«O Orçamento do
Estado é sempre um instrumento central da política do Governo e do
Estado. Mas a sua importância é redobrada quando, como é o caso, o
Orçamento constitui também a peça-chave para fechar um pesado e exigente
Programa de Assistência externa. De facto, com a conclusão do nosso
Programa de Assistência em Junho de 2014 – daqui por 8 meses –, o
Orçamento do Estado a aprovar pela Assembleia da República será a chave
com que fecharemos a porta a esta fase de dependência extrema e de
limitação severa da nossa autonomia, e será simultaneamente a chave com
que abriremos o período pós-troika.
Os
vários objectivos que este Orçamento procura alcançar revestem-se assim
de uma importância decisiva. A deliberação que agora se inicia em seu
torno deve ser conduzida pelo realismo que as difíceis circunstâncias
exigem a todos, mas também pela esperança que vem da consumação de
objectivos verdadeiramente nacionais e da preparação concreta de um
futuro melhor para os todos os Portugueses. É assim que esta proposta de
Orçamento do Estado deve ser vista: como o passaporte do País para o
seu futuro pós-troika.
E importa
recordar o que muitas vezes se quer fazer esquecer. Importa recordar que
estamos a reparar problemas de extraordinária gravidade e uma escalada
insuportável de endividamento público e externo. Importa recordar que as
exigências orçamentais que permanecem connosco são uma consequência
dessa crise, e não a sua causa. Sem uma memória clara do que nos trouxe
até ao resgate externo não resolveremos os nossos problemas. A técnica
do esquecimento é a receita para no futuro enfrentarmos dificuldades
ainda maiores e porventura irremediáveis; é a receita para novos
colapsos que não se fariam esperar. Agora olhamos para o futuro, mas não
sem aprender as lições do passado. Quem obstinadamente se recusa a
aprender com os erros do passado, está condenado a repeti-los. E os
Portugueses, independentemente das suas preferências partidárias, não
querem repetir o colapso do passado.
É
importante sublinhar que, sem este Orçamento, o País não teria esta
possibilidade de recuperar a sua autonomia, estabilizar a sua economia,
regressar ao financiamento em condições normais de mercado para as suas
empresas, para as suas famílias, nem para o Estado. Sem este Orçamento, o
País não teria certamente a oportunidade de contemplar a saída do
Programa de Assistência no calendário inicialmente previsto, nem de
alargar o seu campo de escolhas nas suas políticas públicas que os
próximos anos trarão. Em grande medida, nos seus objectivos e em algumas
das suas áreas mais sensíveis de atuação, a proposta do Orçamento do
Estado para 2014 resulta de uma árdua e longa negociação com os nossos
parceiros europeus. Deste ponto de vista, trata-se também da resposta
afirmativa e consequente à escolha nacional na manutenção do País como
Estado-membro de pleno direito na área do Euro e na dianteira do projeto
europeu. Como escolha democrática que é, ela vincula naturalmente todo o
nosso sistema político-constitucional e exige de todos os agentes a
respectiva resposta consequente. Quem quer o objectivo, quer
necessariamente também os meios indispensáveis para a consecução desse
objectivo. Por isso, a dimensão europeia desta proposta de Orçamento do
Estado não pode ser ignorada. Pelo contrário, tem de ser enfaticamente
realçada.
Não podemos, porém, ficar à
espera que a Europa num futuro mais ou menos distante, mais ou menos
imaginário, venha resolver os problemas por nós. Não temos esse tempo
porque não temos tempo a perder.
Nesta
ocasião é preciso esclarecer os Portugueses quanto aos horizontes
imaginários de redenção que por vezes aparecem no debate político.
Importa clarificar que a desistência de procurarmos as nossas próprias
soluções para os problemas, com a falsa contrapartida de que alguém na
Europa irá fazer o essencial por nós, não é apenas uma confissão de
falência dessa suposta alternativa política. Não é apenas um modo de
implicitamente se reconhecer que nada se tem a dizer de substantivo
sobre a estratégia nacional de recuperação do País – afinal de contas,
não é isso equivalente a dizer “se a Europa não vier cuidar de nós,
resta-nos cruzar os braços e aguardar pelo pior”?
Avançar
estes cenários de redenção como solução mágica e indolor para os
desafios que temos pela frente é também uma ilusão enganadora. Ainda que
avancemos rapidamente no processo de aprofundamento da união política e
orçamental, admitindo até a criação de um Tesouro Europeu, com
capacidade de emissão obrigacionista, é um erro e uma ilusão supor que
daí decorreria uma pura e incondicional margem para financiar a nossa
despesa e a nossa dívida.
