terça-feira, 6 de novembro de 2012

GÁLIA - GALLIA - GAUL

Representada por um desenho de Albert Uderzo da banda desenhada «Astérix le Gallois», escrito por René Goscinny a partir de 1959.

A Gália era constituída por uma pluralidade de tribos Celtas, que na sua máxima expansão (270 b.C.), além da Gália ocuparam grande parte da Hispânia, da Britânia, do Norte de Itália, da Panonia, da Dácia, da Galátia (Gauleses da Anatólia). Actualmente a influência Celta manifesta-se na Bretanha, na Cornualha, no País de Gales, na Escócia e na Irlanda.

«Celtes dans l´Europe» de QuartierLatin1968 (Wikipedia), licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)




























  •     «Berceau du Hallstatt, au VI siécle av. J.-C.»
  •      «Expansion celtique à son apogée, en -275»
  •      «Région de Lusitanie qui aurait été habitée par des Celtes»
  •      «Les "six pays celtiques" où une large population de langues celtiques subsista durant les temps modernes»
  •      «Régions où on parle encore des langues celtiques aujourd'hui»



  • Feitscherg (Wikipedia) «Map of the parts of Gallia (about 58 BC)»

    Júlio César (Gaius Iulius Caesar) inicia os seus «Commentarii de bello Gallico» (58 a.C.-52 a.C.) assim:
    «Gallia est omnis divisa in partes tres, quarum unam incolunt Belgae, aliam Aquitani, tertiam qui ipsorum lingua Celtae, nostra Galli appellantur. Hi omnes lingua, institutis, legibus inter se differunt. Gallos ab Aquitanis Garumna flumen, a Belgis Matrona et Sequana dividit. Horum omnium fortissimi sunt Belgae, propterea quod a cultu atque humanitate provinciae longissime absunt, minimeque ad eos mercatores saepe commeant atque ea quae ad effeminandos animos pertinent important, proximique sunt Germanis, qui trans Rhenum incolunt, quibuscum continenter bellum gerunt. Qua de causa Helvetii quoque reliquos Gallos virtute praecedunt, quod fere cotidianis proeliis cum Germanis contendunt, cum aut suis finibus eos prohibent aut ipsi in eorum finibus bellum gerunt. Eorum una pars, quam Gallos obtinere dictum est, initium capit a flumine Rhodano, continetur Garumna flumine, Oceano, finibus Belgarum, attingit etiam ab Sequanis et Helvetiis flumen Rhenum, vergit ad septentriones. Belgae ab extremis Galliae finibus oriuntur, pertinent ad inferiorem partem fluminis Rheni, spectant in septentrionem et orientem solem. Aquitania a Garumna flumine ad Pyrenaeos montes et eam partem Oceani quae est ad Hispaniam pertinet; spectat inter occasum solis et septentriones.»
    Na tradução para o Françês:
    «Toute la Gaule est divisée en trois parties, dont l'une est habitée par les Belges, l'autre par les Aquitains, la troisième par ceux qui, dans leur langue, se nomment Celtes, et dans la nôtre, Gaulois. Ces nations diffèrent entre elles par le langage, les institutions et les lois. Les Gaulois sont séparés des Aquitains par la Garonne, des Belges par la Marne et la Seine. Les Belges sont les plus braves de tous ces peuples, parce qu'ils restent tout à fait étrangers à la politesse et à la civilisation de la province romaine, et que les marchands, allant rarement chez eux, ne leur portent point ce qui contribue à énerver le courage : d'ailleurs, voisins des Germains qui habitent au-delà du Rhin, ils sont continuellement en guerre avec eux. Par la même raison, les Helvètes surpassent aussi en valeur les autres Gaulois ; car ils engagent contre les Germains des luttes presque journalières, soit qu'ils les repoussent de leur propre territoire, soit qu'ils envahissent celui de leurs ennemis. Le pays habité, comme nous l'avons dit, par les Gaulois, commence au Rhône, et est borné par la Garonne, l'Océan et les frontières des Belges ; du côté des Séquanes et des Helvètes, il va jusqu'au Rhin ; il est situé au nord. Celui des Belges commence à l'extrême frontière de la Gaule, et est borné par la partie inférieure du Rhin ; il regarde le nord et l'orient. L'Aquitaine s'étend de la Garonne aux Pyrénées, et à cette partie de l'Océan qui baigne les côtes d'Espagne ; elle est entre le couchant et le nord.»

    Em 51 antes de Cristo está finalizada a Guerra da Gália, com a vitória dos Romanos liderados por Júlio César, após a decisiva vitória em Alésia em 52 a.C. A cultura Celta vai-se ligar à cultura Latina, tornando-se  predominante até à queda do último reduto Romano na Gália em 486 depois de Cristo para os Francos (Franci). 

    Panairjdde (Wikipedia) com a licença de utilização (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5/deed.en).

