Frank Carlucci, him wife and Francisco Sá Carneiro
The Latin roots and sensibility of Frank Carlucci save Portugal from stalinists and Kissinger and make him an other heroe of Portuguese Democracy!
We know very well this in Portugal: the flexible and realistic ambassador of United States of America in Lisbon (Portugal) since December of 1974 until February of 1978 won him dialectic with the rigide, levian , amoral and not realistic Secretary of State Henry Kissinger about the diagnostic, prognostic and therapeutic for Portugal.
Henry Kissinger, better Heinz Alfred Kissinger, supported a lot of monstruous atrocities in the World like in Portuguese, Latin and Chhristian East Timor, with him point of view of an conservative falcon with Germanic and Judaic roots (was born in 1923 in Fürth - Bavaria).
Frank Carlucci tell to us after about XL years, him memories about Portuguese Revolution by an excellent interview to
Expresso (Ricardo Lourenço with photos by Melissa Golden 25-4-2014):
«(...) [Kissinguer] tomou uma posição muito forte, segundo a qual Portugal era um caso perdido para os comunistas (...) devia ser isolado. Eu não concordava e tive várias discussões com ele. (...) Fiz tudo o que pude, apresentei os meus argumentos e fiquei desiludido com ele, explicando-lhe que os seus comentários estavam a empurrar Portugal para os braços dos comunistas. (...) "Se é assim tão esperto, porque não é você a fazer os comentários em nome do Estado americano?" Eu aproveitei e disse-lhe: "Muito obrigado. É o que farei." (...) Durante os primeiros seis meses em que estive em Portugal, os comunistas tentaram consolidar as suas posições. (...). Foi apenas quando decidimos pressionar a realização de eleições que as coisas começaram a ficar mais claras. A partir daí, Mário Soares foi para a rua, a Igreja Católica e os padres ficaram preocupados (...) de que os comunistas iriam tomar o poder (...) e alguns dos coonservadores assumiram uma linha mais moderada, em vez de procurar alguém na extrema-direita para reassumir o poder. Tudo se transformou num movimento do povo português (...) com natureza conservadora (...) amor pela Igreja e medo do comunismo. Tudo começou no Norte.
(...) os militares, e digo-lhe isto como antigo secretário da Defesa, só são bons quando têm uma clara ideia sobre a sua missão. Enquanto parte do complexo militar da NATO, Portugal seria responsável pela defesa do flanco sul (...).
Eu e Vasco Gonçalves estávamos habituados a ter longas e tensas discussões, a maioria delas filosóficas. Ele gostava de falar sobre o socialismo, sobre o marxismo e eu tentava perceber por onde é que ele queria ir. (...) simpatizava com as teses comunistas (...) provavelmente era comunista. (...) Não sei se era controlado, mas certamente simpatizava com a União Soviética.
(...) [Mário Soares] era um líder de grande coragem e integridade. Além disso tinha o maior partido. Os socialistas eram, na minha opinião, a maior esperança para restaurar a democracia em Portugal. A minha perspectiva era que os três partidos democráticos [PS, PPD e CDS] tinham de trabalhar juntos (...) Mas os socialistas eram os mais fortes e tinha a convicção de que venceriam as eleições. O Departamento de Estado tinha uma ideia diferente. (...)
(...) fornecemos bastante apoio moral. A maior parte do apoio financeiro veio do SPD Alemão.
(...) Espanha devia ser o último país a intervir em Portugal. Seria desastroso. Enviei várias mensagens ao meu Governo de que não devíamos tentar envolver Espanha, mas não se Henry Kissinguer prestou alguma atenção ao que lhe disse. (...)
Eu não sabia que Kissinguer estava a tentar convencer Franco. O que sabia era que eu insistia com o Departamento de Estado para que não formasse nenhum tipo de aliança com Espanha. Seria um erro. Da mesma que forma que argumentava contra a independência dos Açores (...) fui até Washington e pressionei todos aqueles com quem me encontrei, como por exemplo (...) o director da CIA (...) e Henry Kissinguer. Garanti a todos, que (...) seria desastroso (...) reforçaria a esquerda radical em Portugal e o antiamericanismo. Seria um presente para o Partido Comunista.
(...) Nunca conheci Spínola na minha vida. (...) O que sei dele é que favorecia os grupos mais conservadores, que alguns classificariam de direita.
(...) Portugal era uma peça importante no puzzle da altura, com uma influência desproporcional ao seu tamanho, devido à sua participação na NATO e à posição geográfica na Europa. Acredito que se os comunistas têm sido mais inteligentes e a sua liderança um pouco semelhante à de Enrico Berlinguer, líder do PC Italiano, eles teriam conquistado o poder. Não penso que as tácticas de Álvaro Cunhal tivessem o apoio do povo. Ele era demasiado estalinista e 'pouco português' . Tinha estado muito tempo exilado. Se têm adoptado uma posição mais moderada, teria sido mais difícil lidar com eles. (...) se eu tivesse sido líder do PC, teria adoptado uma estratégia diferente. Um comunismo soft. O povo português é muito conservador e não queria uma mudança revolucionária, mas apenas liberdade e ver-se livre da ditadura. (...) Passei muito tempo a estudar o povo português (...). Li tudo o que pude. O [Vernon] Walters (...) passou por Portugal. Éramos muito amigos e aprendi bastante com ele.
