Fotografias de Sara Rodrigues (http://visao.sapo.pt/a-manifestacao-em-direto=f716069)
Fotografia de José Carlos Carvalho
Eis mais «fauna rasca» «escritor» Vasco da Graça Moura? ... Tenha vergonha do que escreveu no Diário Notícias e que aqui repudiámos. A grande maioria das Pessoas estão cansadas dos erros deste miserável e falso Governo e da arrogância, ignorância e sectarismo dos seus apoiantes, cada vez em menor número! A vinda do FMI era maravilhosa, o Governo anterior explicava todos os problemas, bastava cumprir a receita estúpida e acriticamente e esperar pelos brilhantes resultados. Entretanto não era necessário cortar a fundo na despesa pública que não cria Valor, era só necessário carregar sobre as Famílias e Empresas com impostos e não fazer nada de significativo no apoio às Empresas... que vergonha, as verdadeiras resultantes tão à vista, bem como a incompetência do FMI, do BCE e da CE!
Mas, tal como está a Constituição e a cultura política em Portugal, o próximo Governo pode padecer dos mesmos problemas de autismo e de não defesa dos interesses da Nação. Há que mudar e aprofundar a Democracia em Portugal, dotando-a de dimensões participativas, de escolha e de controlo por parte dos representados, pelo que propomos a título de exemplo:
- Escolha universal de candidatos a representantes («primárias») e possibilidade de votação em partidos-movimentos e ao mesmo tempo em pessoas, independentemente de estarem em listas de candidatura diferentes, ou seja, todos os deputados poderiam ser escolhidos por todos os eleitores;
- Todos os votos contavam para a eleição nacional dos representantes, independentemente dos mesmos estarem ligados a determinados distritos, para acabar com o azar de uma Pessoa que vive num determinado distrito ter sempre o seu voto inútil, porque o partido-movimento que escolhe não passar aí o limite mínimo para a eleição e no distrito vizinho já contaria;
- Possibilidade de debate entre os deputados representantes e os representados, de qualquer Pessoa ou Grupo de Pessoas poder colocar questões pertinentes e fazer propostas pertinentes na defesa do interesse da Nação;
- Deveria haver uma norma constitucional que obrigasse os Governos a cortar nas despesas sem Valor e não nas despesas com Valor (apoio à competitividade das empresas e ao bem ser e estar das Pessoas e da sua realização pessoal e social), que limitasse o recurso à tributação e clarificasse o conceito de justiça na sua distribuição (os rendimentos intermédios que viabilizam o Mercado Interno não podem ser sempre os mais sacrificados, as empresas não podem ser prejudicadas na criação de valor);
- o Programa Eleitoral teria que ser respeitado no Programa de Governo e fiscalizado na sua realização, com justificadas e legitimadas excepções face a novas realidades. Caso não o fosse, como é actualmente o caso, poderia ser convocado o referendo que viabilizaria ou não a continuidade do Governo, o que dava muito mais força aos representados e não permitiria o à vontade com que este Governo vai aprofundando os seus erros sem qualquer mudança de rumo significativa e sem escutar as propostas alternativas.
«Os portugueses que hoje saem à rua têm muitas razões para estar indignados e para protestarem e exigirem uma mudança de política. E é por isso que as responsabilidades do PS aumentam», afirmou o líder do PS
http://sicnoticias.sapo.pt/directosicn/2013/03/02/veja-a-manifestacao-em-direto
Manifestaram-se 500.000 Pessoas em Lisboa, segundo a organização da manifestação, muitos milhares de Pessoas em Portugal, com destaque do Porto, mas certamente muitas Pessoas em casa apoiaram uma espécie de moção de censura ao Governo.
Jamila Madeira do PS esteve presente na manifestação como Cidadã e quando foi entrevistada para a Sic Notícias foi confrontada com uma minoria de apoiantes da horrível «esquerda» totalitária não democrática, que não respeitou a sua Cidadania, a sua opinião, «esquerda» essa que ajudou o PSD e o CDS a formar este Governo, a tal que Vasco da Graça Moura apelidou incorrectamente de «fauna rasca». É intolerável a cultura dessa «esquerda», mas são pessoas, não são «fauna», tal como o «escritor» não o é. A resposta a essas pessoas é a afirmação da Democracia e do profundo respeito pelas diferentes opiniões, que essas forças não permitiriam se tivessem conseguido ter mais poder em Portugal.
Mas essa é uma minoria, a grande maioria democrática estava lá e votou no PS, no PSD e no CDS, os partidos democráticos!