É um erro e
uma ilusão supor que a centralização orçamental não limitaria ainda
mais rigorosamente a nossa liberdade de escolha nas nossas próprias
políticas públicas e no modo como afectamos a despesa pública.
É
um erro e uma ilusão ignorar que perderíamos mais capacidade de decisão
nacional ou que a margem de atuação dos nossos órgãos de soberania
seria consideravelmente reduzida. Devemos caminhar para uma reforma
institucional que robusteça a zona Euro e que facilite a coordenação
entre o Banco Central Europeu e as instâncias comunitárias. Mas mesmo
essa coordenação aprofundada – que é inteiramente desejável para poupar a
zona Euro a crises futuras e para limitar os riscos que os atos de
alguns acarretam para todos – não irá corresponder nunca a um mecanismo
de resgate permanente e incondicional, e muito menos a um cheque em
branco para gastar e endividar o País. Além disso, um Euro mais
sustentável poderá perfeitamente resistir e conviver com episódios de
endividamento excessivo ou de quase insolvência de um Estado-membro,
como de resto sucede em regimes políticos federais. Impedir que um tal
cenário venha a verificar-se no nosso País dependerá, em grande medida,
mais daquilo que soubermos fazer pela redução da nossa dívida do que das
soluções institucionais de reforço e sustentabilidade do Euro decididas
no plano europeu. A salvaguarda da força sistémica da União Monetária
não irá fazer desaparecer as consequências locais de possíveis rupturas
financeiras nacionais. Apenas irá garantir que elas não se propagam ao
sistema como um todo. Ora, isso significa que o exercício da
responsabilidade financeira dos Estados-membros tem de continuar a ser
uma preocupação central.
Como já
disse noutra ocasião aqui na Assembleia da República, este é, de facto, o
momento da verdade. É o momento para agarrarmos o passaporte para o
futuro pós-troika. Fechar o Programa de Assistência não significa
abandonar a disciplina e o rigor, que terão de ser traves-mestras da
política orçamental nos próximos anos e muito além da duração da atual
legislatura. Assim determinam as regras a que estamos sujeitos como
membros da União Europeia e signatários do Tratado Orçamental. E assim
determinam os níveis insustentáveis de endividamento que a
irresponsabilidade do passado gerou. Recuperaremos a nossa autonomia
orçamental, uma autonomia que significa liberdade para combinar as
políticas públicas. Mas que, como qualquer exercício da liberdade, terá
de ser sempre acompanhada pela responsabilidade.
Deixem-me
ser muito concreto quanto à estratégia que teremos de seguir. O
Orçamento para 2014 prevê um excedente orçamental primário de 0,3 por
cento do PIB. Será a primeira vez desde 1997 que teremos um excedente
primário. Desde 2010 teremos uma consolidação do saldo primário de 7,3
pontos percentuais, facto que não tem precedentes na nossa história
democrática e que desmente todas as teses de que não houve consolidação
orçamental. Prevemos ainda um excedente primário estrutural de 1,5 por
cento do PIB, algo que nunca sucedeu desde que os registos desta
variável foram iniciados. Ora, daqui em diante capitalizaremos estes
excedentes segundo duas orientações fundamentais: a redução da dívida
acumulada, em conformidade com as regras europeias, que começará já em
2014; e a redução da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho e
sobre o consumo.
Não nos conformamos
com o peso que a carga fiscal atingiu e queremos aliviá-la para o
futuro. É isso que as famílias desejam e é disso que a economia precisa.
Mas estes objectivos tornam imperioso um compromisso de médio e longo
prazo no nosso sistema político. Os resultados orçamentais devem estar
ao serviço, de modo persistente e previsível, destes dois grandes
objectivos, e não do retorno da despesa crescente e improdutiva. Neste
compromisso de controlo da despesa do Estado estamos muito atentos aos
sinais que parecem ter sido dados pelo principal partido da oposição.
Essa atenção é devida porque quem se recusar a este compromisso estará a
sacrificar a redução da dívida, o cumprimento das regras europeias e os
direitos das gerações mais jovens; e estará a sacrificar a
indispensável redução da carga fiscal e o crescimento da economia. De um
modo e de outro, estará a falhar ao País.