    «Carte des Francs entre 400 et 440» Odejea (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)

    E vão ser os Germânicos Francos que vão criar progressivamente, um vasto império no Centro da Europa e ocupar quase todo o território da Gália, com excepção da Armorica Bretã, Celta, onde se situava a célebre aldeia de Asterix e de Obelix, criada por Goscinny e Uderzo.


    Sémhur (Wikipedia) «Carte de l'expansion de l'empire Franc, entre 481 et 814», com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en)

    Em 870 o Império está dividido em três dimensões:
    «L'empire carolingien au traité de Meerssen (870)» Trasamundo (Wikipedia)

    E será da sua parte ocidental (Francie Occidentale), quase o território da Gália, que irá nascer o Reino da França (France).
    A partir de 911 o rei ocidental Charles III reivindica a herança Franca. No mesmo ano, cede o Condado de Rouen e o território entre o rio Epte e o Mar aos  Nort(h)manni, Normandos, «Homens do Norte», os agressivos Vikings da Escandinávia. Em 939 nasce o Ducado da Bretanha, após os Vikings (Normandos) serem aí derrotados. Em 987 o Condado de Barcelona liberta-se do seu vínculo de vassalagem em relação ao Reino dos Francos, que é composto por escassas áreas de Domínio real e pelos seus diferentes Principados com forte poder. 




    «Portrait of Empress Mathilda, from "History of England" by St. Albans monks (15th century)» (fotografia de PurpleHz - Wikipedia)

    Em 1128, perto do nascimento do Reino de Portugal, Geoffroy Plantagenêt conde de Anjou, casa com a viúva do Imperador Sacro Romano-Germânico Henry V, Matilda, filha de Henry I de Inglaterra (filho de William o Conquistador, Normando) e de Matilda da Escócia. Com a morte de seu pai em 1135 e herdeira do trono, vai ser contestada numa guerra civil designada por «the Anarchy», sendo a primeira Rainha de Inglaterra em 1141, por poucos meses. Mas um dos seus filhos vai ser o Rei Henry II de Inglaterra em 1154 e controlar o designado Império Plantagenet, como Conde Anjou, Conde de Maine, Duque da Normandia, Duque da Aquitânia, Conde de Nantes e «Lord» da Irlanda. Várias vezes deteve também o controlo da Escócia, de Gales e da Bretanha:   

    «Empire of Plantagenet - Henri II of England» por Cartedaos (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)  

    O Império vai ser fortemente contestado pelo Rei Louis VII de França, mas vai ser o seu filho o Rei Filipe II, que vai a partir de 1180, expandir o limitado Domínio real, nomeadamente através da recuperação de grande parte dos territórios que estavam sob o controlo de Inglaterra:



    «Le Midi» numa foto da NASA.

    No mesmo período, no «Midi» (mi+di: meio dia. «le milieu du jour», o correspondente ao «Mezzogiorno» da Itália, quando o Sol se posiciona a Sul no Hemisfério Norte), na Ocitânia, vai-se desencadear uma desgraça que vai marcar grande parte do milénio na Europa: as horríveis guerras político religiosas e o surgimento da monstruosa «Inquisição». Acusados de heresia, os «Bons Chrétiens», designados pelos seus inimigos por «les Cathares» (do grego καθαρός, katharós, «pure», puro). Uma das suas perspectivas era a consideração dualista do Antigo Testamento ligado a um deus mau do mundo da matéria e do Novo Testamento ligado a um deus bom do mundo espiritual, ao paraíso. A sua influência exercia-se nos condados de Toulouse, Béziers, Albi e Carcassonne. Em 1208 inicia-se uma «cruzada contra os Albigenses», que vai durar até 1229. A «vontade de poder» vai ser pseudo legitimada, mais uma vez, em «nome de deus», através do papa Inocente III, que ordenou a «cruzada».   
    Áreas de influência dos «Bons Chrétiens»

    De um lado vão estar o Reino de França France Ancient.svg, representado pelo filho de Philippe II (que não quiz liderar a «cruzada»), o futuro Rei Louis VIII, e os cruzados Cross-Pattee-alternate red.svg. Do outro vão estar: o Condado de Toulouse Blason Languedoc.svg, o Reino de Aragão Aragon Arms.svg, a Maison Trencavel Armoiries fascé gueules et hermine.svg, o Condado de Foix Blason du comté de Foix.svg, o Condado de CommingesArmoiries Comminges Ancien.svg , o Viscondado de Béarn Blason du Béarn.svg e os Cathares CatharCross.JPG.

