quarta-feira, 8 de agosto de 2012

EUROPA - EUROPA - EUROPE


 Representada por «Europa» do escultor Euclides Vaz (1958)

A delicada e bela Europa («Ευρώπης») equilibra-se sobre Zeus enamorado e transformado em touro, segundo a Mitologia Grega. 

No sítio «Views of the World» (http://www.viewsoftheworld.net/?p=2098) podemos encontrar esta magnífica representação das exportações da Alemanha (Germany) em 1991 e 20 anos depois em 2011, criada por Wirtschaftszeitung AKTIV and Benjamin D. Hennig (University of Sheffield), sob a licença Creative Commons CC BY-NC-ND 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/):


Salienta-se claramente, o grande crescimento do peso relativo do «Leste Europeu» e da China, mas também o crescimento do peso da Índia, do Brasil e da América. A «Europa Central e Ocidental, a sua zona de influência histórica, perdem peso, mas mantêm-se como mercados predominantes. Repare-se como Portugal tem ainda uma forte expressão relativa à sua dimensão (cerca de 0,7%). A Integração Europeia, formalmente iniciada em 1957  com a Comunidade Económica Europeia (CEE), favoreceu de uma forma determinante a Alemanha, com a sua forte capacidade de produção bens de equipamento e de químicos, vendidos num Mercado Interno Europeu com uma Zona Monetária com baixas taxas de juro e crédito bastante empolado.
Com os dados das Exportações da Alemanha em 2011 do Instituto Alemão de Estatística (Statistisches Bundesamt), criámos o seguinte quadro:

Se considerarmos o Saldo da Balança Comercial na sua relação com as Exportações da Alemanha em 2011, o peso determinante da Europa Central e Ocidental ainda é mais saliente, face ao forte superavit que consegue realizar, em contraste com o elevado deficit com a China, com a Rússia e em menor valor absoluto, com outros países da Europa de Leste.
As cadeias de valor Metálicas (Ferro-Aço, Máquinas, Automóveis, Construção Naval) e Químicas da Alemanha expandiram-se pela Europa com o suporte do Euro e do Crédito fácil e barato. Os desequilíbrios causados perante países como Itália, Espanha e Portugal com especializações produtivas vulneráveis a uma moeda forte foram manifestos. Consideramos perfeitamente inadmissíveis as vendas de submarinos fabricados na Alemanha a Países como a Grécia e Portugal, com processos judiciais de corrupção a decorrerem na Alemanha. Consideramos também inadmissíveis as importações excessivas de automóveis (forte apoio à aquisição de carros novos em ambiente de crise)e de fármacos que o Serviço Nacional de Saúde Português absorveu de uma forma supérflua e extremamente dispendiosa, com acções extremamente agressivas e perversas de Marketing, sendo muitos dos medicamentos deitados para o lixo ao longo de décadas. Em relação às Máquinas sim, muitas delas foram extremamente úteis na modernização e inovação das empresas portuguesas.

A Alemanha precisou, precisa e precisará da Europa e vice-versa.
A falta de bom senso das afirmações sobre a Europa por parte da Posição Conservadora e Liberal na Alemanha contrastam com o bom senso das afirmações da Oposição Social Democrata e Ambientalista Germânica: de um lado a demagogia relativa ao esforço Alemão e à preguiça dos endividados, à necessidade do castigo, da austeridade, da diminuição generalista do valor dos empregados; do outro o apelo a não serem ainda mais prejudicados os países como a Grécia, a Irlanda, Portugal, a Espanha, a Itália, ...; por um lado a defesa demagógica do contribuinte Alemão, da moeda forte e sacro santa, para nunca mais acontecer um fenómeno de desvalorização monetária, como aconteceu na Alemanha no século XX, que na prática bloqueia a extinção do fogo ateado e expandido; do outro o apelo à acção europeia integrada em termos de Política Económica, que retire o espaço de manobra concedido ao ataque ao Euro, da crise de confiança instalado, por via nomeadamente, da mutualização das dívidas soberanas, da acção eficaz do BCE e de um rigoroso controlo orçamental comum.
O programa eleitoral do Partido Social Democrata SPD para 2013 vai ter o contributo de Juergen Habermas, de Peter Bofinger e de Nida Rumeli.
Os debates democráticos e as próximas eleições na Alemanha serão extremamente importantes para toda a Europa, havendo neste momento, tendências que apontam no sentido da vitória eleitoral da Oposição Democrática Alemã. Para já a Alemanha está a sofrer a retracção da Procura para a qual o Governo Alemão tem contribuído fortemente. Em França já foi dado o sinal democrático de mudança por parte das Pessoas Francesas. A palavra vai ser dada às Pessoas Alemãs! Que a resultante dialéctica seja favorável à Alemanha e a toda a Europa!



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