Como
sabem, 80 por cento da consolidação neste próximo Orçamento será feito
do lado da despesa. Não só isto confirma o compromisso do Governo de não
aumentar a carga fiscal, como consiste numa resposta estrutural a
desequilíbrios que não são ocasionais, mas estruturais também. Isso não é
incompatível com o mecanismo de reversibilidade que introduzimos para
atenuar os cortes resultantes da convergência das pensões da CGA, ligado
ao crescimento da economia no futuro. Com circunstâncias mais
favoráveis teremos a possibilidade de atenuar esses cortes no futuro.
Mas, globalmente, a estes graves desequilíbrios orçamentais não
poderíamos responder com meras medidas pontuais, ou com novos aumentos
de impostos. O passado mostra que impostos aumentados pontualmente ficam
aumentados permanentemente. Também aqui teremos de fazer mudanças.
Queremos baixar os impostos de modo permanente. Contudo, isso só será
possível se não nos desviarmos do caminho de redução e controlo da
despesa.
Senhora Presidente,
Senhoras e senhores deputados,
Senhoras e senhores deputados,
Esta
proposta de Orçamento decorre de uma margem muitíssimo estreita de
escolhas que o Governo pôde fazer. As restrições financeiras permanecem
muito apertadas e esse factor pesou de forma premente sobre as medidas
que nela estão inscritas. Não escondo, nem nunca escondi, que vai ser um
Orçamento difícil. Difícil porque tem riscos de execução, o que exigirá
de todos nós trabalho redobrado no seu acompanhamento. E difícil porque
continua a fazer apelo a um grande esforço de toda a sociedade
portuguesa para o equilíbrio das contas públicas. Não há um único membro
do governo que não esteja consciente dos sacrifícios que estão a ser
feitos pelos Portugueses. Não há membro do governo que não se sinta
inspirado pela coragem, pela tenacidade e pela clarividência que os
Portugueses têm demonstrado a toda a Europa durante este ajustamento.
Mas por sabermos que se trata de um Orçamento que é muito exigente para
as famílias, para as empresas e para a Administração Pública, é que
procurámos nortear as escolhas difíceis que tivemos de fazer segundo
critérios de equidade e de justiça.
Em
primeiro lugar, convocámos para este esforço todos os sectores da
sociedade portuguesa, em particular os mais favorecidos. Sectores
tradicionalmente mais protegidos como as PPP, a energia ou a banca são
chamados a fazer um contributo sem quaisquer precedentes. Estas
contribuições extraordinárias sobre o sector energético e o sector
bancário, assim como as poupanças adicionais que, com persistência,
rigor e serenidade, conseguiremos acrescentar do lado das PPP, juntam-se
às derramas nacionais que, em sede de IRC, continuarão a assegurar que
as empresas de maiores rendimentos contribuem excepcionalmente mais do
que as outras neste tempo de emergência.
Em
segundo lugar, na política de rendimentos da Administração Pública,
assim como na convergência das pensões da CGA, os cortes serão
progressivos e os rendimentos mais baixos serão protegidos. No caso das
pensões mínimas, sociais e rurais, prosseguiremos a nossa política de
aumentos anuais, tal como temos vindo a fazer desde o Orçamento de 2012,
para proteger, e até aumentar, o poder de compra dos nossos
pensionistas mais vulneráveis. Estamos a falar de quase um milhão e
duzentos mil pensionistas que beneficiarão desse aumento – cerca de 40
por cento do universo total de pensionistas em Portugal. Para os
trabalhadores da Administração Pública reintroduzimos os prémios de
desempenho, que estavam congelados desde 2009, e estabelecemos prémios
de eficiência para valorizar o mérito e os resultados obtidos.
Em
terceiro lugar, como sabemos que não é a sociedade que se deve ajustar
aos encargos da organização do Estado, mas é a organização do Estado que
se deve adequar aos recursos gerados por toda a sociedade, reduziremos
novamente as despesas de funcionamento dos Ministérios. E reduziremos os
custos intermédios, através de poupanças obtidas com a Reforma
Hospitalar, com a centralização de compras de organismos do Estado ou
com a racionalização de custos nas áreas da Segurança e da Defesa.
Após
10 trimestres de contração da atividade económica, o segundo trimestre
de 2013 trouxe uma inversão, que será confirmada no terceiro trimestre
deste ano. 2014 será, portanto, um ano de crescimento económico, e de
crescimento económico sustentável, com um forte excedente na balança
externa. Queremos impulsionar o investimento, e a reforma do IRC que
propomos é um dos instrumentos centrais nessa estratégia. Reduziremos a
taxa do imposto, mas faremos mais do que isso. Abriremos, por exemplo,
um regime simplificado para pequenas empresas que se traduzirá num
considerável incentivo à sua atividade e estimularemos fiscalmente o
reinvestimento de lucros para gerar crescimento e emprego.
