segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

NAGASAKI

AMOR ET POTESTAS ... PAX


Statues in Nagasaki Peace Park, a city founded by Portuguese Navigateurs ,,,

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

JESUS E DEUS - IESUS ET DEUS - JESUS AND GOD


Nasceu Jesus
Da nascente de Deus
Com o seu Verbo e Luz
Que tanto nos seduz

Afirmou-se a Liberdade do Ser e o Amor
Sobre toda a falsidade, todo o poder e dor
Mulher e Homem receberam o seu fruto e flor
Para realizarem o seu imenso potencial tão sedutor

A longa, difícil e dialéctica Evolução
Com a sua contínua afirmação e negação
É o complexo e possível caminho divino
Para a Humanidade no seu devir e destino

Ao dever ser dos mandamentos para as humanas crianças
Propôs Jesus os seu aprofundamentos para futuras adultas pessoas
Para o desenvolvimento do Ser
Para além do ter e do dever ser

Mas o grande impulso que foi transmitido
Que a muitas e muitos faz sentido
Não é por muitas e muitos ainda vivido
Parcialmente realizado, parcialmente perdido

Da semente à germinação
Da florificação à frutificação
Passa a estação
Outono, Inverno, Primavera e Verão

E o fruto dá uma nova semente
Numa cultura permanente
Que vai da antiga escravidão e tirania
À feudal servidão e monarquia

E do Capital liberal e ainda oligárquica e formal democracia representativa
À Social-Individual Liberdade real e aprofundada Democracia participativa
Do elevado condicionamento natural
A um elevado condicionamento artificial

Mas que dialecticamente cria grau de liberdade cultural
Para um grande descondicionamento do ter material
E para um imenso aprofundamento do Ser Espiritual
Num profundo Humanismo Universal

A Utopia
De num bonito dia
Haver harmonia
Entre o real e a potência

Quando o poder se ligar ao Amor
Reinará o Príncípe da Paz
Que nos mostrou que podíamos vencer o ali jaz
E ligarmos-nos ainda mais ao Criador

Não predominará mais a maldição do anel de ouro
Nem o bipolar jogo do urso e do touro
O nibelungo ardiloso e ladrão do Meno
Perderá o ouro para as inocentes ninfas do Reno

Sobre o condicionado conservadorismo e limitado liberalismo
A Liberdade real de todas as Pessoas em Sociedade se afirmará
Sobre a tirania, a ignorância e o fanatismo
O Amor prevalecerá

Não existiu nenhuma queda do paraíso profético
Existiu sim o nascimento Humano neste mundo dialéctico
Com complexas teses, antíteses entre o Bem e o mal
Entre a afirmação da Vida e a sua negação, natural

Todas as cargas negativas de individual sobrevivência e afirmação
Se ligam às cargas positivas de social Amor e negação da negação
Complexa e aparentemente irónica condição
Mas seria possível outra divina solução?

Penso que não ...
O Criador não é na minha muito limitada percepção um mágico
O que conhecemos até agora é que tudo tem um potencial fantástico
A semente e o ovo dão-nos a noção da potencial realização

O criador criou o que nós conceptualizamos como leis
Uma cadeia infinita de relações de causa e efeito, que transcendem os reis
Realizações de potencialidades
Dos universos e microrganismos até aos Cidadãos e às suas Cidades

E as ciências podem captar melhor as leis naturais e materiais
Do que as leis humanas e espirituais
Mas as últimas são-nos mais próximas que as primeiras
Estão dentro de nós e nos outros as verdades derradeiras

Existe o que se chama a armadilha da fé
Quem não procurar e não acreditar nunca saberá o que É
O ateu (nega THEO) tem fé no vazio, tem a certeza que o Criador não existe
O agnóstico (nega GNOSIS, conhecimento), mais humilde, apenas não sabe

E certos fanáticos manipulados pelo poder, certeza absoluta pretendem ter
Mas não conhecem e procuram impôr a sua fé sobre os outros para ter poder
É bem mais simples o caminho para sentir Jesus e com Ele comunicar
Basta acreditar que é possível, Ser criança e procurar ...