    A resultante é favorável ao Rei de França, o Conde de Toulouse mantém a sua posição, mas com menos poder do que anteriormente. Os «Bons Cristãos» são as principais vítimas e vão continuar a ser perseguidos  com a monstruosa criação da Inquisição (l´Inquisition) pelo papa Gregório IX, em 20 de Abril de 1233, que as entrega aos horríveis Dominicanos (Dominicains), ordem fundada pelo castellano Domingo de Guzmán e que se instalou em Toulouse e na Itália. Os Cátaros (Cathares) ficam sujeitos à enorme crueldade e arbitrariedade desta tenebrosa Instituição, que vai ser responsável por muitos assassínios em muitos Países, nomeadamente na Península Ibérica, e pelo forte condicionamento da liberdade cultural e bem estar das Pessoas, nomeadamente de pensamento e de relação pessoal com o Criador. Foram atrocidades semelhantes às cometidas pelos Nazis no século XX.

    Este cancro (cancer) cultural de «Tirania, Ignorância e Fanatismo» que o grande poeta Português Fernando Pessoa sintetizou, vai mais tarde dizimar a Ordem dos Templários, que com o seu enorme poder financeiro, tornou-se credora dos esforços de guerra realizados pelo Rei Philippe IV de França. Em 13 de Outubro de 1307 os Templários, que eram liderados por Jacques de Molay, são presos e o seus bens confiscados, numa acção de cumplicidade entre o Rei e o papa Francês Clemente V, que tinha sido nomeado em 1305 e que estava sob a sua influência. Philippe IV foi um cobrador de impostos e um confiscador de Lombardos, Judeus, Templários, ... com as finanças reais descontroladas, com desvalorização monetária, com sucessivas emissões de moeda, com uma dura crise económica, o poder real fortemente centralizado é fortemente contestado pelo Povo e pela Nobreza. E a vulnerabilidade da sua herança monárquica vai desaguar na pretensão do Rei de Inglaterra ao trono do Reino de França e numa terrível e longa guerra entre 1337 e 1453. No mesmo período se despoletam revoltas camponesas, fragilizados por condições climáticas e económico-sociais muito adversas, incluindo a peste, e da burguesia, confrontada com aumento de impostos, que procura obter as mesmas condições que os barões e a burguesia Inglesa tinha conseguido obter através da Magna Carta de 1215: a liberdade das cidades e o controlo da tributação pelo Parlamento, a limitação do poder monárquico (Parliament, Parlement). O seu insucesso em contraste com a Grã Bretanha, vai determinar a Revolução Francesa de 1789. 
    A guerra vai opor: o Royaume de FranceBlason France moderne.svg, o Reino de CastillaBlason Castille Léon.svg, o Duché de Bretagne de les BloisBlason region fr Bretagne.svg, o Comté  de ChampagneBlason région fr Champagne-Ardenne.svg, o Kingdom of ScotlandRoyal arms of Scotland.svg, a Repubblica di GenovaArmoiries Gênes.svg, o Kingdom of BohemiaArmoiries Jean de Luxembourg.svg e o Reino d´AragónArmas de Aragon.png contra o Kingdom of EnglandArms of Edward III of England.svg, o Duché de BourgogneBlason fr Bourgogne.svg, o Duché de Bretagne de les seigneurs de MontfortBlason region fr Bretagne.svg, o Reino de PortugalArmoiries Portugal 1247.svg, o Reino de NavarraBlason Royaume Navarre.svg, o Comté de FlandreBlason Nord-Pas-De-Calais.svg, o Comté de HainautHainaut Modern Arms.svg, o Duché d´AquitaineBlason de l'Aquitaine et de la Guyenne.svg, o Duché de LuxembourgArmoiries Comtes de Luxembourg.svg.
    Duas batalhas destacamos desta guerra: 
    - a batalha de Aljubarrota em 1385, que vai confirmar a vitória dos Portugueses (nobres, burguesia e restante povo) e dos seus aliados Ingleses face aos Castelhanos e seus aliados Franceses, garantindo a independência do Reino de Portugal e o reinado de D. João I, filho de D.Pedro I e de D. Inês de Castro, que casou com Philippa of Lancaster em 1387, confirmando a mais antiga aliança do Mundo e garantindo a «Epopeia dos Descobrimentos»;
    - a batalha de Azincourt em 1415, com a vitória dos Ingleses liderados pelo rei Henry V («House of Lancaster», primo de Philippa of Lancaster) sobre os Franceses.
    Em ambas batalhas os vencedores eram muito inferiores em quantidade, mas os seus líderes, as suas estratégias e tácticas defensivas, bem como a motivação diferenciada das pessoas e a sua maior flexibilidade de adaptação estratégico-táctica foram fundamentais: 
        



    - em Aljurrabota a escolha do local com uma colina, ladeada por dois ribeiros,  obrigou ao afunilamento das tropas com maior número, o que conjugado com a montagem de dificuldades para a movimentação da cavalaria e com a acção dos arqueiros ingleses (multiplicadores de forças), favoreceu a vitória; ainda por cima, a cavalaria Francesa vai ser tardiamente apoiada pelas forças Castelhanas, o que contrasta com o grau de integração muito forte, Anglo-Português (ver desenho de Muriel Gottrop, com licença de utilização Creative Commons http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en));       







    - em Azincourt o afunilamento das forças mais numerosas foi possibilitado pelas árvores que ladeavam o campo de batalha, os arqueiros (Ingleses e Galeses) tiveram de novo, um papel multiplicador decisivo. A cavalaria Francesa não enfrentou «covas de lobo», mas teve contra si um terreno muito húmido.