A este propósito vejamos estas palavras de Teresa Caeiro:
«Que se lixe a troika ou que se lixe Portugal?» (http://www.ionline.pt/portugal/teresa-caeiro-se-lixe-troika-ou-se-lixe-portugal)
«Não vou e nunca iria a uma manifestação como a que se prepara para o
dia 2 de Março de 2013. Citando Paulo Portas, “ninguém são de juízo dirá
que tudo está bem”. É evidente que as coisas não estão bem: uma taxa de
desemprego acima dos 17% é uma calamidade; a deterioração das condições
económicas maior do que se previu; a consolidação orçamental está a ser
mais lenta do que se pretendia; a crise é mais profunda do que esperado
e a carga fiscal atingiu o limite do suportável pela classe média.
Precisamos de mais tempo para diminuir o défice, de um período mais
alargado para uma redução estrutural da despesa corrente e de maior
tolerância para cumprir o programa que nos devolverá a soberania plena.
Precisamos de aceleradores da economia sem entrar no despesismo que nos
obrigou ao pedido de resgate. Temos de ter a lucidez de compreender que o
Memorando de Entendimento deve ser ajustado às realidades com que nos
vamos confrontando. E há que ter noção de que não é possível exigir o
esforço tremendo pedido aos portugueses sem um mínimo de compreensão da
população.
Dito isto, os “lixem-se” não representam a população portuguesa e não encontro no slogan simplista “que se lixe a troika” e no entoar do “Grândola” em todas as esquinas qualquer vislumbre de pensamento ou de propostas alternativas. Aposto que a maioria dos que se reúnem hoje não lutaram pela liberdade e pela democracia: receberam-na de bandeja e beneficiam - felizmente - dessas conquistas. Tomam-na como garantida, para sempre. Mas esquecem que a liberdade implica responsabilidade, nomeadamente o dever de contribuir de forma construtiva para que ela se perdure. E a democracia exerce-se nos actos eleitorais, de quatro em quatro anos. Seria interessante saber quantos dos que se “indignam” e mandam a troika lixar-se, exerceram este direito/dever nas últimas eleições.
A contestação faz parte da democracia, e ainda bem. Mas contestar por contestar não contribui para a solução dos problemas, nem dignifica a liberdade. As grandes concentrações de 15 de Setembro, transversais a toda a sociedade e faixas etárias, tinham uma mensagem precisa e concreta: não aceitamos uma redução dos nossos vencimentos para uma medida sem retorno perceptível. E tinham razão.
Já os que querem que “a troika se lixe” não apresentam uma única ideia. A não ser, claro… que se lixe tudo. E da pouca substância que se retira das forças políticas que os apoiam não há uma medida que não levasse o país à ruína, a uma desvalorização de mais de 80% do nosso PIB (leia-se das posses de cada um de nós) e a tornarmo-nos uns párias internacionais durante gerações e gerações.
Deixo umas perguntas, às senhoras e senhores que hoje estão num afã a pintar cartazes e a afinar as vozes: a um ano e meio do fim do programa de resgate é altura de romper tudo ou tentar cumprir a nossa parte para recuperar a nossa soberania? E preferem, hoje, estar em Portugal ou na Grécia? E preferem que se lixe a troika ou que se lixe Portugal?»
Dito isto, os “lixem-se” não representam a população portuguesa e não encontro no slogan simplista “que se lixe a troika” e no entoar do “Grândola” em todas as esquinas qualquer vislumbre de pensamento ou de propostas alternativas. Aposto que a maioria dos que se reúnem hoje não lutaram pela liberdade e pela democracia: receberam-na de bandeja e beneficiam - felizmente - dessas conquistas. Tomam-na como garantida, para sempre. Mas esquecem que a liberdade implica responsabilidade, nomeadamente o dever de contribuir de forma construtiva para que ela se perdure. E a democracia exerce-se nos actos eleitorais, de quatro em quatro anos. Seria interessante saber quantos dos que se “indignam” e mandam a troika lixar-se, exerceram este direito/dever nas últimas eleições.
A contestação faz parte da democracia, e ainda bem. Mas contestar por contestar não contribui para a solução dos problemas, nem dignifica a liberdade. As grandes concentrações de 15 de Setembro, transversais a toda a sociedade e faixas etárias, tinham uma mensagem precisa e concreta: não aceitamos uma redução dos nossos vencimentos para uma medida sem retorno perceptível. E tinham razão.
Já os que querem que “a troika se lixe” não apresentam uma única ideia. A não ser, claro… que se lixe tudo. E da pouca substância que se retira das forças políticas que os apoiam não há uma medida que não levasse o país à ruína, a uma desvalorização de mais de 80% do nosso PIB (leia-se das posses de cada um de nós) e a tornarmo-nos uns párias internacionais durante gerações e gerações.
Deixo umas perguntas, às senhoras e senhores que hoje estão num afã a pintar cartazes e a afinar as vozes: a um ano e meio do fim do programa de resgate é altura de romper tudo ou tentar cumprir a nossa parte para recuperar a nossa soberania? E preferem, hoje, estar em Portugal ou na Grécia? E preferem que se lixe a troika ou que se lixe Portugal?»
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