«Lisboa reedificada» pelo escultor Francisco dos Santos (1915), a representação da nossa querida capital é uma bonita representação da Nação Luso-Latina!
A Nação Lusitana fortemente vulnerabilizada desde o século XVI depois de Cristo por «sociedades políticas» e «elites» que não a respeitam e valorizam, que não contribuem para a realização do seu grande potencial, que com honrosas excepções, pouco semeiam e muito colhem, a Nossa querida Nação continua a aguardar que da Sociedade Civil se continuem a erguer Pessoas, Mulheres e Homens, que amam a sua Nação e que pela sua Ética Democrática e Cristã, de respeito profundo por todas as Pessoas, façam-se ouvir pelas suas vozes, pelos seus textos, pelas suas canções, pelas suas músicas, pelos seus desenhos, pinturas e esculturas, pela sua Cultura, Arte e Criatividade.
A Nação Portuguesa necessita de profundas e radicais reformas criativas, que vão às raízes dos problemas de Portugal, que são na sua essência, culturais!
É tempo de dizer basta! Há muito tempo que se devia ter iniciado a profunda reforma da «sociedade política» e do seu «Estado», que após séculos de acumulação de jogos de soma nula e negativa, continuam com as mesmas práticas de abuso de poderes mesquinhos, mesmo numa situação de fortes constrangimentos financeiros, como são os actuais.
Em vez de se iniciar essa profunda e justa reforma e com a cumplicidade dos financiadores externos o que se fez? Traíram-se as Pessoas pela falsidade, apoiando-se nos erros da anterior posição, para após legitimado democraticamente o novo assalto ao poder, carregar-se a mesma de pesados fardos sobre os que criam, criaram ou criarão Valor para a Nação, como sempre:
- Empresários responsáveis;
- Empregados responsáveis («privados» ou «públicos»)
- Desempregados responsáveis;
- Pensionistas que usufruem de reformas justas, que não se baseiam em reformas provenientes desses jogos de soma nula ou negativos;
- Famílias, Mulheres e Homens em geral, que são por exemplo, desincentivadas a com o seu Amor criarem Filhas e Filhos da Nação, que por sua vez, são desincentivada(o)s a estudarem e a exercerem as artes, ciências e profissões que merecem!
E essas «elites» o que fazem a si próprias, agindo em causa própria e numa perspectiva de grupo ou individualista, e não numa perspectiva universalista-nacionalista? Como Jesus Cristo disse numa perspectiva espiritual e a a propósito dos «escribas e fariseus», do poder religioso, «(...) atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.» (Evangelho segundo Mateus, I século depois de Cristo).
Quem são são essas «elites»? A actual «Nomenclatura do após 25 de Abril», que substituiu a anterior do após 28 de Maio, que substituiu por sua vez a anterior do após 5 de Outubro e assim sucessivamente na viagem ao passado, até chegarmos à que se instalou em Portugal após se ter tão bem semeado a «Epopeia dos Descobrimentos», com bons líderes e «elites», que Luís Vaz de Camões eternizou pela sua obra universalista, «Os Lusíadas».
Gravura «Ilha de Vénus» de Richomme (1817), da Edição de «Os Lusíadas» do mecenas Morgado de Mateus
Não interessam as pessoas em causa, não interessam nomes, interessam sim as causas sócio-culturais que têm permitido a existência deste Problema «oligárquico» há tantos séculos enraizado e que acaba por prejudicar essas próprias pessoas egoístas, bem como continuar a empreender os caminhos para a sua solução nas próximas décadas (já muito se fez ao longo destes séculos pela Sociedade Civil e apesar da Sociedade Política e das elites parasitárias), que permitam à Nação Portuguesa ser valorizada pelo seu grande Valor Cristão -Universalista e não tão humilhada, subvalorizada e atraiçoada como tem sido.
