Idália Moniz, ex Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação no Centro Regional da Segurança Social de Santarém (http://www.oribatejo.pt/2010/07/05/seguranca-social-assina-protocolos-com-varias-ipss-do-distrito/): preservar e melhorar o que bom se fez e acabar com o sistema injusto que protege o passado e presente e desprotege o futuro
SEGURANÇA SOCIAL
Era uma vez mais um grupo de trabalho
Motivado pela reforma profunda das pensões do Estado
Mas que se sentiu ludibriado
Porque afinal o Governo não queria o tema aprofundado
Era só e como sempre tapar buracos
Para a Troika e o Governo continuarem a sua hipocrisia
De fingir que estão a rumar muito bem os barcos
Para uma saída da tempestade e da histeria
Este desgoverno está a trabalhar muito bem para as forças que defendem pulsos fortes
Para tirar Portugal do seu sal de azar e das suas más sortes
Porque neste sistema de muitos interesses viciado
Não se tira Portugal do seu estatuto de pobre e coitado
É mais um contributo nefasto deste péssimo governo em interesses bloqueado
Porque as necessárias, profundas e justas reformas da Sociedade Política e do Estado
Não podem nascer da força, mas sim do democrático consenso
Numa dinâmica de melhorar o bom e de anular o mau, de partilha de bom senso
A perspectiva tem que mudar radicalmente da defesa do status quo injusto
Para a defesa da viabilidade e sustentabilidade da segurança social
Num Portugal que para aumentar o valor acrescentado importa muito num susto
Que tem uma população em decrescimento e cada vez menos ideal
Com cada vez mais reformados e menos trabalhadores
Com cada vez mais idosos e menos jovens, cada vez mais desempregados
Cada vez menos protegidos na sua realização, cada vez mais emigrados
A forte desvalorização e crescente dívida pública, causa ao futuro cada vez mais dores
E perante esta grave situação Social, Económica e Demográfica
Qual tem sido a resposta Democrática?
A defesa das gerações que beneficiaram de muitos direitos e poucos deveres
Que com total impunidade têm comprometido levianamente o futuro dos Lusos Seres!
Margarida Côrrea de Aguiar, participante no grupo de trabalho do Governo (entrevista à Lusa 08/07/2013):
«Não creio que as medidas anunciadas, quer as que
estão vertidas no relatório do Fundo Monetário Internacional, quer
o anúncio das reduções de pensões feito pelo Governo (...) resolvam os
problemas de fundo da Segurança Social (...) as questões
de fundo da Segurança Social são demográficas e económicas
(...) não se pode
confundir a resolução de problemas de curto prazo e objectivos de
tesouraria com objectivos de longo prazo e com sustentabilidade (...) reflectir sobre as
condicionantes da Segurança Social, designadamente do sistema de
pensões, e identificar o problema e eventuais caminhos para o resolver.
(...) O
Governo está preocupado com a actual crise e com o problema das
finanças públicas, mas não vejo razão nenhuma para que não se reflicta
sobre o nosso sistema de Segurança Social. Uma coisa não prejudica a
outra (...) num momento destes, seria adequado
estudar ajustamentos e melhorias a introduzir no sistema (...) coisa diferente é pensar em reformas e
medidas que porventura implicassem mais meios financeiros com impactos
no curto prazo (...)»
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