    «Schéma bataille d´Azincourt» Lifou, Biftarn (Wikipedia) - Licença de utilização Creative Commons http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.pt





    «Map Agincourt» Andrei Nacu (Wikipedia)



    A Inglaterra estava a ser preponderante na Guerra, mas vai surgir ligada a uma inflexão na tendência, uma heroína Francesa ...


































    Por Aliesin (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)

    Jeanne d´Arc!
     «Jeanne d´Arc et la vision de l´Arcange Michel» por Eugene Thirion (1876)


    Em 1412, com 13 anos, Jeanne afirma ouvir as vozes celestiais das mártires santificadas Catarina de Alexandria (305 d.C.), Margarida de Antioquia (304 d.C.) e do Arcanjo Miguel.

    A sua fé Cristã ligada à sua missão de libertação da França do poder de Inglaterra, levam-na a liderar 4000 homens até Orleans cercada pelas forças Inglesas.

    O seu carisma, a sua capacidade militar, nomeadamente na disposição das peças de artilharia, que liquidaram os arqueiros, vão conduzir os Franceses a uma importante vitória sobre Inglaterra em 1429, que vai constituir um ponto de inflexão na guerra.




    Depois do enorme valor dos seus êxitos na defesa da França, a heroína acabará por ser capturada pelos Bourbignons em 1430 em Compiengne, e será vendida aos Ingleses. Tal como Jeanne, Piéronne la Bretonne será também vítima dos Ingleses.

    «Sur l'amour ou la haine que Dieu porte aux Anglais, je n'en sais rien, mais je suis convaincue qu'ils seront boutés hors de France, exceptés ceux qui mourront sur cette terre.» Jeanne d´Arc, 1431.

    E assim será ... em 1453 os Ingleses perdem a guerra, depois de em 1435 terem perdido os seus aliados Bourbignons.


    «Jeanne d'Arc» de Étienne Leroux (1879).
    No «Muir's Historical Atlas» (1911) podemos ver os vastos Domínios Reais Franceses em 1461.

    Entre 1494 e 1559 o Reino da França vai estar envolvido nas 11 guerras de Itália, pela sua ambição não realizada no Reino de Napoli e no Ducado de Milano. A legitimidade evocada é sempre a base da transmissão do poder monárquico: a hereditariedade, em que os casamentos entre Príncipes e Princesas constituem jogos políticos, posicionamentos de poder, alianças ou imposições, que mais tarde ou mais cedo tendem a degenerar em novas guerras sucessivas. O Reino de Portugal ficou sempre sob a ameaça do Reino de Castela por essa legitimação, que se acabou por concretizar em 1580, através de Filipe, filho do Imperador Charles of Habsburg (neto de Isabel I de Castela), líder do Santo Império Romano-Germânico (1519), do Império de Castela-Leão e Aragão (1516) e do Império Austríaco (1519), e  de Isabel de Portugal, irmã do péssimo Rei de Portugal, D. João III.   
    «The dominion of the Habsburgs following the Battle of Mühlberg (1547)» Cambridge Modern History Atlas, edited by Sir Adolphus William Ward, G.W. Prothero, Sir Stanley Mordaunt Leathes, and E.A. Benians. Cambridge University Press: London, 1912

    Imperatriz Isabel de Portugal por Tiziano (1548)

    O Imperador além de expandir o Império na América, de conter o avanço Otomano em Viena (1529), após a queda do Reino da Hungria (1526), vai disputar com o Reino da França não só o referido Ducado de Milano nas guerras de Itália, como também o Franche-Comté, que vai garantir após a vitória na batalha de Pavia em 1525.
    Por outro lado, vai lançar as bases da Contra-Reforma que vai incendiar a Europa, nomeadamente a França, nas horríveis guerras religiosas contra os Reformistas Protestantes, em que de ambos os lados se revelam Fanatismos horrorosos que vão vitimar muitas Pessoas. São cristãos que lutam entre si? Nada têm a ver com Jesus Cristo.
    A França vai sofrer essas guerras político-religiosas entre 1562 e 1598, com manifestações graves do conflito em 1520, 1540 e 1550.
    A Tirania, a Ignorância e o Fanatismo imperam com o seu horror: a Inquisição, a «Caça às Bruxas», os Massacres (como o de Mérindol na Provence em 1545) por todo o lado vão destruindo Seres Humanos do Criador, a sua Criatividade e Fecundidade Humanas.