Simplificando, as Lusitanas e os Lusitanos são boas pessoas, criativos, flexíveis, com uma imensa capacidade de adaptação às restrições; individualistas, com muita dificuldade em se organizarem e se auto valorizarem, mas que bem liderados, com bons «catalisadores de Almas» como dizia o grande poeta Fernando Pessoa, conseguem realizar o seu potencial e ser notáveis! Foi assim que fomos até aos Descobrimentos, é assim que estamos a ser em diferentes actividades e em diferentes partes do Mundo.
A Sociedade Civil consumiu de mais o lixo materialista do Mundo materialista? Sim, mas foi extremamente estimulada a isso por via das pobres elites, que ganharam muita matéria na intermediação, grande parte das vezes de forma legal, mas não moral, no nosso Portugal ...
A Sociedade Política foi consumista? Sim, na sua subserviência aos seus interesses egoístas, induzida por interesses externos também. As oportunidades do aprofundamento da integração europeia foram «aproveitados» por esses interesses. Os ciclos de betão e alcatrão e de reprodução de poder são elucidativos, como o são o desperdício de fármacos, aquisição de automóveis ou de submarinos, por exemplo.
Muitos dos direitos adquiridos nos jogos de soma nula e negativa não têm sustentação, estão postos em causa. As reformas das elites definidas por elas próprias são legais? Sim, mas não são morais nem sustentáveis.
A despesa e a dívida públicas que os financiadores externos deixaram de financiar sem restrições, no contexto histórico de bloqueio do último ciclo de empolamento mundial, bem como os impostos que os financiadores internos têm de suportar, são uma boa manifestação do "Problema oligárquico em Portugal", legitimado democraticamente pela ilusão de contínuos ciclos político-eleitorais, de alternativas condicionadas de «mal menor».
Mas qual é a contínua acção e reacção do actual «Governo»? Seguir «religiosamente» a «bula», e enquanto pode, «ser mais papista que o papa», não negociar em nome de uma «credibilidade» que está e vai ser continuamente posta em causa pelos círculos viciosos que foram estimulados: não se atacou profundamente a «despesa pública» nas suas raízes, preferiram-se soluções rápidas de receita pública (impostos sobre a Sociedade Civil) ou de diminuição de despesa injusta junto de muitos empregados públicos e pensionistas que trabalham/trabalharam bem, deixando os empregados da Nomenclatura nas mesmas ou melhores posições, muitos deles denunciadores da anterior posição e mentores deste outro erro histórico, a acumular aos outros todos.
Há que renegociar (tempo, taxas de juro, medidas estruturais, ...), há que parar com os círculos viciosos que vão comprometer a realização dos objectivos financeiros, porque estão desfasados da bases estratégico-económicas que os poderão sustentar pela criação de valor no Mundo. Qual é a visão estratégica e económica do actual Governo? Ir atrás do que a Sociedade Civil com muito esforço tem conseguido e com muito sucesso em certos casos, graças ao excelente trabalho de décadas, de semear para colher, e extorquir-lhe parte ou mais que a colheita. «Muito fraco com os fortes, forte com os fracos», as posições de poder oligárquicas, com os seus feudos instalados continuam a rapinar livremente e legalmente, com reguladores dependentes dos regulados, com negócios protegidos pelos sistemas arquitectados sob influência pública, com rendas garantidas sobre o direito de passagem nos territórios sob controlo e onde se colocam pessoas da nomenclatura. Liberalismo? Livre concorrência? Não. É a sua negação em seu nome, com grande hipocrisia.
É fundamental acabar com estes feudos e criar sinergias, incentivar estratégias de cooperação, é fundamental que se semeie para colher frutos, que com as suas sementes permitam semear de novo: transformar círculos viciosos em virtuosos, jogos de soma nula ou negativa em jogos de soma positiva é um desafio para todos nós (nomeadamente para as tais nomenclaturas e elites) nas próximas décadas, até um dia (nos próximos milénios) deixar de haver jogos numa nova Civilização mais Espiritual que materialista, onde todos os Seres Humanos serão respeitados e valorizados, onde o Mérito é mais importante que a confiança, onde os fortes não exercem mesquinhamente o seu poder sobre os fracos, em que o Ser é mais determinante que o Dever Ser, em que as Mulheres e os Homens serão mais felizes no seu Amor e na sua relação com o Criador.
