As Exportações de Bens e Serviços das Empresas Portuguesas em 2012 contribuíram com um acréscimo de 2,4 Milhões de euros para um superávite da Balança Comercial de 111 Milhões de euros.
Em 2012 as Empresas Portuguesas conseguiram realizar um notável Volume de Negócios nos mercados externos de bens (+2.477 M€, +5,8%). Os mercados extra União Europeia foram decisivos, aumentaram o seu peso no total para 29% (25,6% em 2011) e foram responsáveis por 87,6% do aumento (+2.170 M€)!
Apesar do forte contributo dos produtos refinados de petróleo da GALP (combustíveis), o aumento é bastante significativo sem os mesmos (+1.706 M€, +4,3%), face ao meio ambiente adverso na Europa, no Mercado Interno (muitas das empresas que exportam estão dele maioritariamente dependentes) e de situações e custos de contexto que permaneceram em Portugal (Logística, Energia, Financiamento, Seguro de Crédito, Tributação, ...). Só com estratégias bem concebidas e realizadas ao longo de anos, foi possível este sucesso.As ameaças em 2013 são muito fortes, mas continuam a existir oportunidades e potencialidades por realizar. A austeridade europeia, a política de moeda forte, o trauma da Alemanha em relação à inflação que permite a actual valorização do euro nos mercados cambiais, são fortemente prejudiciais às exportações intra e extra União Europeia. A recessão na Europa já não só uma realidade do castigado Sul, é uma clara tendência na maioria dos países da União. A miopia na abordagem da dívidas soberanas está a implicar outras lentes na sua abordagem, face aos círculos viciosos que se criaram e se estão a criar.
É extraordinário que o Governo de Portugal por via do seu péssimo Primeiro-Ministro, venha agora colar-se ao decréscimo das Exportações ao longo de 2012 para a Alemanha e para a Espanha, os dois principais mercados, que foram compensados pelos acréscimos para a França, Holanda, Reino Unido, Itália, República Checa, Hungria, Roménia, Grécia, ... para justificar alterações às previsões para o Produto Interno Bruto e suas componentes completamente irrealistas que apoiaram o incrível Orçamento para 2013 (resultante de -1%) em vésperas da 7.ª avaliação da Troika. Passaram 6 meses sem qualquer revisão. Que grande mistura entre desonestidade intelectual, falta de ética (obviamente que o Orçamento com uma previsão de -2,5% a -3,5% baseado na tributação teria sido impossível de apresentar e defender) e profunda incompetência (porque nos enterra ainda mais, com o adiamento de medidas que deveriam ter sido tomadas com o Orçamento do lado da despesa).
Foi extraordinário como também se tentou colar ao sucesso das Exportações em 2012, quando só as prejudicou com a sua subserviência à cultura negativa da penalização geradora de círculos viciosos.
Criámos um conjunto de quadros e gráficos acerca do Comércio Internacional de Bens 2012/2011, com base nos dados do INE e do EUROSTAT:
Actualizámos os dados do Comércio Internacional da União Europeia agora já com os 12 meses de 2012, recentemente disponibilizados pelo EUROSTAT:
Source: EUROSTAT
Como podemos observar Portugal teve um contributo positivo para o aumento das Exportações na União Europeia (1,8% em 2012, aumento de 5,5% acima da média de 3,3%) e também para o aumento do seu superávite (8,9%), fruto da forte diminuição das Importações, esse sim, mérito da Troika, do Governo e da Banca, mas infelizmente, com overdose de restrição da Procura Interna, com aumento empolado de insolvências e de desemprego e não por substituição de importações. É impressionante a atitude de Instituições Financeiras, fortemente responsáveis pela dimensão da Crise que se começou a manifestar a partir de 2007, que passaram de um empolamento artificial da Procura Privada e Pública para cortes radicais e extremistas, nomeadamente em contas correntes caucionadas que foram viciadas na prática da renovação anual durante muitos anos, colocando na pior altura as empresas perante a necessidade de amortizarem limites de crédito, muitas vezes integralmente utilizados. Ao contrário do que o simplismo e a leviandade de António Borges referem acerca da Crise, perderam-se e vão-se perder muitas empresas que seriam saudáveis e viáveis no futuro por responsabilidade da super Troika = Governo + Banca + Troika!
Vamos agora desagregar as Exportações Portuguesas de 2012 por Países, ordenadas em valor (Milhões de euros) por ordem decrescente :
Complementarmente, vamos observar as Exportações Portuguesas agrupadas por Continentes:
A finalizar observamos as Exportações por bens:
Vamos também desagregar as Exportações de Serviços, em que se continua a destacar o Turismo com um aumento de 460 M€ (+5,6%) e um forte peso no total:
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