domingo, 8 de dezembro de 2013

SOCIEDADE POLÍTICA - POLITICIS SOCIETATIS - POLITICAL SOCIETY

Sem pudor, escandalosa a protecção
Do rendimentos e da pensão
De um soberano orgão
Seja ele qual fôr, não há razão

Que injustiças revoltantes
Colocar sobre os representados cargas pesadas
E sobre os representantes
Suavidades em causa própria, negociadas

Há que acabar com representados maltratados
E representantes extremamente beneficiados

É fundamental
Para Portugal
A Sociedade Política transformar
E o Estado reformar

Para a Democracia aprofundar
E os Direitos/Deveres sustentar
Para o imenso potencial realizar
Para a nobre Nação valorizar


Volto a colocar aqui as mesmas imagens que me revoltam e que manifestam a diferença entre a legalidade, a (in)justiça e a moralidade, entre os representados maltratados e os representantes beneficiados:
http://www.tvi24.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/14019085/550
http://img0.rtp.pt/icm/thumb/phpThumb.php?src=/noticias/images/de/de49be3c3fe7f6b568d7eae5345b3570&w=620&sx=0&sy=0&sw=416&sh=228&q=75&w=380
E agora a manifestação escandalosa da moralidade podre da Sociedade Política:

Expresso, 7 de Dezembro de 2013 (edição em papel):
Os jornalistas Filipe Santos Costa com Marta Caires publicam um trabalho intitulado «Governo salvou acumulação de rendimentos de Jardim»

«Uma proposta de alteração ao Orçamento, subscrita pelo PSD e o CDS, mas redigida no Governo e coordenada pelo ministro da Presidência, (...) permite que Alberto João Jardim e outros quatro políticos madeirenses continuem a acumular salário e pensão de reforma. É caso único, graças ao Estatuto Político Administrativo (EPA) da Madeira, que recusa aplicar na região a lei de 2005 que proíbe a acumulação de salário e pensão, obrigando o visado a optar ((...) Cavaco Silva e Assunção Esteves escolheram receber a pensão por ser mais alta).
Tudo devia mudar a 1 de Janeiro. A proposta original do OE alterava as regras aplicáveis aos pensionistas em funções políticas ou públicas. Havia duas grandes mudanças: por um lado, acabava a possibilidade de os visados escolherem o rendimento que mais lhes convém - recebe o salário e deixa de receber a pensão enquanto durar o exercício daquelas funções; por outro lado, o Governo incluía na lista dos cargos abrangidos por esta lei os membros dos governos e das assembleias legislativas das ilhas.
(...) não vai acontecer - o Governo apresentou uma proposta de alteração ao seu próprio OE, que foi assumida pelos grupos parlamentares da maioria, segundo a qual essas mudanças só entram em vigor para os próximos mandatos. Resultado: o Presidente da República e a presidente do Parlamento podem continuar a receber as suas pensões (...) Jardim pode continuar a acumular.
Contactado pelo Expresso, o gabinete de Marques Guedes explicou que a alteração foi feita para ficar em linha com o diploma de convergência das pensões, que tem uma norma semelhante. (...) fonte da maioria garantiu ao Expresso que o Governo se preocupou mais em não afrontar o Presidente da República do que em proteger o líder madeirense (...)»
http://expresso.sapo.pt/users/1939/193958/mla1-2cd1.jpg
Maria Luís Albuquerque ultrapassada por Pedro Passos Coelho?

Após a demissão do Ministro das Finanças Vítor Gaspar e da «irrevogável» demissão de Paulo Portas, o Governo ficou nas mãos do Presidente da República, que após a negociada alteração de poderes no executivo a favor de Paulo Portas e do CDS, surpreendeu a maioria com uma necessária negociação com o PS que poderia ter originado eleições antecipadas, posta em causa pela esquerda arcaica do PS e pelas suas forças que têm ambições de alternativa na ascensão ao poder representativo, que em Portugal está demasiado empolado.

O Presidente ganhou mais força para proteger os seus interesses, que sempre manifestou ligados às remunerações e pensões públicas que empolou quando era Primeiro Ministro, contribuindo para a actual situação insustentável, de um Estado protector de direitos sem mérito e sem sustentaçção no seu contributo para a Criação de Valor, para o apoio às Empresas e Famílias!

Deste modo se compreende toda esta imoralidade que nos indigna a toda(o)s a(o)s Portuguesa(e)s que amam a sua Nação, que está a ser muito desvalorizada por estes orgãos de soberania! O direito à indignação de uma forma civilizada e respeitadora dos outros é fundamental! É urgente reformar a Sociedade Política e o Estado antes das próximas eleições, mas o jogo está viciado, porque não existem instâncias de representação dos interesses da Nação que transcendam os partidos políticos, que monopolizam as possibilidades de transformação democrática, nos seus interesses mesquinhos.  

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