Também
neste domínio precisamos de estabilidade e de previsibilidade. Por
isso, reiteramos o convite e a disponibilidade para atender às propostas
do principal partido da oposição nesta matéria para reforçar esta
aposta estratégica nas nossas empresas e nos nossos trabalhadores. Será
também um importante factor, juntamente com a recuperação do rendimento
das famílias, na estabilização e aumento da procura interna para o
futuro.
Em 2014 iremos investir, logo
no início do segundo semestre, os fundos europeus provenientes do novo
Quadro Financeiro Plurianual. Será um instrumento central de
investimento para a economia portuguesa até 2020. Iremos usar esses
fundos segundo um novo paradigma e uma nova estratégia. Esta geração de
fundos europeus será posta ao serviço da competitividade das empresas,
da qualificação do capital humano, do emprego e da inclusão social. Por
outras palavras, será posta ao serviço das verdadeiras necessidades da
nossa economia e da coesão social. Para alavancar estes novos recursos,
para torná-los mais eficientes, para aumentar a transparência e a
concorrência na sua afectação, uma Instituição Financeira de
Desenvolvimento ficará encarregue da gestão e aplicação de uma boa parte
dos fundos. Será, não tenho dúvidas, um importante motor do crescimento
económico que queremos acelerar em 2014.
Os
fundos europeus serão igualmente importantes para reforçar as nossas
políticas ativas de emprego, em particular as que se dirigem ao problema
do emprego Jovem. Daremos início logo em Janeiro à Garantia para a
Juventude, que aprofundará alguns dos programas já em execução do
Impulso Jovem, mas que se abrirá para outras dimensões do compromisso de
garantir a todos os jovens desempregados uma ocupação profissional,
programas de formação profissional ou de aprendizagem, estágios ou
apoios para regressar à escola. Faremos da Garantia para a Juventude uma
verdadeira garantia de oportunidades, de aquisição de competências
recompensadas pelo mercado de trabalho e de experiências profissionais
que se repercutirão com benefício pela vida futura dos jovens
portugueses.
Senhora Presidente,
Senhoras e senhores deputados,
Senhoras e senhores deputados,
Sabemos
da dificuldade da tarefa que temos em mãos. E sabemos que esta proposta
pode ser melhorada. Apelo a todos os partidos que partilham dos
objectivos nacionais que temos de alcançar que apresentem melhoramentos e
alternativas razoáveis, realistas e dentro das metas que são
conhecidas, para as várias áreas que este Orçamento engloba. Estarão
desse modo a cumprir com mérito o dever solene de representação do povo
português. Também os parceiros sociais se devem juntar a este momento de
discussão e de deliberação. Terão certamente a melhor atenção dos
partidos políticos.
São grandes os
sacrifícios que os Portugueses têm feito nos últimos anos. Mas é
precisamente em nome desse esforço notável de mudança que precisamos de
fechar o Programa de Assistência e de não voltar a correr os riscos de
colapsos como o que tivemos em 2011. Dar sentido aos sacrifícios dos
Portugueses é não voltar para trás; é não revertermos o esforço que
estamos a fazer para reduzir o défice; é persistirmos nas reformas no
Estado e na economia. Os imperativos nacionais que estão em jogo não dão
espaço a hesitações nem a receios. Avançamos com realismo e com
esperança porque sabemos que não é tanto uma página que se fecha, mas
antes uma página nova que se abre. Não nos deixamos assustar pela
demagogia, nem pelo populismo. Estamos aqui para ultrapassar a crise e
criar as bases de um futuro de prosperidade com oportunidades para todos
os Portugueses. É isso que nos encarregaremos de fazer.» Primeiro-Ministro na apresentação do Orçamento do Estado para 2014, 31 Outubro de 2013 (http://www.psd.pt/?idc=4&idi=89749)
Só em 2014 é que a despesa pública poderá ser reduzida substancialmente, representando 80% do ajustamento orçamental? E porque é que não houve essa opção a partir de 2011, fundamentada numa profunda reforma do Estado? Porque a opção foi claramente pela intolerável tributação brutal sobre as Famílias e sobre as Empresas, dando continuidade ao desperdício de dinheiros públicos do monstro estatal que o PSD tanto contribuiu para erguer! Essa intolerável carga fiscal vai ser mantida e em certos casos aumentada em 2014! Só em ano eleitoral é que o Primeiro-Ministro prevê que seja diminuída!