Lusitânia Romana em 125 d.C. (Andrei Nacu - Wikipedia)
Bandeira do Reino de Portugal (1139 d.C., Dom Afonso Henriques)
Bandeira do Reino de Portugal (1385 d.C., Dom João I)
Bandeira da República Portuguesa, resultante das anteriores do Reino de Portugal, e o «rectângulo» de Portugal (imagem da NASA), formado até 1249 d.C. (uma das mais antigas fronteiras da Europa, nos seus limites essenciais).
Como foi possível criar o Reino de Portugal e manter as suas fronteiras sob ameaça permanente de potências continentais expansionistas, como o foram o Reino de Castela (união com o Reino de Leão em 1230, união com o Reino de Aragão em 1486, conquistas de Granada em 1492 e de Navarra em 1512, neste caso por Aragão, integração pela força dos Reinos de Valência e Aragão entre 1700 e 1707), a República Francesa (início do século XIX) e o Reich Alemão no século XX? O mérito inicial da Nação Portuguesa e das suas elites e da mais velha Aliança do Mundo, com a futura potência marítima, a Inglaterra (iniciada em 1294, assinada em 1373 e confirmada ao longo de muitos séculos, com algumas excepções), foram determinantes. Entre 1580 e 1640 o Reino de Portugal manteve-se, mas com Reis castelhanos, que reclamaram a Coroa portuguesa por sucessão monárquica, após o apogeu e declínio no século XVI do «Império português», caído na batalha de Álcacer-Quibir (1578), com a participação de voluntários italianos e espanhóis, em aliança com a oposição ao poder em Marrocos e contra a posição em Marrocos apoiada pelo Império otomano, o crescente em ascensão que tinha conquistado Bizâncio em 1453.
Este foi o culminar de muitos erros cometidos pelas elites portuguesas no século XVI e acima de tudo, a vitória no Reino da cultura de colher sem semear, que se prolongou pelos séculos posteriores e que levaram à caricata situação de se estar ainda a discutir entre agricultura e indústria nos anos 50 do século XX, com consequências desastrosas para o desenvolvimento do País e que o lançam em cíclicas situações de ruptura financeira, face às péssimas opções em termos estratégicos e económicos por parte das pobres elites, que se habituaram a viver do mais fácil e que compromete constantemente o futuro de Portugal:
foi sempre mais fácil «explorar» do que desenvolver, nivelar o País por baixo e carregar fardos pesados sobre a Nação, com contínuos jogos de soma nula ou negativa. Neste sentido é peculiar a reacção do actual líder do governo português, que confrontado com os bloqueios aos caminhos mais fáceis escolhidos, em vez das Reformas profundas do Estado, refere claramente que o caminho se mantém: «atar fardos pesados» à Nação Portuguesa, sem envolvimento profundo da nomenclatura e das elites, que a profunda Reforma do Estado e do fim de direitos insustentáveis e não merecidos iria induzir: o Estado continua a desperdiçar milhões de euros todos os dias, que se acumulam ao fim de um ano em milhares de milhões de défice e de aumento da dívida pública, com custos de oportunidade desastrosos para a Nação Portuguesa, num sistema extremamente injusto e revoltante, que em última instância não beneficia ninguém, porque nos fragiliza a toda(o)s. É de facto preciso ser uma Grande e Nobre Nação para ter resistido a tudo isto, ainda com alguma mas decrescente liberdade e autonomia.
Onde estão as vozes que defendiam, ainda há pouco tempo, como em 1580, que o melhor caminho tinha sido o da integração na heterogénea Espanha, composta por várias Nações, agora infelizmente, também bastante fragilizada e ainda mais vulnerabilizada pelas equivocadas lideranças europeias de cultura continental? A aliança com as outras nações da Península, integradas no Reino de Espanha, deve ser cultural e económica, com mútuo respeito pelas suas identidades, com o desenvolvimento de sinergias e de jogos de soma positiva. As alianças políticas devem ter uma dimensão europeia.
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