domingo, 4 de agosto de 2013

CONVERSAR COM O VENTO / TROVAS DOS VENTOS QUE FLUEM - LOQUI VENTUS / CANTINELAS VENTIS ADFLUENTIA - TALK TO THE WIND / BALLADS OF THE FLOWING WINDS

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TROVAS DOS VENTOS QUE FLUEM

Escutamos nos ventos que fluem informações
Muitas falsidades e confusões
Das superiores para as inferiores pressões
Fluem os ares com muitas desilusões


«Trova do vento que passa»
Trova do vento que passa
«Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(...)

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.»

Intérprete: Adriano Correia de Oliveira 
Letra: Manuel Alegre
Música: António Portugal

http://www.youtube.com/watch?v=McRqaiBmIT4



"I Talk to the Wind" (Robert Fripp, Michael Rex Giles, Greg Lake, Ian MacDonald, Peter John Sinfield) King Crimson http://www.youtube.com/watch?v=ud28IXk8__M
«Said the straight man to the late man Where have you been I've been here and I've been there And I've been in between. I talk to the wind My words are all carried away I talk to the wind The wind does not hear The wind cannot hear. I'm on the outside looking inside What do I see Much confusion Disillusion All around me. You don't possess me Don't impress me Just upset my mind Can't instruct me or conduct me Just use up my time I talk to the wind My words are all carried away I talk to the wind The wind does not hear The wind cannot hear.»
CURRICULUM VITAE
Tanta altivez
Para tamanha mesquinhez
Machete Passos Portas
CURRICULUM VITAE com partes nas hortas
Omitidos os sinais comprometedores
De quem causou, causa e causará tantas dores
Vis, muito vis, não são merecedores
De tantos e tão poucos delegados poderes
São agora autênticos usurpadores
Que muitas e muitos trovadores
Poderão denunciar e cantar
Para o tempo eleitoral os espantar
CACIQUE REGIONAL


O cacique regional
Rasgou o jornal
Porque dele dizia mal
Como é muito natural


Que ser tão autocrático e brutal
Que a verdade leva a mal
Defende as ilhas como seu bananal
Continuamente atraiçoa Portugal



MAIS VALIA


Eram todos do partido
O banco fazia para eles sentido
Por cada euro dois euros e meio
Que investimento tão feio


Mais valia que tivessem vergonha
Que devolvessem a peçonha
Mas não, está feito está feito
A nacionalização foi mesmo a preceito


Mas dormem tranquilos com a tributação?
Quem na verdade financiou foi o cidadão
Que suportou a falsa valorização
Ficam-se pelo legal, não têm moral nem perdão

INVESTIMENTO
Começou em quinhentos
Já vai em mil e duzentos
Sim, milhões de euros, de dores
Por um novo terminal de contentores

Passar da margem norte para a margem sul do Tejo
Para depois transportar para a margem norte?
Mas que sorte!
Mas qual é o sentido? Não o vejo ...

Não se vê o túnel da Trafaria
Nem qualquer tipo de boa via
Aproveitar águas mais profundas?
Cuidado Governo por onde te mais afundas

E contigo arrastas Portugal
Que governas muito mal
Não respeitas o interesse nacional
Só tens suporte legal, não tens legitimidade moral 

De novo Adriano Moreira, de novo ideias já anteriormente salientadas, agora no seu texto «As perguntas     inquietantes» publicado no Diário de Notícias de 6-8-2013 (http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3358979&page=-1):
«É natural que a 
instabilidade governativa se traduza num aumento das inquietações das 
sociedades civis que vão sofrendo os efeitos colaterais das decisões em 
que não participam, e que inscrevem na soma dos planos de futuros de 
vida de cada um, as mais graves incertezas e ainda dos seres que estão à
 sua responsabilidade mais direta, nas comunidades de afeto a que 
pertencem.
(...)
Não vai seguramente servir de luz ao fundo do túnel a teologia de mercado que tem prejudicado a observância dos princípios de solidariedade da União sobretudo quando, como tem acontecido no caso português, o orçamento parece preencher todo o conceito estratégico nacional, com os ministros a discutirem com funcionários do sistema o regular desempenho dos seus compromissos, em vez de fazerem ouvir as vozes dos atingidos pela fronteira da pobreza no Conselho Europeu, falando como iguais, e usando o poder da voz contra a voz dos que parecem afetados pela vocação do diretório, sem prestarem atenção à secundarização dos órgãos da governança instituída pelo debilitado Tratado de Lisboa.
Infelizmente o credo do mercado parece não reparar no efeito colateral que é o capitalismo de catástrofe, que implica a fadiga tributária, o desemprego, a quebra de produtividade, a pobreza violadora da dignidade humana, uma situação que alguns países, que não servem nem de exemplo nem sequer de lembrança, dominaram com total esquecimento do Estado de direito.
(...)o mercado necessita de limitações éticas, incluindo responsabilidades sociais, mas não parece que até agora o poder da voz consiga dominar a voz do poder, em grande parte sem domicílio e identidade conhecidos. A linha da pobreza está em processo de aprofundamento, a linha da ética não aparece reforçada. O futuro da Europa exige que as duas linhas se encontrem, e que o regresso à autenticidade, isto é, à coerência entre o anunciado e o feito, incluindo o reconhecimento dos erros cometidos, voltem a ser fatores de solidariedade entre as sociedades civis e as governanças nacionais e supranacionais legalmente definidas, evitando o progresso alarmante da quebra de confiança entre ambas (...)»


 



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