LEGITIMIDADE IV - LEGITIMITATE IV - LEGITIMACY IV

«República»: Moreira Rato
Monarquia

A um governo que Adriano Moreira colocou em causa em termos de legitimidade real há uns tempos atrás, parece que lhe vai ser concedido um bónus de tempo legal, que pode prejudicar ainda mais Portugal. As Eleições Legislativas de 2011 interromperam um mandato de 4 anos e deveriam ter determinado um mandato de apenas mais dois anos, na minha opinião. Em 2013 deveríamos ter tido Eleições e nada do que se passou se deveria ter passado. Na prática o Governo, após ter ultrapassado os graves problemas de 2013, com o apoio da maioria parlamentar que não se desfez, com o apoio da oposição à oposição no PS, que não via em 2013 o momentum para a sua afirmação de poder, concretizada em 2014 in extremis, vai ter cerca de 4 anos e 3 meses de exercício do poder executivo, sustentada na base formal, muito desfasada da base real. E entretanto Portugal não fez uma profunda reforma do Estado que era profundamente necessária e que tinha sido um pressuposto eleitoral fundamental em 2011. A mesma só surgiu na agenda, com muita hipocrisia, com o descalabro de 2012, assumido pelo próprio Ministro das Finanças, que se demitiu em 2013, assumindo o seu grande erro (não ter começado pela reforma da «administração pública»). Mas não passou de um guião. De 2012 até 2014 vão mais de dois anos para ouvir doo Vice-Primeiro Ministro as palavras de que a responsabilidade está agora nos ministros, na execução do Orçamento do Estado para 2015. E entretanto o Estado continua a pagar responsabilidades imorais a pessoas que exerceram funções públicas decididos pelas mesmas (não interessam as pessoas em causa, mas sim o sistema de abuso de poder de representação da Sociedade Política sobre a Sociedade Civil, apenas travado por Sócrates, mas sem retroactividade), reformas «anormais» com dívidas, despesas públicas e impostos brutais!
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