Depois do líder da oposição falar
Ouvimos o primeiro-ministro a gritar
Qual actor autista a bem representar
A sua própria pessoa no papel de mal parolar
Que grande e tamanha indignação
Por tanto sacrifício sem fundamentação
Pela continuidade de um imenso desperdício
Que continua a alimentar tanto circular vício
Sem mácula disciplinar
A maioria parlamentar
Vota a fraude orçamental
Que mantém a carga fiscal
A um nível tão brutal
É um erro monumental
PP Pobre Portugal
PSD Péssimo Séquito Demencial
Mas eis que um deputado não se levanta
Não vai atrás da por detrás infanta
Que vai fazer então?
Vai votar com a oposição!
Ele agora é o único levantado
Quase tudo está sentado
Ao corte das despesas sem reforma
Não corresponde o fim da norma
De sobre tributação
Que não tem perdão
PP Paulo Portas e a sua ambição
E a sobrevivência do PC Pedregulho Coimbrão
Que estão estão
A fazer muito mal à Nação
Que na próxima eleição
Lhes vai dar a orientação
A deputada Teresa Leal Coelho
Não poderia ter um nome mais indicado
Na sua cumplicidade com Passos Coelho
Afinal a reforma do Estado já é passado
Antes de o ser já o era
Qual coisa qual ela
Como a pescada
Coitada!
Sem palmas foi aprovado
Mais um orçamento do estado
Irrealista como sempre
Vai lançar má semente
A câmara do tempo da imagem
Capta o presente indignado
E lança-o para o futuro na sua passagem
Transformado em passado
Mais um orçamento de estado
Mais um tão contestado
De punho erguido manifestado
Mas de que lado?
Da mão direita autocrática
Da esquerda não democrática
Que contribuiu para a ascensão dos traidores
Da actual maioria que impôs tantas dores
Defendem posições não defensáveis
De postos de trabalho não nacionalizáveis
Que todos os partidos empolaram
E os serviços públicos não necessitaram
Depois do líder da oposição falar
Ouvimos o primeiro-ministro a gritar
Qual actor autista a bem representar
A sua própria pessoa no papel de mal parolar
Que grande e tamanha indignação
Por tanto sacrifício sem fundamentação
Pela continuidade de um imenso desperdício
Que continua a alimentar tanto circular vício
Sem mácula disciplinar
A maioria parlamentar
Vota a fraude orçamental
Que mantém a carga fiscal
A um nível tão brutal
É um erro monumental
PP Pobre Portugal
PSD Péssimo Séquito Demencial
Mas eis que um deputado não se levanta
Não vai atrás da por detrás infanta
Que vai fazer então?
Vai votar com a oposição!
Ele agora é o único levantado
Quase tudo está sentado
Ao corte das despesas sem reforma
Não corresponde o fim da norma
De sobre tributação
Que não tem perdão
PP Paulo Portas e a sua ambição
E a sobrevivência do PC Pedregulho Coimbrão
Que estão estão
A fazer muito mal à Nação
Que na próxima eleição
Lhes vai dar a orientação
A deputada Teresa Leal Coelho
Não poderia ter um nome mais indicado
Na sua cumplicidade com Passos Coelho
Afinal a reforma do Estado já é passado
Antes de o ser já o era
Qual coisa qual ela
Como a pescada
Coitada!
Sem palmas foi aprovado
Mais um orçamento do estado
Irrealista como sempre
Vai lançar má semente
A câmara do tempo da imagem
Capta o presente indignado
E lança-o para o futuro na sua passagem
Transformado em passado
Mais um orçamento de estado
Mais um tão contestado
De punho erguido manifestado
Mas de que lado?
Da mão direita autocrática
Da esquerda não democrática
Que contribuiu para a ascensão dos traidores
Da actual maioria que impôs tantas dores
Defendem posições não defensáveis
De postos de trabalho não nacionalizáveis
Que todos os partidos empolaram
E os serviços públicos não necessitaram
Mas qual é que é o sentido
Para tudo o que tem sido sofrido?
As pessoas que com razão se manifestam
Perdem-se na confusão dos que protestam
A verdadeira e profunda reforma do Estado
Está por fazer realmente com os seus suportes
Senão não propunham tantos cortes
Nem mantinham Portugal tão tributado!
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