domingo, 20 de dezembro de 2015

REINO DE PORTUGAL VIII - REGNUM PORTUGALIS VIII - KINGDOM OF PORTUGAL VIII


REINO DE PORTUGAL VIII (1862-1908)


Após o triste falecimento de seu irmão
Luís I passa a liderar o Reino por monárquica sucessão
E vai-se unir em 1862 à Casa de Saboia, a Maria Pia
Filha do primeiro Rei da unificada Itália

Que em 1870 se completa com a conquista de Roma
Que nos deu o nosso Latino cromossoma
Em 1871 organizam-se as Conferências do Casino Lisbonense
Ao mesmo tempo que se ergue o germânico império com a sua capital berlinense

Fruto de uma forte industrialização
De muita força, demasiada força e união
Enquanto no atrasado Portugal
As progressistas Conferências são interrompidas muito mal

Do bom reinado de Pedro V, a anterior liberdade de opinião
Mesquinhamente sofreu a proibição
«O Socialismo» por Jaime Batalha Reis, «A República» por Antero de Quental,
«A Instrução Primária» por Adolfo Coelho sofrem um bloqueio governamental

«Causas da Decadência dos Povos Peninsulares» por Antero de Quental,
«O Realismo como Nova Expressão da Arte» de Eça de Queiroz,
«A Questão do Ensino» por Adolfo Coelho não sofrem a decisão atroz
Muito mal, mas muito mal caminhava o Reino de Portugal

Adolfo Coelho foi muito claro, mais tarde, ao lançar na terra sementes:
«(...) a existência de um povo, por cuja educação os governos (...) quási nada fizeram
(...) e que todavia tem boas qualidades que contrastam (...) com as dos chamados dirigentes»
«Viajantes (...) buscaram sôbre essas qualidades a esperança da nossa futura regeneração», que ficaram

Em 1872 simplifica-se no título «A Origem das Espécies», na sua sexta edição
A obra de 1859 de Charles Darwin, que inclui a sua teoria da Evolução
Com a hereditariedade e o meio ambiente na  sua interacção
Para o pensamento humano dá-se uma nova revolução

Em 1878 a irmã dácia-latina Roménia finalmente
É declarada independente
Doce, docemente
Portugal vai ter na tão bonita Romania um Rei descendente

Em 1875 é fundado o Partido Socialista Português, com José Fontana mentor
Antero de Quental como fundador
Jaime Batalha Reis como militante impulsionador
A Associação Internacional dos Trabalhadores e Marx como suporte inspirador

O Hino «A Internacional» deixa-nos satisfeitos
A Nós que amamos os Humanos Seres:
«Não mais direitos sem deveres
Não mais deveres sem direitos»

Nasce em Lisboa, em 1877, Júlio Vaz Júnior
Grande escultor quando sénior
Com a sua obra a ir do seu «Adamastor» no miradouro de Santa Catarina
Até à sua «Eloquência» no hemiciclo parlamentar a ver tanta ruína

Passando pela «Austera» República, agora no Terreiro do Paço, um achado
Ao pé da «Simplicidade» no Ministério das Finanças, cuja modelo era sua neta
Filha do seu genro Augusto Reis Machado
Cujo cinzel da sua arte era a oratória e a caneta

Augusto Reis Machado nasce em 1887, em Lisboa
Que vai desenvolver uma cultura humanista tão boa
Familiar do compositor Augusto Machado e de Jaime Batalha Reis
Extraordinária Pessoa, Professor, Orador e Escritor com obra publicada e nos seus manuscritos papéis

A filha do escultor e mulher do pensador, Maria Júlia, vai ser pintora de aguarelas
Que tornavam as suas representações tão belas
Sua mãe Maria Emília, muito bonita, era filha de Maria Joana Mavigné e neta de uma irlandesa
Maria O´Keefe Bornman, nascida em Bristol e mãe em 1828 em terra portuguesa

