Intolerável e vergonhosa cena de abuso de poder de um agente da autoridade sobre uma jornalista no Chiado (Lisboa) em 22-03-2012: «Eu vou direita a ele para lhe mostrar o cartão e ele aí manda-me ao chão de novo, e começa-me a bater com o cassetete, e foi depois aí que o manifestante interviu e me veio ajudar a levantar e recuar para junto dos outros manifestantes ...» Patrícia Melo Moreira (jornalista da AFP) - fotos de hugo correia - fonte: blogue do jornalista Frederico Duarte Carvalho (http://paramimtantofaz.blogspot.pt/2012_03_01_archive.html)
JORNALISTA
Que missão tão nobre de procura de verdades
A incentivar a opinião das pessoas e da sua participação
Nas suas sagradas liberdades e responsabilidades
Em resultantes dialécticas de comunicação
A partir da descodificação e da codificação
Deveria ficar clara a alienação e a manipulação
O abuso de jogos de aculturada ilusão
Que levam a uma profunda decepção
A Cultura Democrática
Com a sua dialéctica socrática
De procura da verdade
Para as Pessoas da "Cidade"
Não para as submeter
Mas para as realidades entender
Tem na(o) Jornalista
Um(a) importante aliada(o) oportunista
Sempre à procura da oportunidade de abrir a mente
Na sua arte de bem informar quotidianamente
Perante muitos perigos
Tem que encontrar os sentidos
De significados para significantes
Que não se encontram nas estantes
Mas sim nas ideologias e praxis do preverso poder
Que está mais interessado no ter e dever ser do que no ser
A televisão pública despesista
Dirigida por uma pessoa tendenciosa
Depois de uma jornalista da verdade amistosa
Colocou um jornalista sensacionalista
A pior dimensão do individualismo oportunista
Que intoxica Portugal com a sua negativa cultura deturpada
Muito, mas muito televisionada e aculturada
Foi colocado perante o democrata e estatista estadista
Brilhante orador, sempre muito bem preparado
Não estava à espera de tal ardor em que foi apanhado
Pela mesquinha pressão de passado contraditório
Não foi às profundas verdades, foi ao acessório
Mal educado
E muito preconceituado
Foi muito descuidado
O jornalista tão "cuidado"
Fez «figura de parvo»
Mal preparado
Esqueceu-se da histórica relatividade
Que Sócrates argumentou sem dificuldade
Se a mesquinha intenção era brilhar
Deveria ter sido educado a escutar
E depois ser hábil a descodificar
A fragilidade de qualquer estatista a gastar
Mas a diferença entre o estatista mor
E o estatista em escala menor
É que Sócrates modernizou parcialmente o Estado "simplexmente"
E Cavaco Silva enraízou despesa pública permanente indecente
Que agora defende ferozmente
E conseguiu que este oportunista governo subserviente
Nunca tenha efectivamente arrancado
Com uma profunda reforma do Estado
Que profundamente e verdadeiramente
A Criação de Valor e o Estado Social sustente
Em vez da carga fiscal viciada e brutal
Que fez abater sobre as Empresas e Famílias de Portugal
Com a complacência do Tribunal Constitucional
Com a sua subjectividade sobre a (des)confiança, o des(igual) e o (des)proporcional
Como muito bem se salientou
E o mestre Vital Moreira evidenciou
A minha profunda homenagem a toda(o)s os jornalistas que ao longo de toda a História, do passado, presente e futuro, pela Verdade e Democracia, colocam em risco a sua Vida e Liberdade Pessoais e Sagradas, alvos fáceis da Tirania, da Ignorância e do Fanatismo ...