«Manipulation by media» found in http://www.materiaincognita.com.br/eleicao-nos-eua-sob-pressao-com-chantagem-inedita-da-velha-midia/#axzz2bu6wHy5w
A very good image of Manipulation of Portuguese economic reality by Government with the help of mass media:
«O Governo quer usar os sinais de melhoria da economia portuguesa para suavizar o corte que está obrigado a fazer na despesa pública. O Diário Económico sabe que este é um dos argumentos que será levado para a mesa das negociações, e que pelo menos do lado do FMI poderá ter acolhimento. Contudo, até ter luz verde da ‘troika', o Executivo está a preparar o Orçamento do Estado para 2014 (OE/14) com um corte de 3,6 mil milhões de euros na despesa, e com vista à meta de 4% do défice.
Um dos argumentos que o Executivo está a preparar para convencer a ‘troika' a suavizar o corte de despesa previsto para o próximo ano são os sinais de viragem da economia. O Diário Económico sabe que o Executivo vai defender que estes sinais têm de ser preservados, que ajudam à consolidação e que as expectativas de inversão do ciclo não devem ser defraudadas.» Margarida Peixoto e Bruno Faria Lopes «Diário Económico» 12/08/13
Mas que «sinais de melhoria da economia portuguesa» se podem observar nas estatísticas?!!!! What kind of better signals we can see in statistical data for Portuguese Economy?!!!!
A partir dos últimos dados disponíveis do Instituto Nacional de Estatística (INE) é este o panorama: a desvalorização empolada do Mercado Interno continua e as actividades económicas ligadas parcialmente aos mercados externos têm volumes de negócios mais favoráveis, mas o crescimento das exportações desacelerou de 2012 para 2013, o que se torna mais evidente se excluirmos o contributo dos combustíveis da GALP Energia.
Based on the latest available data from the Portuguese National Statistics Institute this is the panorama: the devaluation of the Internal Market continues and economic activities partially linked to external markets have turnover more favorable, but export growth slowed from 2012 to 2013 which becomes more evident if we exclude the contribution of fuel by GALP Energia.
O 2.º trimestre apresenta dados menos desfavoráveis do que o 1.º semestre? Mas os dados de Junho, incluindo as exportações, são bem piores! The second quarter was better than the first hhalf of 2013? But the data of June was really worst!
Posteriormente, o INE divulgou em 14-08-2013 a estimativa rápida da variação do Valor Acrescentado adicionado do Imposto sobre esse Valor líquido de subsídios à produção, o Produto Interno Bruto:
Produto Interno Bruto
Dados encadeados em volume (ano de referência=2006)
Taxa de variação homóloga, %
Confirma-se uma taxa de variação real fortemente negativa em relação ao 2.º trimestre de 2012 (-2%), o que implica uma variação homóloga no 1.º semestre de 2013 bastante superior à previsão do Banco de Portugal para o final do ano (-2%). A variação positiva em relação ao 1.º trimestre de 2013 (1,1%) não é ainda um sinal de melhoria, ainda por cima influenciado por uma Páscoa no 2.º trimestre versus uma Páscoa no 1.º trimestre e com as variações desfavoráveis em Junho, nomeadamente nas Exportações de bens. As Exportações de Serviços continuam a ser influenciadas positivamente pelo Alojamento turístico que viu os seus proveitos aumentarem no 1.º semestre de 2013 em relação ao 1.º semestre de 2012 em 4,9%, 10,7% de Junho a Junho.
Incrível a manipulação do Governo pela voz do Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros do mesmo dia (não é por acaso, provavelmente):
«É fundamental continuar a trabalhar e não abrandar a
consolidação orçamental (...) Os dados do INE vão na mesma linha,
consolidando a ideia de que o caminho e o programa de ajustamento
tem sentido, faz sentido e dá sentido aos esforços dos
portugueses.