Assim se voltaram a ligar celtas e luso latinos
Com Amor e por familiares destinos
Nesta querida Nação
Sempre aberta à Universalização

Entretanto o Fontismo ligado a Fontes Pereira de Melo
Vai fazer crescer entre 1868 e 1889 as obras públicas em infraestruturas
Mas o seu construído castelo
Não tinha sustentadas estruturas

Foi baseado em dívida pública perante Inglaterra
À incipiente Economia de nada servia
As pontes, estradas e ferrovia
Sem o desenvolvimento da indústria na Luso-Latina Terra

E como não se criou suficiente Valor
Aumentou-se a tributação
Sobre a vulnerável Nação
Para se pagar despesa, dívida e juros com dor

Que geram revolta e rotativismo
Depois da derrota do Partido Popular depois Reformista
Entre o Partido Regenerador fontista e o Partido Progressista
A estabilidade da corrupção e do caciquismo

Na inconsequente oposição
O Partido Socialista Português e o Partido Republicano ficarão
E em «Uma Campanha Alegre» de uma modo indelével
Em 1890 e 1891, Eça de Queiroz é implacável:

«(...) A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
(...). Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade
(...) A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade
e na inércia.

O povo está na miséria.
(...) O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia.
Vivemos todos ao acaso.
Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo!

Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés.
A ruína económica cresce, cresce, cresce...
O comércio definha, A indústria enfraquece.

O salário diminui.
A renda diminui.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o aluguel. A agiotagem explora o juro …(…)»

Eça por via da sua arte vai satirizar a mediocridade
De uma amesquinhada sociedade
Nos seus romances
Dá aos personagens muitas e poucas chances

A industrialização transforma matérias primas
E as mesmas eram abundantes em terras africanas
A corrida às mesmas despoleta a ambição colonial
Da Inglaterra, da França, da Alemanha, da Itália e de Portugal

Em 1885 o «Mapa Cor-de-rosa» é desenhado
Que ligava Angola a poente
Com Moçambique a nascente
Em 1887 do Cairo a Norte até ao Cabo a Sul o caminho inglês é traçado

E a intersecção
Provoca uma luso-britânica colisão
Em 1890 a mais antiga aliança treme
Com o ultimato inglês de Victoria, o governo português cede

Em 1888 nasce o imenso poeta Fernando Pessoa
Na maravilhosa e muito bonita Lisboa
O seu futuro universalismo
Vai-se ligar ao camoniano humanismo

No final de 1889, tinha Carlos I subido ao trono
Por contínua sucessão monárquica desde Guimarães
Depois de ter casado em 1886 com Amélia de Orleães
E convivido com a «Vida Nova» as suas ideias de reforma com monárquico patrono

Com o movimento em que participavam Oliveira Martins e Guerra Junqueiro, futuro «Vencidos da Vida»
Com Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, passaram da socialista utopia à aristocracia iluminada
Tendo esperança que se pudesse transcender a oligarquia da Carta Constitucional
Com o novo monarca do Reino de Portugal

Vã ideia, as parcas sortes tinham um fatum delineado
O rei vai na teia ser enredado
A objectividade das tendências históricas
Vão-se cruzar com a subjectividade das pessoas

Com Portugal na bancarrota, avança a tributação
Os inquéritos industriais de 1881 e de 1890 servem para a estatal absorção
E não para a Portuguesa valorização
Estala em 31 de Janeiro de 1891 no Porto, uma falhada republicana revolução

A ameaça paira no ar
Carlos I reage com diplomacia ao conflito com a velha aliada
O seu protagonismo permite-lhe receber o novo rei Eduardo VII, na sua primeira visita
Lisboa o vai com um Parque homenagear

Mas as parcas sortes continuam a tramar
Em Carlos I germina a semente da falhada geração
Que o incentivou à iluminada e desastrosa intervenção
João Franco é apoiado realmente para a dor ditar

