TROVAS DOS VENTOS QUE FLUEM
Escutamos nos ventos que fluem informações
Muitas falsidades e confusões
Das superiores para as inferiores pressões
Fluem os ares com muitas desilusões
«Trova do vento que passa»
Trova do vento que passa
«Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz.
(...) Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não.» Intérprete: Adriano Correia de Oliveira
Letra: Manuel Alegre Música: António Portugal
http://www.youtube.com/watch?v=McRqaiBmIT4
«Said the straight man to the late man Where have you been I've been here and I've been there And I've been in between. I talk to the wind My words are all carried away I talk to the wind The wind does not hear The wind cannot hear. I'm on the outside looking inside What do I see Much confusion Disillusion All around me. You don't possess me Don't impress me Just upset my mind Can't instruct me or conduct me Just use up my time I talk to the wind My words are all carried away I talk to the wind The wind does not hear The wind cannot hear.»
CURRICULUM VITAE
Tanta altivez
Para tamanha mesquinhez
Machete Passos Portas
CURRICULUM VITAE com partes nas hortas
Omitidos os sinais comprometedores
De quem causou, causa e causará tantas dores
Vis, muito vis, não são merecedores
De tantos e tão poucos delegados poderes
São agora autênticos usurpadores
Que muitas e muitos trovadores
Poderão denunciar e cantar
Para o tempo eleitoral os espantarCACIQUE REGIONAL
O cacique regional
Rasgou o jornal
Porque dele dizia mal
Como é muito natural
Que ser tão autocrático e brutal
Que a verdade leva a mal
Defende as ilhas como seu bananal
Continuamente atraiçoa Portugal
MAIS VALIA
Eram todos do partido
O banco fazia para eles sentido
Por cada euro dois euros e meio
Que investimento tão feio
Mais valia que tivessem vergonha
Que devolvessem a peçonha
Mas não, está feito está feito
A nacionalização foi mesmo a preceito
Mas dormem tranquilos com a tributação?
Quem na verdade financiou foi o cidadão
Que suportou a falsa valorização
Ficam-se pelo legal, não têm moral nem perdão
INVESTIMENTO
Começou em quinhentos
Já vai em mil e duzentos
Sim, milhões de euros, de dores
Por um novo terminal de contentores
Passar da margem norte para a margem sul do Tejo
Para depois transportar para a margem norte?
Mas que sorte!
Mas qual é o sentido? Não o vejo ...
Não se vê o túnel da Trafaria
Nem qualquer tipo de boa via
Aproveitar águas mais profundas?
Cuidado Governo por onde te mais afundas
E contigo arrastas Portugal
Que governas muito mal
Não respeitas o interesse nacional
Só tens suporte legal, não tens legitimidade moral
De novo Adriano Moreira, de novo ideias já anteriormente salientadas, agora no seu texto «As perguntas inquietantes» publicado no Diário de Notícias de 6-8-2013 (http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3358979&page=-1):
«É natural que a
instabilidade governativa se traduza num aumento das inquietações das
sociedades civis que vão sofrendo os efeitos colaterais das decisões em
que não participam, e que inscrevem na soma dos planos de futuros de
vida de cada um, as mais graves incertezas e ainda dos seres que estão à
sua responsabilidade mais direta, nas comunidades de afeto a que
pertencem.
(...)
Não vai seguramente servir de luz ao fundo do
túnel a teologia de mercado que tem prejudicado a observância dos
princípios de solidariedade da União sobretudo quando, como tem
acontecido no caso português, o orçamento parece preencher todo o
conceito estratégico nacional, com os ministros a discutirem com
funcionários do sistema o regular desempenho dos seus compromissos, em
vez de fazerem ouvir as vozes dos atingidos pela fronteira da pobreza no
Conselho Europeu, falando como iguais, e usando o poder da voz contra a
voz dos que parecem afetados pela vocação do diretório, sem prestarem
atenção à secundarização dos órgãos da governança instituída pelo
debilitado Tratado de Lisboa.
Infelizmente o credo do mercado
parece não reparar no efeito colateral que é o capitalismo de
catástrofe, que implica a fadiga tributária, o desemprego, a quebra de
produtividade, a pobreza violadora da dignidade humana, uma situação que
alguns países, que não servem nem de exemplo nem sequer de lembrança,
dominaram com total esquecimento do Estado de direito.
(...)o mercado necessita de limitações éticas, incluindo
responsabilidades sociais, mas não parece que até agora o poder da voz
consiga dominar a voz do poder, em grande parte sem domicílio e
identidade conhecidos. A linha da pobreza está em processo de
aprofundamento, a linha da ética não aparece reforçada. O futuro da
Europa exige que as duas linhas se encontrem, e que o regresso à
autenticidade, isto é, à coerência entre o anunciado e o feito,
incluindo o reconhecimento dos erros cometidos, voltem a ser fatores de
solidariedade entre as sociedades civis e as governanças nacionais e
supranacionais legalmente definidas, evitando o progresso alarmante da
quebra de confiança entre ambas (...)»
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