    «Le Massacre de Mérindol» - Gustave Doré (1832-1883)














    A França em 1550 tem as seguintes fronteiras e línguas, destacando-se  as «Langues d´Oil» a Norte, o Bretão na ponta Ocidental da Armórica de Astérix e Obélix e as «Langues Occitanes» a Sul, no «Midi».

    «France: parlers et frontières en 1550» por Madalina (Moldova) - Wikipedia com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/deed.fr)

    A necessidade  de existência de forças armadas permanentes, a introdução da artilharia  que vai implicar a construção de fortalezas resistentes e a aquisição de equipamentos muito mais dispendiosos, provoca desequilíbrios nas finanças do Reino, «resolvidas» através de dívidas (duplicam entre 1522 e 1550), de bancarrotas (1558 e 1567), que anulam parte das dívidas e as reestruturam, e claro, o lançamento de impostos. O poder real centralizado vai sendo reforçado em desfavor do poder senhorial descentralizado, nomeadamente por via da guerra/paz e da justiça. A monarquia absoluta vai ter espaço objectivo para se afirmar.

    Maria de Medici como «Bellona», deusa da guerra para os Romanos, por Peter Paul Rubens, com uma peça metálica de artilharia e com Victoria/Nike na mão, como Minerva / Atenas.

    Em 1610 o Rei Henri IV, que foi Protestante (Huguenot) e que se converteu ao Catolicismo em 1593, apaziguando o conflito, é vítima de um católico fanático e sua Rainha, Maria de Medici, da família renascentista de Firenze, vai ser a Regente do Reino da França até à ascensão ao poder do seu filho, o Rei Louis XIII.
    Em 1621 a Rainha encomenda ao pintor Peter Paul Rubens um conjunto de quadros de pintura que representam a sua acção histórica, que vão ser criados entre 1622 e 1625, com o seu enquadramento mitológico:
    «Les Parques filant le destin de Marie de Médicis»

































    «L'Éducation de la reine»
     «Le Débarquement de la reine à Marseille»

    «La mort d'Henri IV et la proclamation de la régence»

    «Le Concert des dieux pour les mariages réciproques de la France et de l'Espagne»


    «La Félicité de la Régence»

    «(...) montre l'écoulement du royaume de France, avec le renouveau des sciences et des arts au travers de la libéralité et la splendeur de sa Majesté qui est assise sur un trône brillant et tient une balance dans  ses mains, en gardant le monde en équilibre par sa prudence et d'équité» Peter Paul Rubens

    «La Majorité de Louis XIII»



    «La Parfaite Réconciliation de la reine et de son fils»

     «Le triomphe de la Vérité»


    São obras apologistas de uma Rainha do seu amigo pintor, que antes tinha sido contestada pela nobreza Francesa e pelo seu filho, o Rei Louis XIII, que em 1617 faz um golpe e afasta do poder a sua mãe.
     O Cardeal Richelieu, que tinha sido nomeado Secretário de Estado para a guerra e para os negócios estrangeiros em 1616 pela Rainha, vai habilmente mediar a reconciliação de mãe e filho, após a sua fuga da prisão e revolta em 1919. O Cardeal vai ganhar cada vez mais poder e concretizar e reforçar o modelo da Monarquia absoluta, renovando o conceito de «Razão de Estado» para ultrapassar o Direito. Maria de Medici entra em ruptura com o Cardeal que apoiou, por o mesmo se aliar ao Estados protestantes Alemães em 1635, para lutar contra o poder hegemónico dos católicos da Casa de Habsbourg, apesar de internamente colocar em causa o poder dos protestantes para defender o poder do Rei. O Rei Louis XIII vai reiterar a sua confiança no Cardeal e mandar exilar a mãe. 
    Está em causa a Guerra Europeia entre 1618 e 1648 que opôs Estados Católicos/Protestantes, Absolutismo /Feudalismo. 
    Alexandre Dumas no seu romance histórico «Les Trois Mousquetaires» (1844) retrata o Cardeal (Principal Ministro do Rei) e os seus agentes, nomeadamente a Inglesa e  ficcional  Milady de Winter, em oposição aos Mosqueteiros do Rei, defensores da sua Rainha Ana María da Casa de Habsbourg, filha do Rei Filipe III de Espanha (Filipe II de Portugal).
    «Carte de la Guerre de Trente Ans» por Historicair (wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5/deed.fr
    http://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/Trente_Ans/147377 © LAROUSSE