Carlos I atrai sobre si a negatividade do ditador e da situação:
«Considerando que as coisas aqui não iam bem,(...) decidi fazer uma revolução 
(...) em todos os procedimentos do governo daqui, uma revolução a partir de cima, 
fazendo um governo de liberdade e de honestidade, com ideias bem modernas, para que um dia 

não me façam uma revolução vinda de baixo, que seria certamente a ruína do meu país.»
O que queria evitar atraiu, fatal como o destino detestado
«(...) não se apaga fogo lançando-lhe lenha.» ainda diz
Ao seu ditador provisório, a propósito das dívidas da Casa Real ao Estado

Mas ele próprio estava a fazer e vai fazer o mesmo ao dizer
Que esteve à espera da opção pela ditadura até ter encontrado alguém com carácter
E que «Teremos eleições, teremos seguramente a maioria» dos poucos eleitores
Que tinham dinheiro para votar, eram do sexo masculino e estavam abertos às negociatas com os ditadores

Republicanos e dissidentes do Partido Progressista decidem-se pela força
O golpe de Estado falha e a vingança do ditador Franco torna em Vila Viçosa sinistra a caça
O monarca da Casa de Bragança, em que o seu primeiro líder influenciou a oligarquia que controla Portugal
Terá dito: «Assino a minha sentença de morte, mas os senhores assim o quiseram.», fatal ...

Extremistas e fanáticos fazem um regicídio no regresso a Lisboa da família real
Carlos I e o seu herdeiro do trono são assassinados no Terreiro do Paço
«Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal» 
Diria no final da sua vida Amélia de Orleães. Cai também o apoiado ditador de aço


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Esculturas de Giovanni Ciniselli, Monumento ao Marquês Sá de Bandeira na Praça e Jardim Dom Luís em Lisboa

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9a/Revolutionary_Romania_by_C_D_Rosenthal.jpg
România revoluţionară, pintada por Rosenthal em homenagem a Maria Rosetti (1850), heroína nacional romena https://en.wikipedia.org/wiki/Constantin_Daniel_Rosenthal#/media/File:Revolutionary_Romania_by_C_D_Rosenthal.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDZW_HBLdqSQO8xSgryBymrU_bxYSl77OH67kPJLG1whyphenhyphen3mbVd4YB06jvLUGz5Mdi3WjeEPYjaSzSpzlzLlo4lUa7to440n6G7ycZfNRona0TxOqJUHHQxKwJn8N-BVGGL0nc9zx7zilY/s1600/Peles+Castle+Winter.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/Peles_castle_garden.JPG/800px-Peles_castle_garden.JPG
http://worldalldetails.com/article_image/sinaia_romania_peles_castle_548748.jpg
Peleș Castle (1873-1914, inaugurado em 1883) - Sinaia - Roménia https://en.wikipedia.org/wiki/Pele%C8%99_Castle#/media/File:Peles_castle_garden.JPG



Maria O´Keefe Bornman, irlandesa, que nasceu em Bristol, Reino Unido, mãe de Maria Joana Mavigné em 1828 e avó de Maria Emília Mavigné mulher do escultor Júlio Vaz Júniorhttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/65/Mapa_Cor-de-Rosa.jpg

Mapa Cor de Rosa (1885) https://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_Cor-de-Rosa#/media/File:Mapa_Cor-de-Rosa.jpg


https://ephemerajpp.files.wordpress.com/2011/05/ps_medalha_0002.jpg?w=700&h=https://ephemerajpp.files.wordpress.com/2011/05/ps_medalha_0001.jpg
Medalha do 1.º centenário do Partido Socialista Portugês (1875-1975) http://ephemerajpp.com/2011/05/14/ps-medalha-do-1%C2%BA-centenario-do-socialismo/


Eça de Queiroz pelo escultor Teixeira Lopes (1903)
http://www.geocities.ws/atoleiros/images/D_Carlos_Praia_de_Cascais-aguarela.jpg
«Cascais» por Carlos I (1906)
http://www.geocities.ws/atoleiros/images/carlosIregicidio.jpg
Regicídio no Terreiro do Paço por Cyrus Cuneo (1908)


