quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CAPITAL IV - CAPITALE IV - CAPITAL IV

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Representação de Sapho em Pompeia

«C'è chi dice sia un esercito di cavalieri, c'è chi dice sia un esercito di fanti,
c'è chi dice sia una flotta di navi sulla nera terra
la cosa più bella, io invece dico
che è ciò che si ama»
Sapho


O Capital, a relação social que historicamente vivemos, foi e vai criando potencialidades e tendências, espaços objectivos para a realização da liberdade real a partir da liberdade formal em que se baseou e que fundamentou, tanto na dimensão do tempo de trabalho socialmente necessário cada vez menos pesado e mais realizante, como no tempo de lazer individual, familiar e social que se pode configurar ele próprio em «trabalho» realizante ou actividade realizante, nomeadamente ao nível do aprofundamento da Democracia, da relação entre a Sociedade Civil e a Política. Sociedades baseadas na Cultura podem vir a ser resultantes dialécticas de teses e antíteses capitalistas, num novo sistema social que as mulheres e os homens estão a criar e vão realizar na sua maturidade histórica.
O Capital dependente da transformação de cada vez mais matéria com cada vez mais energia tende a se transformar no Cultural cada vez com mais Espírito e cada vez com menos energia. Mas entretanto são muitos séculos de angústia e de «financiamento» de forças negadoras da Vida, da Liberdade, da Amizade e do Amor ... mas em que os deveres seres se aproximam progressivamente dos Seres.

«(...) reino genuíno da liberdade só pode florescer
tendo por base o reino da necessidade. Além dele começa o
desenvolvimento das forças humanas com um fim em si mesmo, o
reino genuíno da liberdade, o qual só pode florescer tendo por base o
reino da necessidade. É a condição fundamental desse desenvolvimento humano é a redução da jornada de trabalho» Karl Marx
«Uma sociabilidade tecida por indivíduos (homens e mulheres) sociais
e livremente associados , na qual a ética, arte, filosofia, tempo
verdadeiramente livre e ócio, em conformidade com as aspirações
mais autênticas, suscitadas no interior da vida cotidiana, possibilitem
as condições para a efetivação da identidade e gênero humano, na
multilateralidade de suas dimensões. [...] Se o trabalho torna-se dotado
de sentido, será também (e decisivamente) por meio da arte, da poesia,
da pintura, da literatura, da música, do tempo livre, do ócio, que o ser
social poderá humanizar-se e emancipar-se em seu sentido mais
profundo.» Ricardo Antunes
«O grande problema da produção capitalista não é mais encontrar
produtores e redobrar suas forças, mas descobrir consumidores,
excitar seus apetites e neles criar falsas necessidades (...) os nossos
produtos são adulterados a fim de facilitar seu escoamento e encurtar
sua existência. Nossa época será chamada de a idade da falsificação.» Paul Lafargue
(citações extraídas de «O Lazer e o Reino da Liberdade» http://www.anima.eefd.ufrj.br/licere/pdf/licereV12N04_ar3.pdf)

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