quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TROIKA IV - TRIGA IV - TRIGAE IV - TRIGA IV


A líder do FMI, Christine Lagarde (foto de Yuri Kochhetkov/EPA), respondeu à carta que lhe foi enviada pelo líder do PS, António José Seguro (simultaneamente dirigida aos líderes da Comissão Europeia e do BCE-ver mensagem anterior), nos seguintes termos:
«A política económica em Portugal precisa manter um difícil equilíbrio - fazendo progressos no necessário ajustamento fiscal, mas também evitando tensões indevidas na produção e no emprego (...) estes princípios são o guia de trabalho da equipa do FMI (...) avaliar as circunstâncias económicas e, muito importante, assegurar que o equilíbrio necessário está a ser mantido (...) a sustentabilidade das finanças públicas é essencial para evitar uma crise económica mais profunda que poderia criar ainda mais tensões na sociedade portuguesa».

Com as «tensões indevidas na produção e no emprego» claramente prognosticadas, concretizadas e a se realizarem em círculos viciosos de carga fiscal excessiva, diminuição de rendimentos das Empresas e das Famílias, insolvências e desemprego, diminuição das receitas fiscais e sem uma redução profunda e sustentada da despesa pública que não gera Valor, desde pelo menos, o início do «Programa de Ajustamento», como é que a Troika vai apoiar a conciliação entre a criação de Valor e a sua destruição, até agora muito mal realizada? Era necessário um Governo verdadeiramente forte e democrático, que soubesse negociar e apresentar uma estratégia, um diagnóstico, um prognóstico e uma terapêutica adequada aos problemas de Portugal e da Europa. Esse Governo não existe em Portugal, para nosso infortúnio. Se existisse, tinha conseguido convencer a Troika a serem percorridos caminhos alternativos e mais saudáveis. E um desses caminhos tinha sido há muito tempo, o corte na despesa pública que não cria Valor e não o corte cego da despesa que cria Valor, como o Governo se prepara para fazer só agora!

As Portuguesas e os Portugueses devem estar bem atentas e atentos ao que se vai passar nesta 7.ª avaliação trimestral do «Programa de Ajustamento»...

Algumas palavras de grande indignação em relação ao artigo de Vasco da Graça Moura («Escritor») no Diário de Notícias de 27-02-2013, «Da fauna totalitária»:

Aqui repetidamente, criticamos a visão e prática autocrática de Stalinistas, Leninistas, Trotskistas, Maoistas, Nacional Socialistas, Fascistas e todos os istas que estão ligados à Tirania, à Ignorância e ao Fanatismo e são anti Democráticos. 
Mas as Pessoas que se indignam contra este Governo, não são «fauna rasca» como o «Escritor» designa, nem a grande maioria da minoria de Portugueses que viabilizou democraticamente a actual composição do Parlamento e que foi mais uma vez foi atraiçoada e desiludida pelo grande contraste entre o que foi prometido antes da votação de 2011 e o que tem sido a praxis da Governação, após os graves erros do anterior Governo e das lideranças europeias, que atiraram a Europa para uma vulnerabilidade intolerável. 
Mesmo os mais horríveis tiranos são pessoas, são seres humanos, não são «fauna». Deveriam ter perdido a sua liberdade a tempo, para não porem em causa a Liberdade e a Vida das Pessoas, mas essa é outra questão. 
A Justiça Democrática é nobre, respeita o Ser Humano, mas obviamente, para o respeitar não pode tolerar tudo o que o põe em causa. E é isso que se tem passado relativamente a muitas situações, que com uma excessiva preocupação de defesa de direitos se colocam em causa outros direitos mais fundamentais: o sagrado respeito pela Pessoa Humana, pela sua Vida, pelo seu Bem Ser e Estar!
Mas não parece ser esse o caso em relação aos membros de Governo, vítimas de boicote aos seus discursos: a visão deste Governo é a de que tem «cheques em branco» e vai fazer o que lhe apetecer até que chegue o momento de novas eleições, mesmo que os cheques utilizados ponham em causa a confiança e o bem estar de quem lhes passou. Após o engano eleitoral apenas teria que respeitar a Troika, o cúmplice Presidente da República, o Partido com maioria relativa (PSD) e o quanto baste ou que mesmo não baste relativamente ao Partido que viabiliza a maioria parlamentar (CDS), tendo mesmo requintes de arrogância e de profunda falta de respeito pelo mesmo e pelas suas ideias diferenciadas. Ah! Esqueci-me, alguma preocupação em integrar a UGT-TSD no processo de cobertura aos muitos erros cometidos e profunda ignorância arrogante demonstrada.
A Democracia Representativa não é isso, mesmo com dimensões pouco participativas. O Governo perdeu a sua base de sustentação Moral, tem apenas a legal. Preocupado com o Estado de Direito? Curioso que não refira o Estado de Direito Democrático. O Estado de Direito Democrático está a funcionar mal, mas não por causa de qualquer «fauna rasca» que o «Escritor» refere, mas sim por causa de elites e pessoas imorais que permitiram e usufruíram do desperdício de despesas públicas, com a total cumplicidade de todos os partidos, desde os Stalinistas até aos «populares democráticos» (não são sociais democratas). Os exemplos da SLN-BPN, dos excessos de betão e alcatrão, de concessões lesivas do interesse Nacional, o desperdício nos fármacos, nos poderes locais e regionais, no excesso de emprego público com remunerações e pensões acima do sustentável e razoável, et cetera, manifestam tudo isso.
Este Governo está a queimar todas as oportunidades de profunda reforma do Estado, tal como os Governos do actual Presidente da República e os seguintes do PS, desperdiçaram as grandes oportunidades que tiveram de contribuírem para o Desenvolvimento Sustentável de Portugal. Como o não fizeram temos agora Dívida Pública excessiva e crescente, agravada pelos erros dos Governos do actual século e só as Empresas, os empresários e trabalhadores (privados e a maioria dos públicos, de todas as actividades económicas) é que continuam a erguer bem alto o nome de Portugal, nomeadamente no Mundo!
  

Sem comentários:

Enviar um comentário

Muito obrigado pelo seu comentário! Tibi gratiās maximās agō enim commentarium! Thank you very much for your comment!