    Quando a Guerra termina em 1648, o mapa político da Europa tinha mudado: Portugal liberta-se de um Rei de Espanha em 1640, após 60 anos de reis comuns, apoiado pela sua velha aliada a Inglaterra, aproveitando a revolta no mesmo ano na Catalunha apoiada pela França; a Holanda e a Suiça ganham a sua independência; o Império dos Habsbourg desfaz-se numa multiplicidade de pequenos Estados praticamente independentes, espaço objectivo para o desenvolvimento dos futuros nacionalismos; a Suécia sai reforçada; a Dinamarca perde o seu estatuto de grande potência; a futura potência Prussiana está em embrião; a França sai muito reforçada, com expansão territorial significativa nas suas fronteiras orientais; a Espanha fica bastante fragilizada e vai sofrer uma crise dinástica.
    «Europe Map 1648» por Packare (Wikipedia) com a licewnça Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.pt)

    «Carte de la France de 1552 à 1798» por Walké (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons ( http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)

    O Rei Louis XIV vai expandir os territórios do Reino e centralizar ainda mais o poder no Monarca. Ao princípio sob a regência da Rainha Ana, após a morte de Louis XIII em 1643, o Cardeal Mazarin vai prosseguir a política de Richelieu e mais tarde, após a sua morte em 1661, o Rei abdica de um ministro principal e governa com Secretários de Estado sem autonomia de decisão, que vai buscar à Burguesia, como é o caso de Colbert. A Nobreza perde muito do seu poder anteriormente detido. 
    A guerra na Euroopa e a expansão para a América e Índia, em colisão com Inglaterra, marcam o seu reinado: a «Nouvelle-France» começa a ser povoada entre 1634 e 1654, Guadeloupe é conquistada e «Louisianne» é descoberta para a Europa em 1682. A guerra de sucessão de Espanha iniciada em 1703 vai acabar por ser desfavorável à França, sendo assinada a paz em 1714.
    Com a morte de Louis XV em 1715, de novo a França é governada por uma regência liderada pelo Duc d´Orléans, que com o Parlament de Paris vai pôr em causa o testamento do Rei e abrir portas à contestação do poder monárquico ao longo do século XVIII. Vai ser uma época de expansão económica, de enriquecimento e de especulação, apoiada no «Outre-Mer» (importação de produtos exóticos, tráfico de escravos, exportação de produtos manufacturados). Nouvelle-Orléans é fundada em 1718.
    Louis XV assume o poder efectivo em 1723. Mais do que expansão (Lorrraine e Corse, cedida pela Republica de Genova em 1768), a sua política é de conservação, recusando anexar os Pays-Bas autrichiens (a actual Belgique). Mas na guerra entre 1756 e 1763 as posições do «Outre-Mer» vão ser perdidas para a sua rival Grã-Bretanha, na América (Nouvelle-France) e na Índia, que passa a ser o Império hegemónico.
    «Locator map of the competing sides of the Seven Years War before outset of the war (mid-1750s)» por Gabagool (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/deed.fr.
       Great Britain, Prussia, Portugal, with allies
       France, Spain, Austria, Russia, Sweden with allies

    Neste período vai-se desenvolver a Era do Iluminismo («Lumières»), movimento cultural Europeu defensor do Conhecimento e da Ciência, da Luz, por oposição à Intolerância, Ignorância e Abuso da Igreja e do Estado, as Trevas.
    Na França salientam-se Charles-Louis de Secondat, baron de La Brède et de Montesquieu (1689-1775); Voltaire (1694-1778), Denis Diderot (1713-1784), Jean le Rond D’Alembert (1717-1783), o casal Marie-Anne Pierette Paulze (1758-1836) e Antoine de Lavoisier  (1743-1794) mãe e pai da Química moderna, ...  
    Marie-Anne Pierette Paulze e Antoine-Laurent de Lavoisier pelo pintor Jacques-Louis David (1788)

    Tal como o Renascimento Italiano, o Iluminismo vai abrir novos e decisivos horizontes culturais na Europa.

    Em Inglaterra a Monarquia absolutista já tinha sido destituída dos seus poderes executivo e legislativo, após a guerra civil entre 1642 e 1649, que os entregou a um Primeiro-Ministro e ao Parlamento, que desastrosamente, o rei Charles I tinha dissolvido em 1626, após uma decisão contrária à sua perpectiva, e a sua Tirania exercida vai-lhe ser fatal. 
    Por outro lado, em 1760 estão reunidas as condições para a triunfante «Revolução Industrial Britânica», que torna a Indústria a actividade económica determinante, substituindo a Agricultura, apoiada na «Revolução da Ciência e Tecnologia», que inventa máquinas que amplificam o trabalho humano presente por trabalho passado. Por outro lado, os trabalhadores deixam de controlar o processo de produção, as matérias primas, os meios de produção, a produção, os lucros, como os artesãos (manufactura). Os agricultores que são expulsos dos campos de cultura comum e livre por via dos «enclosures» (uma das componentes da «Revolução Agrícola Britânica», que aumenta continuamente desde o século XIII a sua produtividade), ficam disponíveis, «livres», completamente dependentes do trabalho industrial nas cidades ou da emigração para o «Novo Mundo» e são substituídos pelos pastos para ovelhas e a sua lã: «Stop to consider how the so-called owners of the land got hold of it. They simply seized it by force, afterwards hiring lawyers to provide them with title-deeds. In the case of the enclosure of the common lands, which was going on from about 1600 to 1850, the land-grabbers did not even have the excuse of being foreign conquerors; they were quite frankly taking the heritage of their own countrymen, upon no sort of pretext except that they had the power to do so.» George Orwell  «As I please», Tribune, 18 de Agosto de 1944.

