domingo, 3 de agosto de 2014

A ASCENSÃO E A QUEDA DA BANCA VI - ARGENTARIA ORTUM ET OCASUM VI - THE RISE AND THE FALL OF BANKS VI

http://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/14169436/550
«[O BES] não pode transformar-se num novo BPN. Isso tem de ficar muito claro porque é altura dos privados, em particular dos acionistas, assumirem as responsabilidades da sua decisão. Não se pode pedir aos contribuintes portugueses que assumam responsabilidades de más decisões ou alegadas irregularidades, segundo aquilo que tem vindo a público» António José Seguro

António Costa o que é que disse sobre o assunto? Nada!

Está-se a preparar uma nova nacionalização de imparidades e toxicidades financeiras ... se o Estado intervier sem qualquer decisão tomada pelas Pessoas, tal como no BPN, passa a ser a Nação Portuguesa a assumir os riscos e a estar sujeita a ser ainda mais tributada por conta da irresponsabilidade de outrém ...

A táctica parece ser:

- usar dinheiro que Portugal deve à Troika para tapar os buracos do BES, assumindo o Estado o risco de não ser reembolsado a prazo;
- Carlos Costa ao sugerir a existência de investidores interessados no BES sem compromissos, influenciou o mercado de valores mobiliários antes da divulgação de mais de 4000 milhões de imparidades e contingências e esse tipo de solução;
- isolar num «bad bank» a toxicidade, não a elimina e poderá transferir efectivamente para o Estado o buraco, em vez de o transferir para os accionistas actuais ou passados (afastá-los do BES poderá ter sido uma forma de os afastar da toxicidade);
- não servirá de nada incriminar os líderes do BES se não forem transferidos os milhares de milhões de euros da família Espírito Santo para o BES, para repor a situação perante os depositantes e perante os outros accionistas, que em última instância têm que assumir o risco que incorreram.

A aparente responsabilização por parte do Governo dos accionistas do BES poderá na verdade se transformar na responsabilização da Nação como no BPN, o que é intolerável! A diferença entre a nacionalização e a utilização da linha de crédito da Troika qual será, se o estado não for reembolsado?

O que parece ter despoletado a reacção tardia do Banco de Portugal foi a ambição dos líderes do BES em relação à SEMAPA, por oportunismo em relação aos conflitos na família Queiroz Pereira, e para quê? Para aproveitar os fluxos de caixa da PORTUCEL e ordenhar a «cash cow» e dar-lhe papel comercial como na PT, pode-se ler na revista do Expresso de 2 de Agosto de 2014.

Deram cabo da «cash cow» da PT, a Vivo, para sacar em dividendos a elevada mais valia da alienação e sobrou a participação da OI, que está muito desvalorizada, perderam-se milhares de milhões ...

Mas os sinais de fogo com fumo estavam em muitos lados, o papel comercial no Grupo GES foi emitido para muitos lados:
além da PT (900 M€), Petróleos deVenezuela (PDVSA 800 M€), Tranquilidade (150 M€) ...

Com que garantias? Do BES, da Tranquilidade ... que vai acumular muita imparidade
  

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