domingo, 26 de outubro de 2014

CRISE III - CRISIS III - CRISIS III


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http://images.tutorvista.com/content/fission-and-fusion/petroleum-occurrence.jpeg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Oil_Reserves.png
http://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum#mediaviewer/File:Oil_Reserves.png

Os modelos neo keynesianos (procura não sustentada) e as reações neo liberais (oferta não sustentada) são demasiado simplicistas, macroecómicos, redutores. Necessitamos de novos modelos muito mais complexos, que façam ligações entre as dimensões micro-meso-macro e culturais, económicas, sociais, políticas, geo estratégicas, históricas e filosóficas com variáveis qualitativas que transcendam o mero empirismo quantitativismo anglo saxónico pretensamente mais científico ou ou o mero teoricismo francófono.
Portugal está demasiado aculturado, O problema é essencialmente epistemológico, cultural e ideológico com o sistema de lentes de observação da realidade claramente insuficiente, demasiado focado em certas dimensões e desfocado de outras. Questões civilizacionais ligadas ao desenvolvimento do Capital a nível mundial (relação social), materialismo, dependência do «crescimento» desfasado do «Desenvolvimento» et cetera são temas que a Humanidade necessita de aprofundar. A resposta à grande crise liberal no século XX com maior integração no sistema do Estado e dos Empregados esgotou os seus efeitos até aos anos 70 e provocou a afirmação da reacção neo liberal nessa década (Chile - Escola de Chicago) e anos 80 (Inglaterra, EUA) com o crescimento das tensões potenciais entre as dimensões  financeiras e económicas a se amplificarem de uma forma colossal.
A crise que se manifestou em 2007 e 2008 colocou a nu todas as vulnerabilidades e potencialidades para uma nova abordagem mais complexa, mas os actores, as ideologias e os interesses são os mesmos, o status quo manteve-se, não houve nenhuma reforma cultural, cometeram-se o mesmo tipo de erros, com mais ou menos liberalismo ou mais ou menos keynesianismo.
Como dizia Gramsci no seu conceito de crise, «o velho está a morrer e o novo ainda não pode nascer». O Estado ligado ao Valor, a Soociedade Política a representar efectivamente a Sociedade Civil, a regulação real e acção sobre oligarquias, oligopólios, cartéis, paraísos fiscais e tudo o que permite o enorme desfasamento entre as cargas brutais sobre as Famílias e as Empresas não Financeiras sem poder dominante de mercado e a facilidade como se reproduz o status quo do sistema que se manifesta na protecção do Estado/Sociedade Política e das Instituições Financeiras e posições dominantes de mercado tem que ser resolvido a nível mundial.
Os negócios a nível mundial da Energia, da Defesa, do Automóvel et cetera ajudam a explicar muito do que se tem passado e está a passar. Há muito para estudar e actuar. 

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