    E é nesse «Novo Mundo» para a Europa, numa das suas partes, a América do Norte, que se vai dar a independência de 13 Colónias Britânicas em 1776 e se vai formar os Estados Unidos da América. Na guerra de confirmação da independência, a França vai ser seu aliado em 1778 e o conflito ai terminar em 1783, com o seu reconhecimento pelo Reino Unido. A sua Constituição de 1787, conjugada com as 10 emendas decididas em 1791 («Bill of Rights»), vai ser Federalista e Democrática, baseada na separação de poderes, no Direito e na Liberdade. 
    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3e/Colonizationoftheamericas-blank.png
    «Blank map of European colonization of the Americas in 1750» por Sémhur (Wikipedia), com base 
       Spanish territory
       Portuguese territory (in South of America) and North America territory claimed by Spain
       Portuguese territory
       French territory
       French territory claimed by Britain
       British territory
       Russian territory


    Por contraste, agarrada a um Estado com défices permanentes, dependente dos seus financiadores que bloqueiam as reformas (tentadas entre 1774 e 1787), assente no «Ancien Régime» dos privilégios e das ordens hierarquizadas («clergé, noblesse et tiers état») e na Agricultura, a Monarquia Absoluta vai ser fortemente contestada no reinado de Louis XVI, iniciado precisamente em 1774, sendo abolidas no entanto «la torture» (1781 e 1788),« le servage» no espaço real (1779) e é assinado «le édite de tolérancedes protestants» (1787).  



    E em 1789 estala a «Revolução Francesa», com todas as suas contradições e violências, que coloca em causa a Monarquia absoluta sob o lema: «Liberdade, Igualdade e Fraternidade». A Liberdade é aqui representada por Eugène Delacroix na sua obra «La Liberté guidant le peuple» (1830). Os privilégios feudais são abolidos. A Monarquia Constitucional numa primeira fase é estabelecida.
    Depois de declarar guerra à Áustria, a Prússia vai se tornar também inimiga da França revolucionária. A República é instaurada em 1792 e os extremismos aumentam. 











    A «Déclaration des droits de l'homme et du citoyen» representada por Jean Jacques François Le Barbier (1789), contrasta com o período de «Terreur» que se lhe segue até 1794. A «Tirania, a Ignorância e o Fanatismo» permanecem e as suas vítimas devem ser sempre recordadas e homenageadas.  
    «Les Noyades de Nantes en 1793» por Joseph Aubert (1882)
    «Marie Antoinette before her execution» (cerca de 1850 - sem autoria definida).

    Em 1795 é criado o Directório e em 1796 um militar Corso chamado Napoléon Bonaparte, por causa do seu casamento com Marie-Josèphe-Rose de Tascher de La Pagerie, vai ser nomeado comandante de um condicionado exército Francês em Itália, para desviar a atenção dos Austríacos das frentes do Meno e do Danúbio. 
    A obtenção de importantes vitórias sobre generais da Áustria e do Piemonte, vai lhe permitir o controlo de Milano e novas vitórias sobre a Áustria vão decidir a Guerra a favor da França e torná-lo um herói nacional. Na Lombardia vai constituir «Républiques Soeurs» de acordo com o Modelo da République Française. Ruma para Viena e a Áustria, ameaçada nos seus territórios, desvia tropas da frente do Reno. A 100 km da capital do Império, os Austríacos negoceiam a paz e vão ceder território à França. Napoleão é recebido triunfalmente em Paris, no final de 1797. Apenas a Inglaterra se mantém na Guerra. 
    Napoleão vai mudar completamente os poderes em Itália. Em 1798 é ordenada a ocupação de Roma, que sob essa pressão se revolta e cria a «République Romaine». O Papado é obrigado a renunciar ao seu poder temporal e a se limitar ao seu «poder espiritual». 
    No mesmo ano o Directório sugere a invasão da Inglaterra, Napoleão contrapõe uma campanha no Egipto contra os interesses britânicos, com a sua armada do Oriente. O Directório receoso do seu poder vê aqui uma oportunidade de se livrar dele. Napoleão conquista Alexandria e o Cairo, controla o Egipto, vence os Turcos, mas não consegue transcender a hegemonia Britânica no Mediterrâneo, que destroem quase inteiramente a sua frota, liderados por Nelson.
    Regressa discretamente a França em 1799 e acaba com a Revolução no golpe de Estado do 18 do brumário, passando a ser um Cônsul autocrata. 

