(DES)ENVOLVER
Prosperitate (fortuna), que pode ser efémera, ficar aquém
Ou progressus (andare avanti), que pode ser indelével no Ser?
Prefiro o significante Desenvolvimento, que no seu significado vai mais além
Vem do verbo latino volvere (far girare), no sentido de envolver
Significante que nos é muito querido
Com um significado por nós muito sentido
Envolver na decisão, na acção, na evolução, a Cidadã e o Cidadão
Desenvolver a “Cidade” pela sua profunda participação
O desafio é mais qualitativo e de endogeneidade
Do que quantitativo e de exogeneidade
Mais de aprofundamento cultural-espiritual
Do que aculturação de tendência material
Muitas toneladas de betão e alcatrão
Foram dos interesses “globais” e “locais” uma manifestação
De uma profunda, materialista e intoxicante intersecção
Que muito estão a prejudicar a Lusa Nação
A despesa e a dívida têm que corresponder
Sócio-económica eficiência
Sócio-cultural e política eficácia
Para a Valorização de Portugal e das Pessoas acontecer
O estímulo à Economia não pode ser como no passado
Tem que ser profundamente alterado
A questão não é com exogeneidade, crescer
O desafio é com endogeneidade, (des)envolver
Roman statue of Fortuna (IV after Christ), photo by Sailko ((Wikipedia) http://simple.wikipedia.org/wiki/Fortuna_%28mythology%29#/media/File:Fortuna,_rielaborazione_romana_da_originale_greco_del_IV_secolo_ac._con_testa_non_pertinente,_da_tor_bovicciana_%28ostia%29,_inv._2244.JPG
O significado que utilizei para prosperidade foi o de boa fortuna («sorte»), que implica felicidade, com bases que podem ser vulneráveis (condições favoráveis com risco de se tornarem desfavoráveis), resultante contigente, por contraponto ao caminho tendente à criação contínua de bases sustentadas de tendente felicidade, pelo progresso, pela evolução, pelo desenvolvimento, que vai das sementes aos frutos e de novo às sementes, para uma Sociedade e um Mundo tendentes ao bem estar e ao bem Ser. Portugal tem que semear muito mais e parte do que colhe, voltar a semear, como fez até ao final do século XV. A partir daí tem prevelacido a cultura do negativo, do se colher o que não se semeia (as oligarquias, as corporações, os interesses de grupo, o clero, o mundo financeiro e estatal são exemplos), a cultura da fortuna (com a suas sortes boas e más e os seus jogos de soma negativa) e não do desenvolvimento que necessitamos.
«Fortuna» Tadeusz Kuntze-Konicz (1754)
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