quinta-feira, 3 de abril de 2014

VENEZUELA XI - VENETIOLA XI - VENEZUELA XI

Wake up Government of Brazil about tyranny in Venezuela!
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A deputada da Venezuela Maria Corina Machado na Comissão de Relações Exteriores do Senado do Brasil
(Foto: Filipe Matoso/G1)


«(...) Maria Corina Machado afirmou nesta quarta-feira (2) em Brasília que a Venezuela vive um “regime sem escrúpulos”. Ela participou de audiência nesta tarde na Comissão de Relações Exteriores do Senado e fez críticas ao presidente do país, Nicolás Maduro.
A Venezuela vive uma crise política entre governo e oposição desde o início de fevereiro. Ao mesmo tempo em que milhares foram às ruas para criticar o governo – em um contexto de inflação, insegurança, escassez de produtos básicos e alta criminalidade –, outros milhares se manifestaram em favor de Maduro e contra os oposicionistas.
Maria Corina teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela nesta terça (1º). Ela é uma das líderes oposicionistas ao governo de Maduro.

A perda do mandato, segundo justificou o TSJ , ocorreu porque Corina aceitou ocupar a representação alternativa do Panamá em uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Para o tribunal, o gesto significou “clara contradição com seus deveres como venezuelana”.Corina argumentou que aceitou a proposta com o objetivo de expor a crise que vive o país.
  "Estamos vivendo na Venezuela um regime sem escrúpulos. (...) A Venezuela vive uma crise sem precedentes, uma crise em sua economia, uma crise geral. (...) O que estou fazendo aqui é uma luta pela soberania nacional", disse na audiência no Senado.
Segundo ela, até então, “a OEA só havia ouvido a voz do regime”. “Por ter falado no conselho permanente durante uns minutos a dor que vivem as mães, os estudantes e os trabalhadores venezuelanos, o governo decidiu me julgar como traidora da pátria”, afirmou.

“Na Venezuela, tivemos que sair às ruas para lutar pela liberdade, foi o que correu no nosso país. Os jovens e estudantes saíram às ruas e apelaram à consciência dos venezuelanos, apelaram aos valores que definem uma sociedade. Queriam reivindicar dias melhores para os venezuelanos”, afirmou Corina.
  Durante a audiência, manifestantes a interromperam e a chamaram de “golpista”. Houve gritaria e as pessoas foram retiradas pela segurança do Senado. Após a saída dos manifestantes, Corina voltou a falar aos senadores. “É essa a violência que sofremos na Venezuela”, disse.
“Entre um regime repressor como o da Venezuela e um povo que quer liberdade, peço aos brasileiros que apoiem o povo venezuelano”, completou.
A jornalistas, após a sessão com os senadores, a deputada cassada afirmou sofrer pressão "psicológica" na Venezuela. "Dentro do parlamento, nas ruas, participando das atividades com os cidadãos de forma pacífica. (...) Evidentemente que minha cassação foi uma confabulação dos poderes públicos para me aniquilar, para me calar, para me tirar. Uma decisão inconstitucional, sumária do tribunal, algo inconcebível", completou.

Encontro com Dilma
Questionada sobre se esperava um posicionamento do Brasil em relação à crise na Venezuela, a deputada respondeu que é um tema "sensível" e que se tivesse um encontro com a presidente Dilma Rousseff, seria um encontro de "política para política".
"É um tema particularmente sensível porque ela é mulher, é mãe, já foi vítima da tortura e da perseguição no regime militar. Por isso, eu, se tiver a oportunidade de me dirigir a ela, falarei de política para política, de mãe para mãe, de perseguida para perseguida, não em meu nome, mas em nome de milhões de venezuelanas que têm os direitos desrespeitados na Venezuela", disse.» Filipe Matoso - G1, em Brasília (http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/ex-deputada-venezuelana-diz-que-seu-pais-vive-regime-sem-escrupulos.html)

«"Nem o senhor (Nicolás) Maduro nem o senhor (Diosdado) Cabello ( presidente da Assembleia Nacional) têm autoridade para destituir um deputado. Isso é uma aberração", disse Maria Corina ao chegar ao Aeroporto de Brasília. "É um ato que só ocorre em ditaduras. Sou deputada, vim aqui ao Brasil como deputada e seguirei sendo deputada nas ruas da Venezuela."
(...)
"O regime do senhor Maduro nessas últimas semanas passou uma linha vermelha. No passado se tratou de enterrar as violações da democracia e dos direitos humanos, mas, graças ao movimento dos estudantes, se tirou essa fachada e o mundo pode ver o que acontece com os testemunhos nas redes sociais e os meios de comunicação internacionais", afirmou . "Na Venezuela, não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. A indiferença seria a cumplicidade."
Na semana passada, Maria Corina encontrou com o presidente a Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), em Lima, no Peru, e foi convidada a falar ao Parlamento brasileiro. "Eu fiquei muito chocado com o que ouvi", explicou o senador. A deputada estará às 14h no Senado e amanhã irá para São Paulo, onde conversará com um grupo de venezuelanos.
"Esse é uma oportunidade que me deu o senador Ferraço para que a voz de toda a Venezuela seja ouvida e a verdade sobre o que acontece no nosso país possa ser conhecida de primeira fonte, porque nós estamos vivendo e sofrendo", disse. "Os valores como a democracia, a institucionalidade, que são tão arraigados no Brasil estão profundamente enterrados na Venezuela. Por isso precisamos tanto de vocês, das suas vozes no parlamento, por isso estou tão agradecida."