    As revoluções são horríveis, tais como são horríveis as suas causas, com excepções como a Portuguesa de 1974, em que não houve confronto armado entre as forças opostas e as atrocidades existiram, mas foram limitadas às forças da horrível polícia política (PIDE/DGS) que resistiram à sua detenção e disparam sobre os militares e a população, matando 4 pessoas, bem como, num contra-golpe em 1975, por exemplo, pessoas fanáticas e histéricas dispararam sobre um carro previamente parado numa operação de controlo, depois de ter sido ordenado o reinício de marcha, numa vergonhosa e horrorosa acção, filmada para a História. Os responsáveis pelos disparos foram julgados por assassinarem uma pessoa e ferirem gravemente a sua mulher. As pessoas com armas são extremamente perigosas (havia militares e civis armados naquele dia) e quando há fenómenos massificados a situação ainda é mais perigosa. A Vida, a Liberdade e o Bem Estar e Ser das Pessoas são sagrados. Quando a «Pena de Morte» for abolida em todo o Planeta, como começou por ser abolida em Portugal em 1852, para crimes políticos (primeiro Estado Moderno da Europa a realizá-lo no reinado de D. Maria II), os Seres Humanos farão uma grande aproximação em relação ao Criador e quando conseguirem abolir todo o tipo de violência, ainda mais o farão, será a manifestação de uma grande Evolução Humanista!   

    Do Consulado ao Império Francês, iniciado no final de 1804, acontecem vitórias contra a Áustria em 1800, a frágil paz com Inglaterra, desfeita em 1803, a presença no Novo Mundo com base em Saint Domingue, a venda aos E.U.A. do Louisiane em 1803 e a influência sobre a Suiça. 
    A coroação de Napoléon como Imperador e da Imperatriz Josephine por Jacques-Louis David (1805-1808)

    Napoleão considera-se herdeiro do Império Romano e do Império de Carlos Magno. Em 1805 a Armada Franco-Espanhola é vencida pela Armada Inglesa, o que dá a Inglaterra o pleno controlo dos Mares. Mas os Austríacos e os Russos são vencidos em Austerlitz. A Prússia é vencida em 1806. A Rússia é derrotada de novo em 1807, após Napoleão atravessar a Polónia.
    Ao controlo marítimo da Inglaterra, Napoleão contrapõe «le blocus continental» em 1806, que procura fechar o comércio europeu ao seu inimigo. Portugal, velho aliado da Inglaterra, recusa-o e Napoleão ordena a sua invasão com o apoio de Espanha (traité de Fontainebleau 29-10-1807). Em 23-11-1807 dá-se a 1.ª invasão de Portugal. Mas os antecedentes começam em 1796 com a Declaração de Guerra a Inglaterra e o tratado secreto entre a Espanha e a França. Portugal envolve-se na destruição da armada espanhola e no bloqueio Inglês a Alexandria (Egipto) em 1798. Em 1800 com novo tratado secreto e em 1801 com uma convenção, França e Espanha ultimam a Portugal o abandono da Aliança Luso-Inglesa, a entrega de território, a redefinição de fronteiras, o pagamento de reparações de guerra, a abertura dos portos. A recusa de Portugal implicou a sua invasão por Espanha, com o apoio de França. Olivença e o Alto Alentejo caiem nas mãos dos Espanhóis. Portugal fragilizado, assina o tratado de Badajoz e perde Olivença, mas recupera o resto do Alentejo ocupado.
    Com a revolta popular em Espanha contra os Franceses em 1808 e com o apoio de Inglaterra, a França é derrotada, como o foi nas duas invasões subsequentes (1809 e 1810), novamente com o apoio de Inglaterra. A França retira em 1811, após muitos saques e barbaridades cometidas. 




    État de l'Europe en 1811.
    Les couleurs indiquent les pays :

    •      Membres de l'Empire
    •      Satellites
    •      Appliquant le Blocus
    Da autoria de Nicoray (Wikipedia) com a licença de utilização Creative Commons (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.fr)




    Como anunciado foi entregue ao Governo Francês no dia 5 de Novembro, o Relatório sobre a Competitividade da Indústria Francesa («PACTE POUR LA COMPÉTITIVITÉ DE L’INDUSTRIE FRANÇAISE» da autoria de Louis Gallois (apoiado por Clément Lubin e Pierre-Emanuel Thiard): (http://www.gouvernement.fr/sites/default/files/fichiers_joints/rapport_de_louis_gallois_sur_la_competitivite.pdf)




    Brevemente analisaremos o Relatório e desenvolveremos esta mensagem sobre a Gália (Celta, Latina e Franca).

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