sábado, 29 de junho de 2013

COMPETIÇÃO - COMPETITION - COMPETITION


Maria Shaparova (Rússia), 3.ª posição na classificação do Women´s Tennis Association (WTA):
«Dou-lhe todo o mérito. Acho que ela jogou muito bem. Ela esteve sempre muito sólida no fundo do court. Acho que não fui suficientemente agressiva. Não estava pronta depois das respostas ou dos serviços. Ela joga de forma muito agressiva. Eu simplesmente não estava lá.
É frustrante. Este torneio é muito especial para mim, é duro perder, mas vou manter a cabeça alta e fixar novos objectivos.»

«Faz parte do jogo, das coisas que temos de gerir. Magoei-me um pouco na anca. Vi que estava mais escorregadio do que o costume, nos primeiros dias o ‘court’ está sempre mais escorregadio, mas nunca vi nada assim»

Michelle de Brito (Portugal), 131.ª posição: «É a melhor vitória da minha carreira. Estava a jogar muito bem, acreditei que conseguia e nos últimos pontos dei tudo o que tinha»

Sharapova diz que Michelle Brito tem "um grande jogo"
Maria Shaparova acerca da sua concorrente antes do jogo de Wimbledon: 
«Ela é alguém que tem vindo a aparecer e tem um grande jogo. Provavelmente bastante boa na relva.»

«Fair play» da excelente tenista Maria Shaparova, num jogo de soma nula, mas com com ambas as tenistas a ganharem experiência e incentivo para continuarem as suas carreiras. O ténis tem muitos jogos num jogo e força sempre a vitória e a derrota, numa desgastante procura de obtenção de vantagens. Faria mais sentido um jogo contínuo com um resultado por acumulação de pontos.

O jogo competitivo com concorrentes é um modelo das leis dialécticas que regem a Vida na Terra, cuja transcendência pelas estratégias de cooperação abrem caminho a dimensões mais elevadas. Mas a cooperação em liberdade pode eliminar a concorrência e permitir abusos de posição dominante sem concorrência, em que são exemplos flagrantes os actuais oligopólios e cartéis, derivados de monopólios públicos. Na ausência de liberdade podem-se erguer monstros estatistas sem concorrência, como foram os horríveis exemplos nazis e soviéticos.

Face à ascensão e queda desses sistemas fechados e à crise do intervencionismo estatal do após 2.ª grande guerra mundial, emergiu de novo o "liberalismo" nos anos 80 do século XX, após ter levado a relação social materialista Capital à grande crise do final dos anos 20 e princípios dos anos 30. Este "neoliberalismo" atirou de novo o "Capital" para uma nova crise que estamos a viver, após uma abundante disponibilidade de "Capital" para se transformar em matéria e especular, com base em inovações financeiras que amplificaram os efeitos. As forças que gerem a crise são as mesmas que a despoletaram.

A abordagem dialéctica de Marx acerca da negação do monopólio feudal pela concorrência e de negação da concorrência pelo monopólio capitalista, como resultante da dinâmica histórica (síntese) era a seguinte:

Karl Marx «Misère de la philosophie». Paris (1847):
«Thesis: Feudal monopoly, before competition.
Antithesis: Competition.
Synthesis: Modern monopoly, which is the negation of feudal monopoly, in so far as it implies the system of competition, and the negation of competition in so far as it is monopoly.»

Na sua rivalidade os concorrentes entre ajudam-se indirectamente, a concorrência em liberdade tende a objectivar historicamente a subjectividade do agente histórico que influencia e é influenciado, numa grande divisão social do trabalho que torna todos dependentes de todos, com diferentes graus de liberdade. A «livre concorrência» com igualdade de poder de influência nunca existiu, e tende para a sua negação, a existência de posições dominantes que abusam das mesmas. Se as autoridades da concorrência fossem verdadeiramente eficazes não teríamos a situação que temos nos combustíveis, mesmo com cartel de produtores.

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