBOA
(foto de José Reis Machado)







A mui formosa Dea acordou

A Saudade com muita alegria Flora saudou

E o adormecido Inverno sem fim passou

A gentil Esperança de novo re-voltou

Sonho de mudança no futuro se realizou

No passado poema eterno se manifestou:

«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
»

Luís Vaz de Camões 

Ficheiro:Våren (1907) av Carl Larsson.jpg

«Våren» (1907) - Carl Larsson

VER  - Latina

Primavera  -  Italiano, Português, Galego, Castellano, Català

Primăvară  -  Română

Prima  -  Ocitan

Printemps  -  Français