[Don´t resist to comment:: Cunhal was the other face of the same coin shared with Salazar, tirants, with a strong rigidity, squares like Kissinguer, only by brutal force could have power, Salazar give a strong force to Cunhal and PCP, the only Communist Party in Occident of Europe with significant votes that blocked alternatives for Socialist Party. The strong Partito Comunista Italino (PCI) with the open roots of Gramsci was in other world and it evolution to actual Partito Democratico (PD) in the great majority of it members was very natural]
(...) Pinto Balsemão (...) articulado, hábil (...) inteligente (...). Teria sido um líder mais flexível do que Sá Carneiro (...) Sá Carneiro acusou-me de várias coisas (...) Por exemplo ficou muito chateado quando o Walter Mondale (...) veio a Portugal (...) O Sá Carneiro achava que tinha o direito natural a uma reunião à porta fechada com Mondale e o Mondale não queria. (...)
Portugal é uma história maravilhosa! Um país longe do seu império que depôs um regime fascista, que esteve à beira de nova ditadura, reagiu e instalou uma democracia que funciona. Tornou-se um exemplo, um modelo. Atrevo-me a dizer que Espanha não teria enveredado pela democracia se Portugal não o tivesse feito primeiro. E isso contagiou a América do Sul. (...) Aconteceu o contrário do que Kissinguer previu.
[Ditadura de 1926-1974] (...) Portugal enfrentou uma experiência traumática , mas no final, conquistou um grau diferente de maturidade. Ninguém hoje fala de um Portugal instável do ponto de vista político. Fala-se de novas eleições. O processo democrático está consolidado e isso é uma enorme história de sucesso (...) A natureza do povo português , que é conservador, bastante inteligente e comprometido com a democracia.
(...) O que Portugal está a atravessar é um processo muito difícil, mas as instituições democráticas não se vão esboroar por causa disso. Os portugueses gostam de liberdade e eles não vão desistir facilmente, pois sabem o que é viver numa ditadura. (...)
O canal de escape da insatisfação será as eleições. Os portugueses são sempre um pouco fatalistas (...) há dois anos, estavam mais fatalistas (...) Factos reais combinados com a tendência de olhar para o pior da coisa (...) eu não sou um guru do FMI e não posso dizer quanta austeridade é precisa, mas sei que quando Mário Soares era primeiro-ministro, e nós colocámos em prática uma série de empréstimos do FMI, eles insistiam em austeridade. A dada altura tomei a posição de enough is enough, não podíamos impor demasiada austeridade numa democracia tão frágil.
(...) Há um ponto em que a partir do qual o povo reage, mas estamos longe disso.»
Thank you very much Frank Carlucci, a Latin person that understood very well the Portuguese reality and values, much more better than Kissinguer, Salazar and Cunhal that prejudiced very much the Lusitanic and Latin Nation ...
Frank Carlucci and him wife Marcia McMillan Myers
Carnation over «Terreiro of Revolution» photos by Clara Azevedo http://www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/a-chuva-de-cravos-sobre-o-terreiro-da-revolucao-333600#/18), Hommage to the Captain Salgueiro Maia other heroe of Portuguese Democracy (photo by Pedro Nunes http://www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/25-de-abril-2014-333583#/13) and carnation in Terreiro do Paço (da Revolução).
Leader of PS (opposition) in all senses above the position (the acultured, false and bad prime minister). When we can we vote in next elections (2014 for a better Europe, 2015 for a better Portugal)! Photo by Enric Vives Rubio (http://www.publico.pt/multimedia/fotogaleria/25-de-abril-2014-333583#/10)
Demonstration to commemorate the Revolution after XL years in Avenida da Liberdade (Liberty Avenue)
Created by the sculptor João Cutileiro «Monument to the Revolution of 25 April, Lisbon, Portugal» in a photo by Francisco Santos (Wikipedia) http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.pt
João Cutileiro have a very beautiful sculpture (1981) in the lac of the Palace of Mateus near Vila Real (Portugal):
Photos: I http://amigos-de-portugal.blogspot.pt/2012/11/mateus.html; II by António Quaresma Rosa; III-IV http://doublemgroup.com/doublem/douro-casa-de-mateus/; V http://clubedearqueologia.blogspot.pt/2006_11_01_archive.html; VI by João Paulo Coutinho; VII http://www.clararesende.pt/noticias3.html; VIII http://www.roteirododouro.com/patrimonio/palacio-de-mateus