Portuguese Minister of Finance and former Minister of Finance, now at IMF, unbelievable!
Maria Luís Albuquerque, Ministra das Finanças, referiu que a taxa de juro para o empréstimo que o Estado fez ao Fundo bancário que capitalizou o Novo Banco «corresponde ao custo de financiamento da linha da troika [mais] um spread de 15 pontos base [de] custos administrativos», num total de 2,95%, fundamentada da seguinte forma: «Este empréstimo não tem risco para os contribuintes»!!!
Depois desta atrocidade cometida contra o significante e ao significado risco, vejamos a entrevista que concedeu ao Diário de Notícias (DN), publicada em 18-10-2014:
DN: «Há mais risco na execução deste Orçamento do que houve nos três anteriores?»
Ministra das Finanças: «Tenho alguma dificuldade em fazer essa avaliação... (...) eu não diria que o risco é mais alto, salientaria que a tendência de crescimento de Portugal, ainda que não seja elevada, tem já muita consistência (...) Diria, portanto, que o Orçamento não tem mais riscos. Tem riscos como têm todas as previsões sobre o futuro.»
A partir dos dados do INE poderemos calcular a variação homóloga real do Produto Interno Bruto do 1.º semestre de 2014: 764 Milhões de euros (0,9%,), que seria negativa se a variação de existências de 872 Milhões de euros fosse nula. O aumento do consumo privado e do investimento, da Procura Interna, concentra-se em equipamentos de transporte, outros equipamentos e bens de consumo duradouro e semi duradouro com componentes importadas muito elevadas e está relacionado com o adiamento de aquisições cíclicas por causa da crise, que não serão sustentáveis, tal como a variação de existências. Não será essa Procura Interna, mas sim as Exportações, com componentes importadas menos elevadas, que mais têm contribuído para reduzir o desastre da desvalorização do Mercado Interno.
As Exportações de bens não energéticos e de serviços aumentaram em termos homólogos respectivamente,
3,6% (até Agosto), 1.010 M€ e
+4,9% (até Julho), das quais se destacam:
- Calçado (+112 M€, +9,1%),
- Vestuário (+188 M€, +11%);
- Plásticos (+125 M€, +8,3%);
- Mobiliário (+105 M€, +12,5%);
- Frutas (+55 M€, +30,8%);
- Peixes, crustáceos e moluscos (+41 M€, +11,3%);
- Bebidas (+44 M€, +6,7%);
- Farmacêutica (+97 M€, +21,6%)
- Aparelhos de Óptica (+49 M€, +14,6%);
- Equipamentos Mecânicos (+63 M€, +3,1%);
- Equipamento Automóvel (+177 M€, +5,5%);
- Alumínio e suas obras (+53 M€, +18,9%);
- Turismo.
Por mercados de bens salientam-se:
- Reino Unido (1.889 M€, +233 M€, +14,1%);
- França (3.802 M€, +130 M€, +3,5%);
- Alemanha (3.787 M€, +96 M€, +2,6%);
- Espanha (7.483 M€, +79 M€, +1,1%);
- Suécia (328 M€, +28 M€, +9,2%);
- República Checa (218 M€, +40 M€, +22,5%);
- Irlanda (112 M€, +25 M€, +28%);
- Estados Unidos da América (1.351 M€, +86 M€, +6,8%);
- Canadá (178 M€, +24 M€, +15,6%);
- Colômbia (41 M€, +25 M€, +62,4%);
- China (541 M€, +99 M€, +22,4%);
- Argélia (417 M€, +28 M€, +7,2%);
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