REINO DE PORTUGAL VII - REGNUM PORTUGALLIS VII - KINGDOM OF PORTUGAL VII


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0e/Flag_Peter_V_of_Portugal.svg/957px-Flag_Peter_V_of_Portugal.svg.pnghttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a1/Flag_Portugal_%281830%29.svg/957px-Flag_Portugal_%281830%29.svg.pngA bandeira pessoal do bom Rei Pedro V e a bandeira liberal | Personal flag of the good King Pedro V and the Liberal flag

REINO DE PORTUGAL VI (1853-1861)

Em 1853 falece a corajosa mãe
Na sua nobre missão de dar vitae
Seu filho Pedro lhe sucede muito novo
E vai ser muito querido pelo Povo

Educado por Alexandre Herculano
Se valoriza o seu Ser humano
Ano após ano
Se cria um nobre Latino Lusitano

«Aquela alma pura, aquela grande inteligência»
Dizia de Pedro V o seu educador
Do Rei que com a sua Rainha Estefânia sentiu o Amor
E que com ela se dedicou ao Humanismo, à Educação, à Saúde e Beneficência

«Escrevemos para um povo dormente a quem convém despertar,
para cegos ((...) que não querem ver) a quem cumpre restituir a luz
Ao escrever o ouvimos falar
Com a sua sensibilidade que nos seduz

«Passou a (...) torrente de ouro (...) e só ficaram os hábitos de luxo
(...) preguiça dos (...) senhores (...) miséria (...) o que tinha até agora o triste remédio no suor dos escravos,
só pode achar remédio no trabalho dos senhores (...) para que a indústria nasça» e haja mais que centavos
Escrevia em 1832 Mousinho da Silveira iluminado sobre o senhorial e desvalorizado lixo

Para diminuir o peso das sisas, velho tributo sobre a troca
E aliviar os senhores para os incentivar à industrialização
Para que se desenvolvesse a Nação
Mas a sua legislação teve praxis oca

Apenas o oportunismo
Do já visto devorismo
Mera transferência do ter
E tão pobre que continuava o Ser

Mas Pedro V «afirmou o primado da pessoa humana
(...) no Portugal, em crise, dos novos tempos,
e numa época (...) sujeita ao materialismo» do termos
Afirmou o grande Augusto Reis Machado da Nação Lusitana

«O capitalismo, (novo poder absoluto, já não de reis, mas da gente de dinheiro) ligado ao industrialismo,
começava a conquista do mundo. E como reacção do operariado, escravisado à máquina e ao capital, surgia o socialismo:
a antiga doutrina renovada da sociedade omnipotente.» escreveu o Historiador sobre a Pessoa real

Em 1858 «Grundrisse» de Karl Marx são publicados
Do «Capital»
Histórica relação social
As causas e os seus efeitos são analisados e perspectivados:

«(...) a redução geral do trabalho necessário da sociedade a um mínimo, com o correspondente
desenvolvimento artístico, científico etc. dos indivíduos no tempo tornado livre, e com os meios criados para todos eles. (...)
É assim que Marx via o potencial do Capital para a realização dos humanos Seres, do potencial deles
Na múltipla e contínua síntese dialéctica entre tese e antítese, na sua contradição e resultante:

«Capital ele próprio uma contradição em movimento
(...) Por um lado chama para a vida todos os poderes da ciência e da natureza,
como a combinação social e o intercurso social, para tornar relativamente independente a criação de riqueza
do tempo de trabalho empregado nela. Por outro lado, quer usar o laborioso tempo

para as gigantescas forças sociais assim criadas, como régua de medição
e confiná-las dentro dos limites requeridos para manter como valor o valor já criado, [actual].
Forças de produção e relações sociais - dois diferentes lados do desenvolvimento do individual social - aparecem para o capital como meros meios, e são mero meios para produzir na sua limitada fundação.»

