domingo, 20 de dezembro de 2015

REINO DE PORTUGAL VII - REGNUM PORTUGALLIS VII - KINGDOM OF PORTUGAL VII


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0e/Flag_Peter_V_of_Portugal.svg/957px-Flag_Peter_V_of_Portugal.svg.pnghttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a1/Flag_Portugal_%281830%29.svg/957px-Flag_Portugal_%281830%29.svg.pngA bandeira pessoal do bom Rei Pedro V e a bandeira liberal | Personal flag of the good King Pedro V and the Liberal flag

REINO DE PORTUGAL VI (1853-1861)

Em 1853 falece a corajosa mãe
Na sua nobre missão de dar vitae
Seu filho Pedro lhe sucede muito novo
E vai ser muito querido pelo Povo

Educado por Alexandre Herculano
Se valoriza o seu Ser humano
Ano após ano
Se cria um nobre Latino Lusitano

«Aquela alma pura, aquela grande inteligência»
Dizia de Pedro V o seu educador
Do Rei que com a sua Rainha Estefânia sentiu o Amor
E que com ela se dedicou ao Humanismo, à Educação, à Saúde e Beneficência

«Escrevemos para um povo dormente a quem convém despertar,
para cegos ((...) que não querem ver) a quem cumpre restituir a luz
Ao escrever o ouvimos falar
Com a sua sensibilidade que nos seduz

«Passou a (...) torrente de ouro (...) e só ficaram os hábitos de luxo
(...) preguiça dos (...) senhores (...) miséria (...) o que tinha até agora o triste remédio no suor dos escravos,
só pode achar remédio no trabalho dos senhores (...) para que a indústria nasça» e haja mais que centavos
Escrevia em 1832 Mousinho da Silveira iluminado sobre o senhorial e desvalorizado lixo

Para diminuir o peso das sisas, velho tributo sobre a troca
E aliviar os senhores para os incentivar à industrialização
Para que se desenvolvesse a Nação
Mas a sua legislação teve praxis oca

Apenas o oportunismo
Do já visto devorismo
Mera transferência do ter
E tão pobre que continuava o Ser

Mas Pedro V «afirmou o primado da pessoa humana
(...) no Portugal, em crise, dos novos tempos,
e numa época (...) sujeita ao materialismo» do termos
Afirmou o grande Augusto Reis Machado da Nação Lusitana

«O capitalismo, (novo poder absoluto, já não de reis, mas da gente de dinheiro) ligado ao industrialismo,
começava a conquista do mundo. E como reacção do operariado, escravisado à máquina e ao capital, surgia o socialismo:
a antiga doutrina renovada da sociedade omnipotente.» escreveu o Historiador sobre a Pessoa real

Em 1858 «Grundrisse» de Karl Marx são publicados
Do «Capital»
Histórica relação social
As causas e os seus efeitos são analisados e perspectivados:

«(...) a redução geral do trabalho necessário da sociedade a um mínimo, com o correspondente
desenvolvimento artístico, científico etc. dos indivíduos no tempo tornado livre, e com os meios criados para todos eles. (...)
É assim que Marx via o potencial do Capital para a realização dos humanos Seres, do potencial deles
Na múltipla e contínua síntese dialéctica entre tese e antítese, na sua contradição e resultante:

«Capital ele próprio uma contradição em movimento
(...) Por um lado chama para a vida todos os poderes da ciência e da natureza,
como a combinação social e o intercurso social, para tornar relativamente independente a criação de riqueza
do tempo de trabalho empregado nela. Por outro lado, quer usar o laborioso tempo

para as gigantescas forças sociais assim criadas, como régua de medição
e confiná-las dentro dos limites requeridos para manter como valor o valor já criado, [actual].
Forças de produção e relações sociais - dois diferentes lados do desenvolvimento do individual social - aparecem para o capital como meros meios, e são mero meios para produzir na sua limitada fundação.»

