sábado, 17 de agosto de 2013

NÃO PRIMEIRO MINISTRO VI - NON PRIMUS MINISTER VI - NO PRIME MINISTER VI

Impressionante o desfasamento entre os ouvintes visíveis e o discurso de Passos Coelho sem chama, sem garra, sem esperança, sem orientação, cheio do significante riscos: o Governo foi e é em si, o principal risco para Portugal. É uma calamidade pública não ter caído há muito tempo!

Passos Coelho em 16 de Agosto de 2013:
«Tivemos capacidade de manter o rumo que nos trouxe até aqui (...)
Se a economia europeia não recuperar com a força que nós desejaríamos há riscos que ainda enfrentamos do lado das nossas exportações. Convém ter isto presente para que ninguém tome por adquirido que a crise acabou. Mas há riscos internos também. O primeiro risco está do lado do próprio Governo. Não é um risco político, é um risco de execução orçamental. Nós continuamos a precisar de reduzir o nosso défice. Se a nossa execução orçamental não estiver à altura dos objectivos que fixámos, esse risco é demasiado elevado e fará que não seja irreversível o caminho que tomámos até hoje. O Governo portanto, tem todo ele de estar muito comprometido em garantir que este ano, e em 2014, e em 2015 os objectivos de redução estrutural da despesa são mesmo para cumprir, porque isso é essencial para o futuro do País e para recuperarmos do ponto de vista da economia e do emprego. (...) uma parte significativa da despesa está na saúde, na educação, na Segurança Social, na defesa e na segurança interna (...) Reduzir a nossa despesa significa fazer opções que não são fáceis. (...) Há um segundo risco. Muitas destas medidas que ainda precisamos de executar, não estão isentas de riscos constitucionais. (...) não estar em condições de o poder fazer por razões constitucionais, então tem que lançar outro tipo de políticas e nós estamos a prepara-las. Não eram a nossa primeira opção, não eram a nossa segunda opção, mas têm que ser prosseguidas. Ora se algumas destas medidas tiverem contingências constitucionais que se venham a materializar, não será fácil ultrapassar esta situação, não é o Governo, deixem-me dizer com toda a clareza, qualquer decisão constitucional não afectará simplesmente o Governo, afectará o País. Ora esses riscos existem, eu tenho que ser transparente, eu não posso garantir que não haja do ponto de vista constitucional, riscos que não se possam materializar. Se eles se materializarem, alguns dos resultados que conseguimos até hoje poderão estar em causa e poderemos andar para trás.
(...) Sabemos que temos de adequar as escolhas aos meios que temos. Temos de ser realistas. Mas não é um processo indolor. (...)
Temos a certeza que não há ninguém que não tenha o esclarecimento cabal das consequências que qualquer crise política (...).

Passos Coelho é um político incapaz de levar a bom porto o processo iniciado em 2011, não tem sensibilidade política, económica, social, cultural. Não tem a mínima percepção do que está em causa em termos de criação de Valor pelas Empresas, Famílias e qual poderá ser o contributo do Estado e da Sociedade Política!

João Ribeiro do Partido Socialista, critica o discurso:
«Apesar do mal feito, continua o mesmo caminho, pressiona o Tribunal Constitucional e envia recados para dentro do Conselho de Ministros.»

Voltámos ao Oásis de Braga de Macedo e de Cavaco Silva, com empolamento e leitura de estatísticas desfasadas da realidade: de uma variação real homóloga do PIB de -4,1% no 1.º trimestre de 2013 para -2% no 2.º trimestre, não existe crescimento, existe sim menor decrescimento, ainda por cima com todas as limitações das análises trimestrais! Qual foi o decrescimento real numa perspectiva semestral (1.º semestre de 2013 / 2012)? O INE não dá resposta (poderá ser cerca de -3%) ao contrário do que podemos calcular a partir das estatísticas da Alemanha do DESTATIS, como o realizámos aqui (ver GERMÂNIA IV) e que sem ajustamentos de calendário e de sazonalidade foi de -0,3%, a Alemanha decresceu no 1.º semestre de 2013! Tanta manipulação da opinião pública europeia, que viu a Itália, a Espanha, a Holanda e a Bélgica decrescerem em termos reais no 2.º trimestre de 2013 por comparação com o 1.º trimestre de 2013.

O Governo, os media, certos «opinion makers» desdobram-se em salientar sinais de "inversão", de "recuperação", de "crescimento", tal como dantes viam na gestão do betão e alcatrão, da Banca, dos monopólios, oligopólios e cartéis, "desenvolvimento", agora criticado, quando se tornou evidente o desvario: BPN, BPP, BCP, PPP, SWAPS, Construção, Saúde, ... são manifestações de tudo isso.

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