Portugal vai ficar muito distanciado
Deste futuro anunciado
Sobre Pedro V prossegue Augusto Reis Machado
«Foi no seu reinado

que se iniciaram os grandes melhoramento materiais:
o caminho de ferro e o telégrafo eléctrico» só em 1856 iniciado
De Lisboa ao Carregado, o que em 1825 na Grã Bretanha tinha sido criado
Na Grécia do século VI antes de Cristo eram os caminhos de calcário e escravas as energias essenciais

«O seu pensamento porém ia muito mais além,
ia no sentido de modificar os costumes e a mentalidade portuguesa» e transcender o vintém
«É na instrução e educação que a sua acção governativa mais se faz sentir.»
«Escreveu o rei que se impunha «a criação de cursos desenvolvidos de literatura e de história»», e partir

Daí partir ««(...) para o estudo das ciências que tão desavindas andam com as letras.»
«Outras medidas (...) se ligam (...) a extinção (...) de escravatura (...) a abolição das varadas,
e, pode dizer-se, da pena de morte.»
Defendida por Pedro V, coube mais tarde a Portugal tal sorte:

Em 1867, foi o primeiro Estado a nível mundial a prever constitucionalmente tal Humanidade
E com a sua concretização o grande humanista Victor Hugo elogiou mais tarde:
«Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. 
(...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. 

A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. 
A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos.»
A vocação Luso-Latina, Humanista Cristã, Universalista tentava de novo emergir do ócio e do ópio
Em que as oligárquicas lideranças tinham enredado Portugal, tais esforços se mostrariam vãos

O desafio que tinha sido lançado a toda a Humanidade do primado do Amor
Por profunda ligação ao transcendente Criador
Pelo muito querido, nomeadamente entre as mulheres e demais tiranizados, Jesus
A dar sentido ao aparentemente ausente Deus

De Jesus a Luz
Que tanto nos seduz
O Amor e a verdadeira Liberdade
Para toda a Humana Cidade

E nos propôs Jesus, para amarmos os nossos próprios inimigos
Para além dos nossos cônjuges, filhos, familiares, colegas e amigos
Assim Amar e respeitar toda a terrestre Humanidade
Ter tolerância e pena de quem ficar desfasado da Verdade e da Liberdade

Disse que vinha precisamente para libertar os chamados pecadores
E de todas as suas profundas dores
Em vez de múltiplas penas e da pena capital
Deu-lhes Amor incondicional

Ao poder religioso dominante
Desmascarou a sua profunda hipocrisia
Que depois foi repetida em seu Nome, que revoltante
Que monstruosa e dialéctica ironia

Emergiu até uma «santa inquisição»
Que tiranizou a Humanidade
Escarneceu da sua bondade
E não respeitou o profundo significado do seu Perdão e Salvação

De toda esta brutalidade, tirania e opressão
A Humanidade europeia procurou a sua libertação
Através da idolatrada Ciência e Razão
Da Natureza e das satânicas igrejas, ditas de Deus, ilusória emancipação

Manifesta-se num Kant, que sintetiza a marítima indução com a continental dedução, a crítica da razão
E aos seus limites, como aos limites e «Crepúsculo dos Deuses» de Wagner, se juntam a sua negação,
Um profundo vazio e frustração se manifesta num Nietzsche na sua dimensão niilista
E a profunda angústia num nórdico Kierkegaard existencialista

Mas o Wagner romântico, de 1853 a 1874, cria um grande obra
Der Ring des Nibelungen, O Anel do Nibelungo, uma tetralogia
De Das Rheingold, O Ouro do Reno, a Die Walküre, A Valquíria,
De Siegfried a Götterdämmerung, Crepúsculo dos Deuses, o fim para o início que sobra

O germânico Wagner aborda a fundamental relação entre o Amor e o poder
Que na maldição do fabricado anel de ouro das Ninfas roubado
Todo o Ser (Nibelungo, Deus, Semi-Deus, Gigante, Herói, Valquíria) é enredado e tramado
O Amor vai perder para o mesquinho poder ter