Portugal vai ficar muito distanciado
Deste futuro anunciado
Sobre Pedro V prossegue Augusto Reis Machado
«Foi no seu reinado

que se iniciaram os grandes melhoramento materiais:
o caminho de ferro e o telégrafo eléctrico» só em 1856 iniciado
De Lisboa ao Carregado, o que em 1825 na Grã Bretanha tinha sido criado
Na Grécia do século VI antes de Cristo eram os caminhos de calcário e escravas as energias essenciais

«O seu pensamento porém ia muito mais além,
ia no sentido de modificar os costumes e a mentalidade portuguesa» e transcender o vintém
«É na instrução e educação que a sua acção governativa mais se faz sentir.»
«Escreveu o rei que se impunha «a criação de cursos desenvolvidos de literatura e de história»», e partir

Daí partir ««(...) para o estudo das ciências que tão desavindas andam com as letras.»
«Outras medidas (...) se ligam (...) a extinção (...) de escravatura (...) a abolição das varadas,
e, pode dizer-se, da pena de morte.»
Defendida por Pedro V, coube mais tarde a Portugal tal sorte:

Em 1867, foi o primeiro Estado a nível mundial a prever constitucionalmente tal Humanidade
E com a sua concretização o grande humanista Victor Hugo elogiou mais tarde:
«Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. 
(...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. 

A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. 
A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos.»
A vocação Luso-Latina, Humanista Cristã, Universalista tentava de novo emergir do ócio e do ópio
Em que as oligárquicas lideranças tinham enredado Portugal, tais esforços se mostrariam vãos

O desafio que tinha sido lançado a toda a Humanidade do primado do Amor
Por profunda ligação ao transcendente Criador
Pelo muito querido, nomeadamente entre as mulheres e demais tiranizados, Jesus
A dar sentido ao aparentemente ausente Deus

De Jesus a Luz
Que tanto nos seduz
O Amor e a verdadeira Liberdade
Para toda a Humana Cidade

E nos propôs Jesus, para amarmos os nossos próprios inimigos
Para além dos nossos cônjuges, filhos, familiares, colegas e amigos
Assim Amar e respeitar toda a terrestre Humanidade
Ter tolerância e pena de quem ficar desfasado da Verdade e da Liberdade

Disse que vinha precisamente para libertar os chamados pecadores
E de todas as suas profundas dores
Em vez de múltiplas penas e da pena capital
Deu-lhes Amor incondicional

Ao poder religioso dominante
Desmascarou a sua profunda hipocrisia
Que depois foi repetida em seu Nome, que revoltante
Que monstruosa e dialéctica ironia

Emergiu até uma «santa inquisição»
Que tiranizou a Humanidade
Escarneceu da sua bondade
E não respeitou o profundo significado do seu Perdão e Salvação

De toda esta brutalidade, tirania e opressão
A Humanidade europeia procurou a sua libertação
Através da idolatrada Ciência e Razão
Da Natureza e das satânicas igrejas, ditas de Deus, ilusória emancipação

Manifesta-se num Kant, que sintetiza a marítima indução com a continental dedução, a crítica da razão
E aos seus limites, como aos limites e «Crepúsculo dos Deuses» de Wagner, se juntam a sua negação,
Um profundo vazio e frustração se manifesta num Nietzsche na sua dimensão niilista
E a profunda angústia num nórdico Kierkegaard existencialista

Mas o Wagner romântico, de 1853 a 1874, cria um grande obra
Der Ring des Nibelungen, O Anel do Nibelungo, uma tetralogia
De Das Rheingold, O Ouro do Reno, a Die Walküre, A Valquíria,
De Siegfried a Götterdämmerung, Crepúsculo dos Deuses, o fim para o início que sobra

