Maria Luís Albuquerque, a Ministra das Finanças argumentou que a taxa de juro do empréstimo do Estado ao Novo Banco de 3.900 milhões de euros tinha uma taxa de juro idêntica ao do empréstimo ao Estado pela Troika, porque não teria «qualquer risco» (foto de Tiago Petinga / Lusa)
Agora refere que a Caixa Geral de Depósitos «pode ter perdas», «Objetivamente pode (...) Está sujeita a ter uma perda, como está sujeita a ter um ganho (...) é o preço de ter um banco público» «O Estado é acionista da CDG, encontrar-se-á na posição de ter o mesmo impacto que os acionistas dos outros bancos, faz parte das regras.». A Ministra das Finanças referiu que essas perdas potenciais, na verdade a probabilidade de acontecimento dessas perdas, o risco para a CGD, para o Estado, para a Nação, depende de «muitos ses». Incrível a atitude da Ministra, que não respeitou o conceito de risco!
E o inacreditável Primeiro Ministro reforçou:
Se houver algum prejuízo que resulte da operação da venda, esse prejuízo será suportado pelo sistema financeiro que é quem contribui para o Fundo de Resolução».
«Na medida em que existe um banco público que participa desse fundo e dessa responsabilidade, claro que esse banco, tal como os outros privados, suportará eventuais perdas. Nesse sentido, de forma indirecta pode haver algum prejuízo». Passos Coelho
Como é possível?!!!! Estão em risco 3.900 milhões de euros + a forte participação da CGD no sindicato bancário que emprestou 1.000 milhões de euros numa primeira instância. Numa segunda instância estariam em causa cerca de 30% dos 4.900 milhões de euros, o peso da CGD no sistema bancário português, que não inclui bancos estrangeiros como o Deutsche Bank, por ter a figura jurídica de sucursal em Portugal.
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