Maria Corina foi recebida por Ferraço e  dois venezuelanos. Luis Flores, morador de Brasília, e Heitor Aguilera. O último, economista que mora em São Paulo, tirou um dia de folga para vir a Brasília receber a parlamentar e entregou a ela um buquê de rosas brancas. "Na Venezuela não tem democracia e nem se pode chamar de ditadura. É simplesmente um país falido, é pior que uma ditadura", afirmou. "A deputada representa a Venezuela do futuro, da paz, do diálogo. Como cidadão, não posso deixar de demonstrar meu apoio."» Lisandra Paraguassu - Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,no-brasil-maria-corina-critica-maduro-e-pede-fim-de-indiferenca-de-dilma,1148250,0.htm)

«A visita de Maria Corina é crucial porque alguns membros que integram o governo de Dilma Rousseff, caso do senador Ricardo Ferraço do PMDB, que preside a Comissão de Política Externa, e também membros da oposição, como Fernando Henrique Cardoso, que assinou uma declaração de apoio com vários ex-mandatários latino-americanos, poderiam encorajar o chanceler Luiz Alberto Figueiredo assumir a tarefa de fomentar a confiança mútua graças ao papel de mediador que lhe foi atribuído pela Unasul com vistas a uma solução democrática. Em diversos parlamentos da América Latina, da Europa e de outras regiões, foram aprovadas resoluções em que foi expressada a preocupação com a crescente militarização, repressão e autoritarismo, além do descumprimento de compromissos econômicos.
É uma oportunidade para a deputada que se tornou a voz da oposição repudiar as medidas arbitrárias e inconstitucionais adotadas contra seu mandato parlamentar, denunciar a detenção injustificada de Leopoldo López e de prefeitos presos e condenar a repressão e as torturas desmedidas como resposta à explosão social pacífica dos indignados que têm se manifestado em massa desde 12 de fevereiro. A imprensa brasileira tem abordado a situação no país e as posições da corajosa parlamentar, cujas declarações provocaram represálias que deixam à mostra o perfil do governo de Maduro e que poderão ser ouvidas pelos diferentes setores brasileiros.» Milos Alcalay, ex-embaixador da Venezuela no Brasil - tradução de Terezinha Martino - Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,artigo-uma-voz-venezuelana-dissidente-no-brasil,1147993,0.htm)

Denise Chrispim Marin entrevista María Corina Machado 02 de abril de 2014 | 12h 09 - Estadão:
Depois da cassação de seu mandato ser respaldada pela Justiça, militares impediram ontem uma marcha que a senhora lideraria até a Assembleia Legislativa. Como resume o que acontece na Venezuela?
Com esses atos, o governo de Nicolás Maduro fez uma confissão de sua vocação ditatorial. O governo tomou a decisão de destituir um deputado eleito e, para tanto, valeu-se da ação do presidente da Assembleia Legislativa (Diosdado Cabello) e do aval apressado e sem respaldo constitucional do Tribunal Supremo de Justiça, que tentou pincelar um verniz de legalidade no que havia sido feito. Essa foi uma iniciativa absolutamente ditatorial, seguida por outras medidas inconstitucionais, como impedir o meu acesso ao Legislativo e reprimir cidadãos no exercício do direito de se manifestar publicamente. Tudo isso demonstra a enorme fragilidade e debilidade desse regime.
O que a senhora espera dos políticos de oposição e dos aliados da presidente Dilma Rousseff dentro de fora do Congresso brasileiro?
Nós todos da oposição esperamos muito do povo brasileiro, que desenvolveu um espírito altamente democrático e que tem ciência do seu passado e do futuro em comum com os venezuelanos. Na verdade, tínhamos muitas expectativas do atual e do último governos do Brasil, que se frustraram. O Brasil espera ser um líder regional e, para isso, terá de demonstrar na prática coerência na defesa de princípios inalienáveis, como o respeito aos direitos humanos, que tem sido violado sistematicamente pelo governo da Venezuela.
Como confirmar que esses abusos partiram do governo?
Desde janeiro passado, Maduro cruzou uma linha vermelha. Seu governo passou a se valer das forças de segurança e de grupos paramilitares armados para torturar, prender e assassinar venezuelanos. A responsabilidade pelo engajamento desses grupos paramilitares é exclusivamente dele e de seu governo. Vou apresentar os dados e fatos aos senadores brasileiros. Esses fatos não podem ser ignorados por nenhum governo democrático da América do Sul. A indiferença, nesse caso, significa cumplicidade.
Prefeitos e líderes opositores foram presos, a senhora foi cassada, as barricadas estudantis foram derrubadas e, ontem, os seus aliados não puderam seguir em marcha até a Assembleia. Quais os próximos passos da oposição na Venezuela?

Temos de nos manter unidos e firmes nos protestos cidadãos. Temos de continuar a pressionar o governo de Maduro em favor de profundas reformas políticas. Ao mesmo tempo, vamos dar continuidade a um movimento de sensibilização internacional, para que os países hoje solidários e cúmplices desse regime reconheçam que o governo de Maduro ultrapassou a linha do que é aceitável e que não merece mais nenhum respaldo.» (http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,indiferenca-e-cumplicidade-diz-maria-corina-sobre-brasil-e-venezuela,1148236,0.htm)
https://pbs.twimg.com/media/BkORB2wCAAA_rGH.jpg
María Corina Machado e o Senador brasileiro Ricardo Ferraço (https://twitter.com/RicardoFerraco)

Há 50 anos o Brasil foi aprisionado
Há 40 anos Portugal foi libertado
Es tiempo de Venezuela ser liberada
E da Democracia Latina ser aprofundada

«Se demostró que con la pretensión de la Asamblea Nacional de callarme, potenciaron nuestra voz y nuestro mensaje».

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