O germânico Wagner aborda a fundamental relação entre o Amor e o poder
Que na maldição do fabricado anel de ouro das Ninfas roubado
Todo o Ser (Nibelungo, Deus, Semi-Deus, Gigante, Herói, Valquíria) é enredado e tramado
O Amor vai perder para o mesquinho poder ter

Excelente relação com o Deus criador
Que por Jesus nos liberta da dor
E o britânico Tolkien no vergonhoso tempo da guerra germânica
O tema da escravidão do anel de ouro vai retomar, com o Bem a vencer a força tirânica

Na sua futura grande obra The Lord of Rings, O Senhor dos Anéis
Um Mundo é criado, com terras e reinos, com muitos seres, linguagens e reis
De novo o Amor e o poder, por via de uma semântica fantástica
Com os significantes a ligarem-se aos significados de uma forma mágica

De volta ao Luso Latino Reino
A ameaça da falta de saúde e da pobreza paira no ar
Após muita Humanidade, dedicação, sacrifício, empenho e treino
Em 1859 um contágio vitima a Rainha Estefânia, ao que o amado Rei um Hospital vai lhe dedicar

Vinda das margens das águas das Ninfas do Danúbio, perto da nascente do Reno
Irmã de Carol, futuro primeiro Rei Romeno
Escreveu a sua mãe: «Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade»
De grande Humanista inteligência, sensibilidade e bondade deixou nos luso-latinos grande saudade

«A sua expressão tem o que quer que seja de ideal,
tão boa e profunda é... Julgo verdadeiramente haver tão poucos homens tão pouco egoístas como ele... Sentimos que nos entendemos todos os dias cada vez melhor, que somos feitos um para o outro» disse dele
Sobre o seu amado Rei, que muito a amava a Rainha de Portugal.

Pedro não resistiu à perda da sua mulher
Deixou-nos a obra e as palavras do seu novo Ser e do seu amado novo Ser:
«Se o uso, se as circunstâncias acostumaram o povo a um passado mau, 
é preciso romper com esse passado» era preciso mudar o rumo da Nau!


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A obra do grande Historiador e Pedagogo Augusto Reis Machado «O Pensamento do Rei D. Pedro V»

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Rainha Estefânia e Rei Pedro V
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Família Real
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«(...) The free development of individualities, and hence not the reduction of necessary labour time so as to posit surplus labour, but rather the general reduction of the necessary labour of society to a minimum, which then corresponds to the artistic, scientific etc. development of the individuals in the time set free, and with the means created, for all of them. Capital itself is the moving contradiction, [in] that it presses to reduce labour time to a minimum, while it posits labour time, on the other side, as sole measure and source of wealth. Hence it diminishes labour time in the necessary form so as to increase it in the superfluous form; hence posits the superfluous in growing measure as a condition – question of life or death – for the necessary. On the one side, then, it calls to life all the powers of science and of nature, as of social combination and of social intercourse, in order to make the creation of wealth independent (relatively) of the labour time employed on it. On the other side, it wants to use labour time as the measuring rod for the giant social forces thereby created, and to confine them within the limits required to maintain the already created value as value. Forces of production and social relations – two different sides of the development of the social individual – appear to capital as mere means, and are merely means for it to produce on its limited foundation. In fact, however, they are the material conditions to blow this foundation sky-high. ‘Truly wealthy a nation, when the working day is 6 rather than 12 hours. Wealth is not command over surplus labour time’ (real wealth), ‘but rather, disposable time outside that needed in direct production, for every individual and the whole society.’ (The Source and Remedy etc. 1821, p. 6.)» Karl Marx, «Grundrisse» 1858

Richard Wagner «Der Ring des Nibelungen» (1853-1874), ilustrado por Arthur Rackham

http://www.gutenberg.org/cache/epub/48214/pg48214.cover.medium.jpghttp://www.gutenberg.org/cache/epub/49507/pg49507.cover.medium.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/f4/The_Rhinemaidens_try_to_reclaim_their_gold_%28Arthur_Rackham_sketch%29.jpg


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