(...) Portugal conseguiu o melhor resultado entre os parceiros europeus (...) é preciso olhar para isto com prudência (...) trata-se de sinais que demonstram que faz sentido o caminho que tem sido percorrido (...) é preciso continuar a trabalhar para que os resultados se consolidem, ganhem consistência, e que 2014 possa ser de estabilização.
(...) a necessidade de rigor e esforço vai além do programa (...) mesmo depois da saída da troika, o País terá de assentar o seu crescimento em bases mais sólidas para não voltar a ter uma situação destas, o que vai exigir rigor.
Não vale a pena começarmos a achar que o esforço foi todo desenvolvido e que podemos entrar numa lógica de menor rigor em relação às despesas do Estado. Estas exigências vão-se manter, ainda que estes resultados sejam positivos e dêem sentido aos esforços que têm sido feitos pelas famílias e empresas».
Até o jornalista Nicolau Santos «engoliu a pílula dourada» no seu blogue «Keynesiano Graça a Deus» (http://expresso.sapo.pt/keynesiano-gracas-a-deus=s25615):
(...) Portugal conseguiu o melhor resultado entre os parceiros europeus (...) é preciso olhar para isto com prudência (...) trata-se de sinais que demonstram que faz sentido o caminho que tem sido percorrido (...) é preciso continuar a trabalhar para que os resultados se consolidem, ganhem consistência, e que 2014 possa ser de estabilização.
(...) a necessidade de rigor e esforço vai além do programa (...) mesmo depois da saída da troika, o País terá de assentar o seu crescimento em bases mais sólidas para não voltar a ter uma situação destas, o que vai exigir rigor.
Não vale a pena começarmos a achar que o esforço foi todo desenvolvido e que podemos entrar numa lógica de menor rigor em relação às despesas do Estado. Estas exigências vão-se manter, ainda que estes resultados sejam positivos e dêem sentido aos esforços que têm sido feitos pelas famílias e empresas».
Até o jornalista Nicolau Santos «engoliu a pílula dourada» no seu blogue «Keynesiano Graça a Deus» (http://expresso.sapo.pt/keynesiano-gracas-a-deus=s25615):
«Governo pode abrir o champanhe»
A dimensão do crescimento é a grande surpresa, mas não o
fim da recessão, Vários sinais se vinham acumulando nesse sentido:
criação de postos de trabalho, melhoria do índice de confiança dos
consumidores, aumento da produção industrial.
Mas são as exportações que voltam a ser o grande motor
desta recuperação, como resultado quer da melhoria da conjuntura
europeia, quer do maior número de empresas nacionais que se viraram para
o exterior para conseguirem sobreviver.
As boas notícias não se ficam por aqui. Se nos dois
últimos trimestres do ano se continuarem a verificar crescimentos
positivos, então a recessão prevista para esta ano, que já tinha sido
corrigida de 2,3% para 2% pelo Banco de Portugal, pode ainda ficar
abaixo deste valor, deixando claramente em aberto a possibilidade de em
2014 a economia portuguesa voltar a registar um crescimento anual
positivo.
É claro que ainda há riscos que ameaçam este
desempenho. O primeiro tem a ver com a conjuntura externa, que pode
voltar a deteriorar-se. O segundo está ligado ao Orçamento do Estado
para 2014, que será ainda bastante restritivo, o que travará o
crescimento económico.
Contudo, em termos globais, tudo indica que a recessão
acabou e que Portugal está de volta ao crescimento. Não será o país que
tínhamos antes de 2008. Mas sempre será melhor do que este que tivemos
nos últimos três anos. E a possibilidade do PSD voltar a ganhar as
eleições de 2015 deixa agora de ser uma miragem.»
Espantoso! Nem uma referência a todos os indicadores negativos que aqui salientámos, nomeadamente os relativos às próprias exportações e aos -2% de variação homóloga do PIB no 2.º trimestre de 2013!!!
Que nos libertemos de perspectivas keynesianos e liberais!!!