Excelente relação com o Deus criador
Que por Jesus nos liberta da dor
E o britânico Tolkien no vergonhoso tempo da guerra germânica
O tema da escravidão do anel de ouro vai retomar, com o Bem a vencer a força tirânica

Na sua futura grande obra The Lord of Rings, O Senhor dos Anéis
Um Mundo é criado, com terras e reinos, com muitos seres, linguagens e reis
De novo o Amor e o poder, por via de uma semântica fantástica
Com os significantes a ligarem-se aos significados de uma forma mágica

De volta ao Luso Latino Reino
A ameaça da falta de saúde e da pobreza paira no ar
Após muita Humanidade, dedicação, sacrifício, empenho e treino
Em 1859 um contágio vitima a Rainha Estefânia, ao que o amado Rei um Hospital vai lhe dedicar

Vinda das margens das águas das Ninfas do Danúbio, perto da nascente do Reno
Irmã de Carol, futuro primeiro Rei Romeno
Escreveu a sua mãe: «Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade»
De grande Humanista inteligência, sensibilidade e bondade deixou nos luso-latinos grande saudade

«A sua expressão tem o que quer que seja de ideal,
tão boa e profunda é... Julgo verdadeiramente haver tão poucos homens tão pouco egoístas como ele... Sentimos que nos entendemos todos os dias cada vez melhor, que somos feitos um para o outro» disse dele
Sobre o seu amado Rei, que muito a amava a Rainha de Portugal.

Pedro não resistiu à perda da sua mulher
Deixou-nos a obra e as palavras do seu novo Ser e do seu amado novo Ser:
«Se o uso, se as circunstâncias acostumaram o povo a um passado mau, 
é preciso romper com esse passado» era preciso mudar o rumo da Nau!


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A obra do grande Historiador e Pedagogo Augusto Reis Machado «O Pensamento do Rei D. Pedro V»

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Rainha Estefânia e Rei Pedro V
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Família Real
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«(...) The free development of individualities, and hence not the reduction of necessary labour time so as to posit surplus labour, but rather the general reduction of the necessary labour of society to a minimum, which then corresponds to the artistic, scientific etc. development of the individuals in the time set free, and with the means created, for all of them. Capital itself is the moving contradiction, [in] that it presses to reduce labour time to a minimum, while it posits labour time, on the other side, as sole measure and source of wealth. Hence it diminishes labour time in the necessary form so as to increase it in the superfluous form; hence posits the superfluous in growing measure as a condition – question of life or death – for the necessary. On the one side, then, it calls to life all the powers of science and of nature, as of social combination and of social intercourse, in order to make the creation of wealth independent (relatively) of the labour time employed on it. On the other side, it wants to use labour time as the measuring rod for the giant social forces thereby created, and to confine them within the limits required to maintain the already created value as value. Forces of production and social relations – two different sides of the development of the social individual – appear to capital as mere means, and are merely means for it to produce on its limited foundation. In fact, however, they are the material conditions to blow this foundation sky-high. ‘Truly wealthy a nation, when the working day is 6 rather than 12 hours. Wealth is not command over surplus labour time’ (real wealth), ‘but rather, disposable time outside that needed in direct production, for every individual and the whole society.’ (The Source and Remedy etc. 1821, p. 6.)» Karl Marx, «Grundrisse» 1858

Richard Wagner «Der Ring des Nibelungen» (1853-1874), ilustrado por Arthur Rackham

http://www.gutenberg.org/cache/epub/48214/pg48214.cover.medium.jpghttp://www.gutenberg.org/cache/epub/49507/pg49507.cover.medium.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/f4/The_Rhinemaidens_try_to_reclaim_their_gold_%28Arthur_Rackham_sketch%29.jpg


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/69/Giants_and_Freia.jpg








https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/46/Siegfried_rhinemaidens.jpg

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/36/Ring22.jpg