«Perseus Rescues Andromeda» por Charles Antoine Coypel (1694-1752)
RESGATAR A NAÇÃO PORTUGUESA DO RESGATE!
«(...) é preciso que o poder da palavra seja mais forte que a palavra do poder» - Adriano Moreira entrevistado pela Antena 1 fala-nos com sabedoria e sensibilidade, da criação de uma opinião pública que faça frente à cultura "troikista", que transformou o Orçamento em «Conceito Estratégico», que considera a Economia «secundária», que não respeita a Sociedade Civil e o "Estado Social" («a fome não é um dever constitucional», o confisco dos cidadãos e a «fadiga fiscal» são intoleráveis). Infelizmente não foi prevista na Constituição a existência de limites à tributação, que teriam obrigado o Governo+BCE+CE+FMI a cortarem profundamente nas despesas públicas que não criam Valor para a Nação, induzidas pela Sociedade Política (http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Adriano-Moreira.rtp&article=6025&visual=11&tm=16&headline=13)
As forças mesquinhas e negativas que agora estão, apoiam ou apoiaram o actual Governo viram nos erros da União Europeia e do anterior Governo a sua pequena e mesquinha oportunidade dialéctica de ascenderem ao poder, numa pobre tragicomédia mais digna de Eça de Queiroz do que de Shakespeare.«(...) é preciso que o poder da palavra seja mais forte que a palavra do poder» - Adriano Moreira entrevistado pela Antena 1 fala-nos com sabedoria e sensibilidade, da criação de uma opinião pública que faça frente à cultura "troikista", que transformou o Orçamento em «Conceito Estratégico», que considera a Economia «secundária», que não respeita a Sociedade Civil e o "Estado Social" («a fome não é um dever constitucional», o confisco dos cidadãos e a «fadiga fiscal» são intoleráveis). Infelizmente não foi prevista na Constituição a existência de limites à tributação, que teriam obrigado o Governo+BCE+CE+FMI a cortarem profundamente nas despesas públicas que não criam Valor para a Nação, induzidas pela Sociedade Política (http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Adriano-Moreira.rtp&article=6025&visual=11&tm=16&headline=13)
A sua vontade de poder («will of power»), que passou por cima dos interesses da Nação, viu no FMI, mas também no Banco Central Europeu, excelentes aliados, ainda por cima com a presença de António Borges como Director do FMI na Europa. Mais uma vez, como se tinha passado em 1580 e noutros tempos históricos, o País foi entregue às decisões estrangeiras e como sempre, muito mal! Não é preciso muito tempo para se ver todos os disparates que essas decisões estrangeiras cometem sobre a nossa realidade.
Mas o teimoso ex-Primeiro Ministro José Sócrates, que se deu ao luxo de perder tempo com questões ridículas em plena crise após estoirar a mundial leviandade financeira de 2007, mal acompanhado pelo seu Ministro das Finanças, nomeadamente, lutou como lhe foi possível e impossível, contra esse assalto ao poder, que incluía ideologias, teorias e práticas erradas da Troika que seriam e estão a ser péssimas para Portugal.
Mas na sua posição defensiva, contribuiu com a cumplicidade dessa incompetente Troika, do PSD e do CDS, para que o Programa de Assistência Financeira ao Estado e à Banca, não servisse para reformar profundamente essas Instituições, que o ex Governo e os anteriores não tinham realizado, que estão na primeira linha de responsabilidades da espiral de despesas e endividamentos de Portugal perante o Exterior!
A Banca no seu todo (BCP, BPN, BANIF, CGD entre outros, e a «supervisão», Banco de Portugal, Banco Central Europeu) cometeu erros gravíssimos que estão a ser na prática, cobertos pelo Estado, pela Sociedade Civil e deixou de financiar grande parte da Economia, após ter empolado fortemente esse financiamento, como correia de transmissão do empolamento a nível mundial. Alterações? Respeitar critérios mais exigentes a nível de capital e em contrapartida ter o apoio do Estado-União Europeia para diminuir a sua enorme toxicidade. E sua cultura de «stop and go» e as dificuldades de avaliação de riscos?
O Estado latu sensu? Só agora e muito mal, se fala em Reforma. A acumulação artificial de Emprego desde o «Estado Novo», alimentado pela burocracia do antigo regime, pelo seu estrondoso erro em relação ao «Ultramar» que fragilizou forte e desnecessariamente, a vida de muitas Portuguesas e Portugueses, que ficaram nas mãos da guerra de ascensão da URSS em África, com a total cumplicidade das forças que a autocracia alimentou sem o querer (ironia dialéctica muito frequente na História) e também porque ao evitar até ao limite a Democracia, a fragilizou fortemente e contribuiu para esta Democracia com uma cultura política de representatividade muito fraca e imatura, fácil presa dos jogos de soma negativa ou nula, lançou Portugal num Estado mais solidário sim, mas muito empolado com os partidos políticos a explorarem-no até à exaustão: Administração Central, Regional, Local, Empresas e outras instituições com participação pública, et cetera.
É mais que tempo, nunca é tarde, para começar essa Reforma de uma forma justa, que tenha como grandes critérios a criação de Valor para a Nação, o Mérito, a Ética, o Orçamento de base zero isento de círculos viciosos e de inercias sem sustentação! Não as grandes zonas de despesa que são fundamentais para essa criação de Valor e que necessitam sempre de maior eficiência e eficácia (Saúde, Educação, Solidariedade Social, Investigação e Desenvolvimento, Apoio Estratégico às Empresas e às suas Exportações, Substituição de Importações, Investimentos no Exterior), omitindo todas as outras zonas de grande significado e influenciadas pelos partidos políticos, numa leitura cega e simplista de uma instituição como o FMI que necessita de uma profunda reforma cultural em conjunto com todas as outras que foram criadas para responder aos grandes problemas dos séculos XIX e XX.
É importante também não esquecer o enorme atraso que Portugal tinha em relação aos países mais desenvolvidos, nomeadamente por via da tardia industrialização do País, com um «Estado Novo» receoso e bloqueador do desenvolvimento industrial no decurso de muitas décadas do século XX, apostando durante muito tempo, numa «autarcia rural» desastrosa, «isenta de todos os malefícios da indústria», que provocou muita miséria em Portugal. Podemos visualizar essas disparidades por via de estatísticas históricas que convertemos em quadros-gráficos:
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